Moonspell traz repertório cheio de clássicos para São Paulo e promove seu mais novo álbum Extinct
Mais um
show herdado do nosso querido festival de música carioca Rock In Rio e foi
realizado num local que, porém centralizado, é de difícil acesso e absurdamente
pequeno. Moonspell, que vem ao Brasil divulgando seu mais novo petardo Extinct
(2015) se apresentou no Teatro Mars em plena segunda-feira para no máximo 200
pessoas. Mesmo assim, foi uma das
apresentações mais convincentes dos lusitanos em solo brasileiro. O show começou ás 21:15 da noite
com Breathe (until We Are No More) e Extinct, ambas do novo álbum Extinct – um dos
álbuns mais ousados após o polêmico Butterfly Effect pois possui uma abordagem
que se aproxima ainda mais de influências como Sisters of Mercy e Fields of
Niphilim.
Com saudações em português, Fernando Ribeiro se diz feliz em estar de
volta á São Paulo enquanto Mike Gaspar, Pedro Paixão, Ricardo Amorim e Aires
Pereira se preparavam para um dos clássicos da noite, Finisterra, do grandioso
álbum Memorial (2006). Um dos momentos mais incríveis da noite pois a voz de
Fernando estava impecável, sem contar com a grande performance nas baquetas de
Mike Gaspar com sua bateria que contava com chifres de bode que contornavam seu
bumbo. A banda seguiu com a incrível Night Eternal do álbum que leva o mesmo
nome e ao mencionar o lindo Irreligious (1996) todos já sabiam que Opium era a
próxima, levando aquele teatrinho abaixo com um dos melhores riffs de Ricardo
Amorim – simplesmente genial. A banda não podia deixar de emendar com Awake! –
música seguinte de Opium no álbum Irreligious e traz um clima incrível com os
teclados deliciosos de Pedro Paixão, um dos principais compositores da banda.
Fernando, sempre citando poesias, cita letras de ...of Dream and Drama
(Midnight Ride) do álbum Wolfheart (1995) levando os fãs a cantar junto.
Fernando
logo depois introduz Last of Us, mais uma do álbum novo Extinct, que traz um
Moonspell mais dançante, muito mais próximo ao Sisters Of Mercy do que em
álbuns anteriores. Ao vivo, a música ganha em poder e se torna numa das
melhores músicas do Moonspell hoje. Em Medusalem, também do álbum Extinct,
Ricardo Amorim estavam tão empolgado com a música e com o público que pulava
com seu instrumento, agitando muito – isto se refletia também nos
amplificadores, que se moviam junto com a movimentação do músico no palco. Um
dos momentos mais performáticos da noite ficou para Nocturna, música do
belíssimo Darkness and Hope e a incrível Scorpion Flower – esta última cantada
com auxílio da convidada Naiça Bowen que acompanhou Fernando Ribeiro muito
bem. Vale ressaltar que é uma tarefa árdua superar a versão do álbum com Anneke
van Giersbergen (ex-Gathering, atual The Gentle Storm e Aqua de Annique)
colaborando nos vocais. Com agradecimentos á Dewindson Wolfheart, vocal e
mentor da banda Ravenland, Hoana despediu-se da platéia com louvor.
O show
continuou com Em Nome do Medo, uma das poucas letras compostas por Fernando
para o Moonspell em português e ainda emendou quatro músicas do grande
Wolfheart sendo elas Vampiria a sensual An Erotic Alchemy, a incrível Ataegina
deixando o palco após o clássico absoluto da banda - Alma Mater. A banda ainda
retornou para o bis com a ótima Everything Invaded, do álbum The Antidote, a
melancólica The Future is Dark, do álbum Extinct e encerrou o show com uivos da
platéia com Full Moon Madness, do álbum Irreligious – um momento incrível da
noite. Um show memorável dos nossos irmãos portugueses em solo brasileiro.
Fotos por Edi Fortini
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