segunda-feira, outubro 05, 2015

Teatro Mars vira palco para encontro Gótico

Moonspell traz repertório cheio de clássicos para São Paulo e promove seu mais novo álbum Extinct


Mais um show herdado do nosso querido festival de música carioca Rock In Rio e foi realizado num local que, porém centralizado, é de difícil acesso e absurdamente pequeno. Moonspell, que vem ao Brasil divulgando seu mais novo petardo Extinct (2015) se apresentou no Teatro Mars em plena segunda-feira para no máximo 200 pessoas. Mesmo assim, foi  uma das apresentações mais convincentes dos lusitanos em solo brasileiro. O show começou ás 21:15 da noite com Breathe (until We Are No More) e Extinct, ambas do novo álbum Extinct – um dos álbuns mais ousados após o polêmico Butterfly Effect pois possui uma abordagem que se aproxima ainda mais de influências como Sisters of Mercy e Fields of Niphilim. 
Com saudações em português, Fernando Ribeiro se diz feliz em estar de volta á São Paulo enquanto Mike Gaspar, Pedro Paixão, Ricardo Amorim e Aires Pereira se preparavam para um dos clássicos da noite, Finisterra, do grandioso álbum Memorial (2006). Um dos momentos mais incríveis da noite pois a voz de Fernando estava impecável, sem contar com a grande performance nas baquetas de Mike Gaspar com sua bateria que contava com chifres de bode que contornavam seu bumbo. A banda seguiu com a incrível Night Eternal do álbum que leva o mesmo nome e ao mencionar o lindo Irreligious (1996) todos já sabiam que Opium era a próxima, levando aquele teatrinho abaixo com um dos melhores riffs de Ricardo Amorim – simplesmente genial. A banda não podia deixar de emendar com Awake! – música seguinte de Opium no álbum Irreligious e traz um clima incrível com os teclados deliciosos de Pedro Paixão, um dos principais compositores da banda. Fernando, sempre citando poesias, cita letras de ...of Dream and Drama (Midnight Ride) do álbum Wolfheart (1995) levando os fãs a cantar junto. 
Fernando logo depois introduz Last of Us, mais uma do álbum novo Extinct, que traz um Moonspell mais dançante, muito mais próximo ao Sisters Of Mercy do que em álbuns anteriores. Ao vivo, a música ganha em poder e se torna numa das melhores músicas do Moonspell hoje. Em Medusalem, também do álbum Extinct, Ricardo Amorim estavam tão empolgado com a música e com o público que pulava com seu instrumento, agitando muito – isto se refletia também nos amplificadores, que se moviam junto com a movimentação do músico no palco. Um dos momentos mais performáticos da noite ficou para Nocturna, música do belíssimo Darkness and Hope e a incrível Scorpion Flower – esta última cantada com auxílio da convidada Naiça Bowen que acompanhou Fernando Ribeiro muito bem. Vale ressaltar que é uma tarefa árdua superar a versão do álbum com Anneke van Giersbergen (ex-Gathering, atual The Gentle Storm e Aqua de Annique) colaborando nos vocais. Com agradecimentos á Dewindson Wolfheart, vocal e mentor da banda Ravenland, Hoana despediu-se da platéia com louvor. 
O show continuou com Em Nome do Medo, uma das poucas letras compostas por Fernando para o Moonspell em português e ainda emendou quatro músicas do grande Wolfheart sendo elas Vampiria a sensual An Erotic Alchemy, a incrível Ataegina deixando o palco após o clássico absoluto da banda - Alma Mater. A banda ainda retornou para o bis com a ótima Everything Invaded, do álbum The Antidote, a melancólica The Future is Dark, do álbum Extinct e encerrou o show com uivos da platéia com Full Moon Madness, do álbum Irreligious – um momento incrível da noite. Um show memorável dos nossos irmãos portugueses em solo brasileiro. 

Fotos por Edi Fortini

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