quarta-feira, dezembro 21, 2005

Syang: Sem vergonha de Ser


É praticamente impossível não citar o P.U.S. como uma das grandes bandas do metal extremo junto com o Overdose, Chakal e Sepultura. Uma pena no entanto é perceber que ao ouvir o primeiro petardo da banda, algumas coisas mudaram violentamente hoje em dia. Syang, a guitarrista e principal compositora da banda, começou a fazer coisas bem diferentes com sua música logo depois que o P.U.S. deixou de existir. Com o Defalla, banda da qual fez parte logo em seguida, ela fez algo bem mais voltado ao punk/hard rock. Na carreira solo, Syang ainda fez muita coisa voltada ao pop/rock com tendências meio hardcore de vez em quando. Música esta totalmente diferente se comparada com o death metal violento que o P.U.S. fazia no começo, que as vezes lembra até Sarcófago em alguns momentos. Hoje em dia, depois de participar da Casa dos Artistas no SBT e lançar um livro sobre contos eróticos, Syang continua a investir neste mesmo tema hoje em dia. A guitarrista lançou esta semana um gibi com duas histórias, onde os ilustradores foram escolhidos a dedo na internet através de seu site oficial. Estranhas, mas no mínimo interessantes, lembram muito os gibis de Hentai - famosos gibis eróticos japonêses. O álbum em SMD (semi-metalic disc) que vem junto com o gibi, contém cinco músicas que foram gravadas no estúdio MOSH em São Paulo com produção de Dinho Ouro Preto do Capital Inicial. A banda é formada por Syang na guitarra/vocal, Johnny Monster na guitarra/vocal (este que também é da banda Daniel Belleza e os Corações em Fúria), Algea na bateria e Fred Ribeiro no baixo. Aliás, antes que eu esqueça, este álbum será vendido em camelôs por apenas 8,00 R$ e faz parte de um projeto chamado "Camelô Legal" onde os camelôs poderão vender produtos originais e bem mais baratos em vez dos piratas convencionais que costumam vender. Mas voltando ao assunto, a banda é composta por músicos experientes o suficiente para executar um rock n roll de ótima qualidade. Ao ouvir o álbum no entanto você percebe que há muita vontade de fazer um som bem rock n roll, ás vezes harcore - mas muitas vezes acaba deixando a desejar por falta de força ou peso. Parece que aquele peso da época P.U.S. está fazendo muita falta por aqui. O som da guitarra no entanto está muito bom. O álbum soa como uma mistura interessante de Garbage e Ramones. Na música "Sem Vergonha" por exemplo, esta mistura fica até mais óbvia. A música "Amar Alguém" também tem esta forte abordagem ao Garbage e lembra muito "I'm Only Happy When It Rains" em alguns momentos, o que faz esta a melhor música deste SMD. O momento violento fica para "60Km". Mas, como dito anteriormente falta aquele peso, a violência do hardcore. O álbum no final soa meio que sem pimenta, mas sem dúvida flerta muito com músicas que hoje em dia tocam nas rádios. Ao ver a banda ao vivo, a impressão de falta de peso some. É incrível isto. A banda se apresentou na recém inaugurada casa Cabaret para lançar exatamente este álbum e a revisitnha, esta também chamada de Sem Vergonha. Ao ouvir a banda interpretar sua próprias canções já citadas acima e versões próprias para "I Love Rock n Roll", "Mais Uma Dose" do Barão Vermelho, "Beat Acelerado" da banda Metrô, "Festa na Floresta" do Lobão e "Herói Fora da Lei" do Raul Seixas a banda deixou bem claro que não tem medo de Ser, mostrando uma Syang confiante e muito simpática. Kiko Zambianchi subiu inclusive no palco para tocar "Tudo é Possivel" junto com a banda, o que deu um toque especial naquela noite. Enfim, este é um exemplo de que banda talvez esteja tentando passar uma mensagem através do álbum e ao vivo ela soa completamente diferente, fazendo algo mais sujo e pesado. Espero que quando a banda lançar um álbum novo utilize desta arma para fazer um álbum muito melhor e com mais personalidade. É isto por hoje pessoal. Quero aproveitar para desejar a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo. A maratona de show continuará em 2006 e a gente se vê por lá!

Abraço

foto: Pepe Brandão
http://pepebrandao.multiply.com/

terça-feira, dezembro 20, 2005

2ª parte do show do Dream Theater

Por incrível que pareça achei que a banda tocaria outro álbum. Mas enfim, tocar Scenes of a Memory foi simplesmente fenomenal. A introdução "Regression" dá sempre aquele clima adicional, aquela sensação que você está sendo levado para outra dimensão. A banda logo continuou com "Overture 1928" e "Strange Deja Vu", músicas cantadas em unissono pela platéia. É impressionante como o público inteiro cantou as músicas junto mesmo apresentando um certo cansaço. Na minha opinião, acho que a banda não deveria ter dado aqueles 15 minutos de intervalo. O público meio que perdeu muito do pique que existia na primeira parte. A banda continuou tocando "Through My Words", "Fatal Tragedy", "Beyond this Life" - esta última veio até com uma interpretação mais que bela do vocalista James LaBrie. Não posso deixar de destacar também a faixa "Through her Eyes", onde James LaBrie mais uma vez demonstrou com esta balada, porque é um dos melhores vocais do Mundo. Jordan Ruddess também pôde demonstrar com esta música sua vasta experiência com o piano. A banda continuou lançando pérolas como "Home", "Dance of Eternity", "One Last Time" destacando a fantástica "The Spirit Carries On" e finalizando o repertório do álbum com a última faixa do álbum "Finally Free".
É elementar que em algumas partes você podia ouvir algumas falhas em algumas músicas, com certeza por falta de prática. Mas acredito que foi algo tão superficial que o público nem percebeu a diferença. Estes erros deixavam claro que a banda ainda tinha algo de humano já que tudo parecia tão mecânico e artificial que até dava arrepios. Isto ficou ainda mais claro quando a bnda fez uma mistura entre Pull Me Under e Metropolis que demonstrou a segurança que os músicos tem no palco quando erros acontecem. Eles erraram novamente no meio da música, mas o público continuava cantando levando tudo numa boa. Com o final do show de uma coisa eu estava certo - a banda fez um show perfeito musicalmente mostrando mais uma vez que o espítrito de bandas dos anos 70 como Yes, Gentle Giant e Genesis ainda estão mais que vivas dentro de alguns músicos e que shows de improviso como este não serão vistos tantas vezes como neste do Dream Theater. Definitivamente eles merecem o título de serem uma das melhores bandas que surgiram na cena heavy metal nos anos 90. É isso aí, esta foi a resenha do Dream Theater, amanhã vocês terão algo sobre o lançamento do Gibi e álbum da Syang. Fiquem ligados!

Abração

domingo, dezembro 18, 2005

Dream Theater: Perfeição ?

Tivemos aqui em São Paulo, num Domingo, a última apresentação de uma banda internacional deste ano, o Dream Theater. A banda esteve aqui para divulgar seu mais novo trabalho de estúdio chamado Octavarium. Este álbum é bem diferente quando comparado ao último álbum de estúdio da banda, o não muito bem recebido Train of Throught. Mas este não é o assunto que abordaremos aqui. O show destes músicos perfeccionistas é que está em pauta aqui. O show de Domingo, o segundo aqui em São Paulo, começou ás 20:30 mais ou menos. Fiquei impressionado com a rapidez de como Mike Portnoy conseguiu tirar aquele pano preto que cobria seu instrumento logo após a intro que nada mais era que a trilhja sonora obscura do filme Clockwork Orange de Stanley Kubrick - tudo escurecia e a banda começava com a pedrada "The Glass Prison" do álbum Six Degrees Of Inner Turbulence. A música recebe um peso extra ao vivo - o que não me deixou tão surpreso assim quando comparado com a linda "Just Let Me Breath" do álbum Falling Into Infinity. Com tanto peso emendaram com a fantástica "The Mirror" do álbum Awake. O estranho no entanto é que a banda não anunciava sua músicas. Mas não precisava de introdução. A banda logo lançou "Lie", música praticamente imprescindível após tanto peso. Para aliviar um pouco o peso lançaram a doce "The Answer Lies Within" que logo já cantava a seqüencia de músicas do álbum novo Octavarium - "These Walls" e ainda por cima "Never Enough". A música antes do intervalo de 15 minutos foi a longa "In the Name of God", na minha opinião uma das melhores músicas do Dream Theater na fase experimental da banda (Six Degrees of Inner Turbulence, Train of Thought). Depressão que a banda saiu do palco? Que nada! Os fãs do Dream Theater sempre querem mais e não para de agitar memso com as luzers ligadas. Loucos ao extremo havima até alguns cantando músicas da banda no intervalo... Um absurdo de loucura! A grande pergunta ficava no ar. O que será que eles farão como surpresa? As luzes apagavam e a pergunta ficava no ar. Passavam-se trechos de músicas do The Who, Rush, Pink Floyd, Queensryche e eu me perguntava, como uma banda pode saber tocar tanta coisa ao mesmo tempo? Ao terminar esta pergunta já se ouvia o psiquiatra falando, revelando que a banda tocaria Scenes from a Memory inteiro. Amanhã contarei o resto da história... fiquem ligados... Um abraço

Set-list 1ª parte

The Glass Prison
Just Let Me Breath
The Mirror
Lie
The Answer Lies Within
These Walls
Never Enough
In The Name of God

sexta-feira, dezembro 16, 2005

A polêmica em volta dos mineiros do Noturna

Olá pessoal! Colaborei recentemente com uma resenha para o site mundorock.net e fiquei surpreso como algumas pessoas são estúpidas e violentas quando o assunto é a banda favorita. A banda de abertura para o show do Epica e do Kamelot foi o Noturna e com isto também o bode expiatório. A banda subiu no palco e logo informou que tudo estava errado e que eles estavam demorando para começar o show por falhas técnicas. Quando começaram eu não entendi nada da música deles. Barulho nos falantes, alguns gritinhos da vocalista, já que o microfone estava baixo e distorções sem nexo de guitarra foram a alma do show que durou apenas duas músicas. Aonde estava a bateria? Não se ouvia os pratos da bateria... Que banda hoje em dia pode se dar o privilégio de fazer um show tão fraco? Imagine então uma banda que está começando? Devo fechar os olhos e fazer de conta que tudo está ok? Que tudo estava maravilhoso? Bom, falei o que tinha que falar. Meti o pau na banda mesmo. Não sei se entendi direito, já que a banda não se pronuncia, mas parece que a produção teve que arranjar os instrumentos para eles. Onde já se viu uma banda não trazer instrumentos? Bom, a banda se apresentou no Jornal Hoje, programa diário de notícias da Globo - e daí? Isso faz da banda algo melhor? Bom, não vou julgar as pessoas que estão na banda já que todo mundo sofre neste mercado extremo, mas acho que se a banda fosse realmente profissional, não teria subido no palco nem implorando - esta é a minha opinião. A banda deveria procurar um outro meio de exposição, já que eu teria entendido o show e nada disto teria acontecido - já que de cd eu não recebi nada, muito menos o release de onde eles vem. A gravadora gastou 15% a mais para lançar o álbum novo deles no dia do show deles, consequentemente a imprensa ainda não recebeu o petardo. Dêem uma olhada no site, nem este está disponível. Enfim, já passou. Só acho que as pessoas deveriam respeitar os outros para serem respeitados, apenas isto. Amanhã publicarei algo sobre o show do Dream Theater que se resume em apenas uma palavra: Perfeição. Abração á todos.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Inauguração do Blog Universo do Rock

Bom gente,

saudações metálicas. Não é todo dia que você decide começar um BLOG, portanto esta data merece uma comemoração. Só que temos um problema. Não temos ninguém para festejar esta data. Somente eu mesmo. Ok, ok nem tudo é tão triste assim. Mas vou contar para vocês a razão da existência deste BLOG. Acho que pouco se fala da grande desorganização por trás dos shows no Brasil e da falta de comunicação sobre as bandas nacionais que abrem para as grandes bandas que se apresentam por aqui. Decidi então falar tudo sobre os bastidores dos shows que acontecem ou acontecerão em São Paulo quando o assunto é heavy metal. Vou juntar o útil ao agradável já que tenho um acesso privilegiado por trabalhar com veículos importantes da cena. Todos vão saber sobre tudo que acontece que revistas e sites tem medo de publicar. Indicarei álbuns de bandas desconhecidas que chamarem minha atenção e irei aos shows delas para ver se estas também fazem o que demonstram no cd ao vivo. Selecionarei algumas bandas e irei promovê-las por aqui também. Enfim, esta é a idéia. Vamos colocá-la em prática, não é? Mãos á obra e boa leitura! AH! Tem o problema da festa né? Bom, se por acaso nos encontrarmos num show vamos beber uma breja comemorando esta data juntos, ok?

Abraço