segunda-feira, julho 02, 2007

16.06 // Via Funchal – São Paulo // MindFlow; Symphony X

Fico imaginando a sensação que o MindFlow teve ao subir no palco do Via Funchal. Havia lá um público ansioso em ver pela segunda vez uma das maiores bandas de metal progressivo que já surgiram neste planeta. O MindFlow no entanto esquece que é uma banda que não deve nada para os americanos e faz deste – mais intimista que o Live N Louder – um show fraco, pois mostra medo e insegurança no palco. Escolher uma música do Ozzy Osbourne como cover era algo que a banda não necessitava fazer – ‘Perry Mason’ não é necessariamente um ícone musical na carreira do ex-vocal do Black Sabbath. Tecnicamente o som estava alto pacas o que é muito bom, mas deixa-se de lado o feeling dos momentos mais silenciosos da música. Formada por Danilo Herbert (v.), Miguel Spada (k.), Rafael Pensado (d.), Ricardo Winandy (b.) e Rodrigo Hidalgo (g.) o MindFlow tocou as músicas mais interessantes de seus dois álbuns “Just the Two of Us... Me And Them” e “Mind Over Body” – álbum que a banda vem divulgando em seus shows. Era a vez do Symphony X se apresentar. Mais uma vez o som estava extremamente alto e somente dava a guitarra de Michael Romeo em cima do palco. A banda, que logo começou com ‘Of Sins And Shadows’ do álbum Divine Wings Of Tragedy obviamente já havia dominado o público já na primeira música. Os riffs fortes e altos incomodavam ás vezes por que a voz forte e única de Russel Allen ficava de fundo e não podia ser ouvida direito. O experiente vocalista no entanto se esforçou e muito para equilibrar os tons mais baixos de sua voz com os tons mais altos. A banda, formada por Russel Allen (v.), Michael Romeo (g.), Jason Rullo (d.), Michael Lepond (b.); Michael Pinnella (k.) vem ao Brasil também para divulgar seu novo álbum – Paradise Lost. Logo, a segunda música já era ‘Domination’ enaltecendo um pouco mais o lado sombrio que a banda vem tomando desde The Odyssey. A banda continuou com o seu set sombrio com ‘Inferno’ do álbum The Odyssey É sempre impressionante ouvir a música Inferno ao vivo. É um grandioso show de técnica e virtuosismo de Romeo e Lepond. O impacto da música é tão forte que cada um dentro da banda é indispensável. Isto se comprova cada vez mais a cada música que passa como, por exemplo, na fantástica ‘Evolution’ do álbum V – The New Mythology Suíte onde a banda faz com fidelidade a sobreposição de vozes que rendeu tantas comparações com Queen – continuando neste álbum a banda ainda emendou com a fantástica ‘Communion And The Oracle’. Brincando muito com o público o vocalista se demonstra, além de um ótimo vocalista, um frontman excepcional e único! Brincando muito com o público fez com que este se sentisse muito á vontade e também o grande carinho que a banda sente por ele. A sensacional ‘Smoke and Mirrors’ do álbum Twilight In Olympus mais uma vez faz um contraste entre técnica musical do rock progressivo e aquela influência forte de heavy metal tradicional. Mais uma vez a banda se surpreende que o público sabe de cor as letras desta música. As músicas que vieram logo em seguida ‘Set The World On Fire’ e ‘The Serpent’s Kiss’, ambas do álbum novo ainda inédito no Brasil, foram muito bem recebidas pelos fãs. Acredito que o peso sombrio colocado neste álbum deve ter sido algo muito natural para a banda. A banda ainda tocou ‘King Of Terrors’ do The Odyssey e ‘Sea Of Lies’ uma das mais pesadas músicas do álbum The Divine Wings Of Tragedy antes de deixar o palco. A surpresa, no entanto ainda estava por vir. O público pediu The Odyssey e a banda voltou e tocou uma das músicas mais longas de toda sua discografia. Um show de técnica, experiência e harmonias, estas enaltecidas pelo tecladista Michael Pinnela. Não posso deixar de citar a performance do baterista Jason Rullo, que com perfeição percorreu os quase 25 minutos de música. No final ficou aquela vontade de quero mais, afinal é surpreendente como os caras tocam. Russel Allen, no entanto para mim já é um dos melhores vocalistas há muito tempo, principalmente pelo alcance vocal que ele possui. O Symphony X nesta noite fez um show memorável, afinal estão no ápice de sua carreira. [MF]

segunda-feira, maio 07, 2007

28.04// Jethro Tull, Credicard Hall - São Paulo


São poucas as bandas de rock progressivas que são amadas no Brasil. Mas entre as mais amadas sem sombra de dúvida é o Jethro Tull. Conhecidos pelo estilo eclético, que incorpora elementos da música clássica e celta, assim como do rock alternativo e do art rock, e pelo trabalho único na flauta de Ian Anderson, Jethro Tull se apresentou no Brasil pela primeira vez em 1988. Com a formação atual, composta por Ian Anderson (vocal, flauta transversal), John O’Hara (piano e teclado), David Goodier (baixo acústico e elétrico), Doane Perry (bateria) e Martin Barre (guitarra) a banda se apresentou no Credicard Hall com muita classe, literalmente dito. Nada de músicas pesadas, nada de guitarras lá no alto. Um show praticamente acústico foi o que o público presenciou naquele sábado. O comunicado, alertando aos fãs para não fumarem e não conversarem obviamente não foi respeitado pela maioria, afinal de contas é a empolgação que conta e o público brasileiro tem disto em excesso. Tudo isto por que Ian Anderson está com um problema no ouvido – ele ouve zumbidos após 39 anos de longas turnês. A banda começou tocando a meio bluegrasss Someday The Sun Won’t Shine For You do primeiro álbum “This Was” e já na segunda música apresenta a convidada especial e violinista Ann Marie Calhoun que já tocou com bandas como Old School Freight Train, The Dave Matthews Band e atualmente está numa banda de fusion chamada Kantara. ‘Living In The Past’ ficou com mais magia com a participação da simpática japonesa. Ian Anderson introduziu ‘Pastime With Good Company’ dizendo que o Rei Henrique da Inglaterra até que compôs músicas boas nos momentos em que ele não estava cortando fora cabeças de jovens donzelas. Continuando com o set a banda tocou ‘Jack-In-The-Green’, ‘The Donkey And The Drum’ e a mais lnga do set inteiro, Thick As A Brick – obviamente bem mais curta que a versão do álbum, afinal ela tem meia hora de duração. A dedicatória de Ian Anderson ao compositor alemão Johann Sebastian Bach foi feita com a bela ‘Bourée’ que pode ser encontrada no segundo álbum da banda, o “Stand Up”. Após ‘Sweet Dream’ do álbum “Living In The Past” o grupo deu espaço para Ann Marie Calhoun mostrar todo seu talento. Tocando músicas de autoria dela como Bluegrass In The Backwoods e Runty – música que recebeu o nome do gato dela – ela demonstrou uma forte influência do bluegrass americano, estilo que fez com que grandes músicos do country americano se consagrasse como a banda Kingston Trio e os irlandeses do The Proclaimers. A banda voltou ao palco para tocar ‘Beside Myself’ para depois deixar o palco novamente para dar espaço ao instrumental de Michael Barre com ‘Steal’ – excelente por sinal. Com muito humor Ian Anderson apresenta ‘Aqualung’ como sendo ‘Highway Star’ do Deep Purple e acho que foi a que mais decepcionou o público, este que esperava a versão clássica do álbum “Aqualung”. A versão orquestrada, na minha opinião pelo menos, é muito mais completa e cheia detalhes que aquela do álbum. Ian Anderson apresentou América, música da famosa tragédia de amor americana West Side Story dizendo que o povo americano é um povo bom e dedicado e que o problema apenas é o presidente atual, George Bush. Continuaram tocando ‘My God’ do álbum “Aqualung” e a linda ‘Budapest’ do álbum mais diferente do Jethro Tull “Crest Of A Knave”. Após sair para uma água a banda volta para o Bis tocando a fantástica ‘Locomotive Breath’ do álbum “Aqualung” terminando o show com ‘Orange Blossom Special’. Um show calmo, mas maravilhoso por possuir tantos detalhes e tanto “feeling”. Muitos saíram reclamando por que não houve peso nem muitas guitarras distorcidas, mas a falta disto com certeza foi compensada com a aula de cultura e rock n roll dada por Ian Anderson e companhia. Fabuloso! [MF]

sexta-feira, abril 27, 2007

25.04// Testament - Via Funchal, São Paulo


A já conhecida banda de São Paulo Scars ficou com a difícil tarefa de esquentar o público para a segnda apresentação do Testament no Brasil em 18 anos. Ainda promovendo o álbum The Nether Hell os paulistas fizeram um show que agradou aqueles já estavam lá na frente. Acho que fo a primeira vez que o Scars, como banda de abertura, se apresentou sem que problemas técnicos com o som os atormentasse. Com a conclusão do show do Scars, que durou quase uma hora, o público entrava em euforia com cada movimento dos técnicos em cima do palco. A empolgação era geral. Ás 23:30 aproximadamene o Testament inicia o show com a exceletne The Preacher. Com um Chuck Billy acima do peso mas muito carismático, ele se movimentava para os dois cantos do palco para saudar seus fãs. O restante da formação, composta por Eric Peterson (g.); Greg Christian (b.); Alex Skolnik (g.) e Nick Barker (d.), no momento se concentrava demais em não errar um acorde sequer – objetivo alcançado com louvor. A banda emendou logo com The New Order sem dar tempo para respirar. A banda estava bem entrosada no palco com Peterson e Skolnik apoiando as costas um ao outro para fazer pose para as fotos. A banda não demorou para continuar seu longo set com The Haunting, música do álbum “The Legacy” – Nick Barker (ex-Dimmu Borgir, ex-Cradle Of Filth – mf.) mandava muito bem na bateria. Concentrado pacas ele não se comunicou muito com o público – pelo menos não nas cinco primeiras músicas. Os riffs sensacionais para ‘Electric Crown’ do álbum “The Ritual” fizeram com que Alex Skolnik, que ficava o tempo todo do lado esquerdo do palco, procurasse Greg para uma parceria baixo/guitarra. Impressionante como Christian consegue tocar músicas do Testament em pizzicatto – destaque para a faixa ‘Sins Of Omission’ um dos grandes clássicos do álbum “Practice What You Preach” onde o os guitarristas deram um show de performance. A banda continuou com muita empolgação tocando ‘D.N.R.’, ‘Three Days In Darkness’ e ‘Trial By Fire’. Neste determinado momento Chuck Billy pergunta ao público se nós continuamos “praticando o que pregamos” introduzindo um dos grandes clássicos da banda, ‘Practice What You Preach’. Chuck Billi passa o microfone para Greg que introduz a fantástica Souls Of Black, onde a introdução é composta por um solo de baixo praticamente. Impressionante. O set-list continuou com ‘The Legacy’, a fantástica ‘Into The Pit’ – esta que abriu uma das maiores rodas dentro do Via Funchal completando com ‘Over The Wall’ e ‘Alone In The Dark’. Nick Barker ainda recebeu aplausos de feliz aniversário após o público ser informado e em inglês. Foi engraçado ver Nick Barker misturar destilado em fermentado em cima do palco e ainda por cima receber um banho de cerveja. A banda antes de deixar o palco tocou a pesada ‘Disciples Of The Watch’ e ‘Burnt Offerings’. Um show em que Chuck Billy demonstrou-se um ótimo frontman e fez as pazes com os fãs brasileiros. Para concluir Chuck ainda gritou “Heavy Metal Forever!” recebendo assim um caloroso Yeah! do público. Um ótimo show, provando que, apesar de milhares de controvérsias, o Testament voltou e voltou com sede de heavy metal! O que mais um fã poderia desejar? [MF]

terça-feira, abril 24, 2007

21.04 // Evanescence - Palestra Itália, SP

Um público interessante preenchia o Palestra Itália. Pais que retiraram suas jaquetas velhas de quando eram motoqueiros, acompanhavam seus filhos e filhas com as respectivas esposas para dentro do estádio. Com camisetas do Evanescence, via-se mais alegria na face dos pais do que nos filhos. Os filhos preocupavam-se muito em ajustar as câmeras, as filmadoras e discutiam se o celular podia de certa forma fotografar direito no escuro. As preparações para o grande show do Evanescence eram muitas. Também, esperando 12 dias na fila num acampamento para pode entrar no estádio nada podia dar errado. As bandas de abertura já estavam enchendo a paciência do público. Também, se você não consegue dormir direito por 12 dias, o que você faria? A banda Luxúria, vindos de Jacareí, interior de São Paulo, demonstrou-se confiante e segura no palco. Fazendo uma ótima apresentação nos moldes requisitados pela MTV a banda abusou do charme da vocalista Meg. A frontwoman possui uma linda voz e chamou a atenção pelos seus gestos ousados no palco. A banda, que praticamente mudou sua formação inteira, fez um show muito bom. Por alguns instantes percebia um agito das arquibancadas com as músicas como a agitada ‘Dura Feito Aço’, ‘Ódio’, ‘Cinderela Compulsiva’, ‘Imperecível’, ‘Fechar Os Olhos’ (esta parecia muito mais ‘For Those About To Rock’ do AC/DC – mf.) e ‘Artifício Mágico’ – a pista estava imóvel, morta. A banda seguinte, os uruguaios do Silicon Fly, não foi recebida com muita alegria também. Desconhecidos, sem sucessos, a banda demonstrou insegurança com um som artificial e comercial no estilo Good Charlotte cantado em inglês. O público impaciente já não agüentava mais. Quando o carismático vocalista Guilhermo Savoi perguntou se alguém queria mais e recebeu um alto “NÃO” em retorno – não que isto os impedisse de continuar. No momento em que Evanescence entrou em ação, as cortinas se abriram e a banda entrou junta entoando a música ‘Sweet Sacrifice’ do álbum novo “The Open Door” - o público gritava em êxtase. Potência esta que não foi acompanhada pela guitarra principal, que ficou fora do ar por cinco músicas para desespero do guitarrista Terry Balsamo que não parava quieto. O guitarrista trocou de guitarra umas quatro vezes durante a performance da banda. Se bem que o público não estava nem aí... Um público preocupado em tirar fotos e filmar todo o evento não conseguia ao mesmo tempo agitar ou bater palmas. Em um dado momento balões brancos surgiram do nada – esta talvez única reação do público. Preocupante era a falta de noção do público que ficava pressionando o pessoal na grade. Havia espaço de sobra, tanto que Amy Lee parou o show para pedir para que o público desse três passos para trás, o que obviamente não foi feito pela grande maioria lá na frente que jurava entender tudo que ela falava. O que mais me impressionava a cada música era que o público não ligava para o Evanescence e sim para Amy Lee. Ela se esforçava em incluir a banda no meio do show, indo para trás agitar com o resto do grupo, sem muito sucesso. O vestido de cor fúcsia enaltecia ainda mais a impressão de que ela é o ponto principal num pano de fundo branco e preto. Momentos bonitos com Amy Lee tocando piano sozinha e sua bonita voz faz com que a banda não tenha muito destaque ficando levemente desfalcada. Os oriundos de Arkansas tocaram músicas do primeiro álbum “Fallen” como ‘Going Under’, ‘Haunted’, ‘Tourniquet’, ‘Imaginary’, ‘Bring Me To Life’ – a que consagrou a banda no filme Demolidor e ‘Whisper’. Músicas do segundo álbum ‘The Open Door’ também foram cantadas em unissono pelo publico como ‘Weight Of The World’, ‘The Only One’, ‘Lithium’, ‘Good Enough’, Call Me When You’re Sober’, ‘All That I’m Living For’ e a ‘Lacrymosa’ que ficou igual ao álbum incluindo até o sampler da seqüência para o requiem “Dies Irae” de Mozart. A banda deixou o palco após o bis tocando ‘My Immortal’ – cantado por todos no estádio e ‘Your Star’. Acho que apesar da banda parecer artificial e produzida demais para o meu gosto, ela surtiu o efeito necessário para deixar seus fãs contentes e satisfeitos - em alguns casos extremos até chorando de tanta alegria no final. Um show que ficará na memória dos fãs e só. [MF]

quarta-feira, abril 18, 2007

14.04 // Bad Religion - Credicard Hall, São Paulo

Fantástico! Uma palavra resume não apenas a performance de uma das bandas mais carismáticas da Califórnia, como também todo o ideal subversivo que ela representa. Com um pano imenso de fundo retratou uma pessoa com uma televisão no lugar da cabeça tudo em preto, vermelho e branco – obviamente com o nome da banda logo acima da figura. Os californianos já começaram muito bem com o clássico “American Jesus” - o público nem teve muito tempo para respirar. Impressionante como a banda está em forma com praticamente 27 anos de estrada nas costas. A banda, formada por Greg Graffin (v); Brett Gurewitz (g.); Jay Bentley (b.), os três da formação original; mais Greg Hetson, Brian Baker (g.) e Brooks Wackerman (d.) mandaram muito bem continuando com “I Want To Conquer The World” do álbum No Control – o Credicard Hall neste instante vai abaixo com uma enorme roda bem na frente do palco. Hits continuam sendo interpretados com perfeição como a “Let Them Eat War” do álbum mais recente The Empire Strikes Back e a cantada em uníssono “21st Century (Digital Boy)” do álbum Stranger Than Fiction. O público abria rodas, cantava junto e demonstrava uma paixão completamente única pela banda a cada música tocada. Os guitarristas sorriam e agitavam junto com o público. Greg, vocalista da banda, se concentrava em comentar com o público como o Brasil, São Paulo especificamente dito, é o segundo melhor lugar para se tocar no Mundo depois de sua cidade natal, em Los Angeles; Califórnia. Músicas rápidas intercaladas com lentas para dar ao público um certo descanso também foram tocadas. Logo depois das excelentes “You”, “The Defense” e “Anesthesia” tocaram uma menos rápida, mas tão famosa quanto as outras – “Infected” do álbum Stranger Than Fiction e também música que está também no jogo Guitar Hero I para Playstation 2. Sem muitas demoras continuaram tocando músicas como “Supersonic” do álbum Process Of Belief, “Prove It”, “Can’t Stop It”, “Sanity”, “No Control” – esta muito pedida pelo público – e “Epiphany”. “Los Angeles Is Burning” também foi introduzida com uma decalração de Greg comparando os nossos Jacarandás com os de sua cidade natal. Ele não gostaria de vê-los queimando por aqui e mandou o governo Bush para o inferno. O sexteto continuou o set com “Struck A Nerve”, “Suffer” e “Recipe For Hate” deixando o palco logo depois. A banda voltou para o bis com a versão Tested para Generator e uma música nova – “Heroes and Martyrs” do álbum New Maps Of Hell, com previsão de lançamento para Julho deste ano pela Epitaph Records, selo do guitarrista da banda. Antes de deixar o palco rapidamente, a banda ainda tocou “---- Armageddon... This Is Hell” do primeiro album How Could Hell Be Any Worse?, “Along The Way” e “Sorrow”. Um show emocionante que mais uma vez mostrou a performance de uma das bandas mais representativas do punk rock do sul da California!

terça-feira, abril 03, 2007

30.03 // Pennywise - São Paulo, Credicard Hall

Um Credicard Hall muito vazio e uma expectativa do show ser um fiasco por causa disto era a minha preocupação. Pior ainda para aqueles que receberam a difícil missão de esquentar o público, a banda de São Paulo - Inocentes. Com a formação intacta e sempre fazendo shows em São Paulo, a banda composta por Clemente (v, g); Ronaldo (g); Fred (d) e Anselmo (b) me pareceu muito confiante e não parecia se incomodar com a casa vazia. Fizeram um show destruidor e praticamente particular tocando clássicos do punk rock como “Pânico em SP”, “Cala a Boca”, “A Cidade Não Pára”, “Intolerância” e ainda mandaram uma cover muito bem feita para “I Fought The Law” do The Clash. Destaque para um Clemente agitado e muito bem humorado que com razão gritou para o público dizer não ao neonazismo. Infelizmente há sempre pessoas com uma mentalidade de esquilo dentro do público que prefere apoiar este tipo de idéia – nunca imaginei que um público tão misturado poderia ser ainda preconceituoso. Enfim, um show muito bom e que agitou muito os poucos que ali estavam. Com uma demora significativa, era a vez do Pennywise subir ao palco para divulgar seu novo álbum o The Fuse. Deste álbum a banda vinda de Hermosa Beach, Califórnia, pareceu não tocar absolutamente nenhuma música. A preocupação do quarteto era tocar as músicas antigas para o público presente. Com a casa já bem mais cheia, o pessoal parecia ainda estar chegando para assistir ao show. Com o surgimento das rodas a casa pareceu até pequena. A banda começou com “Wouldn’t It Be Nice”. O interessante é que a banda depois continuou tocando músicas do álbum Pennywise, About Time e Full Circle. O público não parecia muito preocupado com isto – este que criava rodas imensas e agitavam feito loucos. A banda, formada por Jim Lindberg (v); Fletcher Dragge (g), Byron McMackin (d) e Randy Bradbury (b) tocou músicas como "Rules", "Can't Believe It", "My Own Country", "Fight 'Till You Die", "Straight Ahead", "Peaceful Day" e "---- Authority" e ainda acrescentaram uma cover fantástica – “Blitzkrieg Bop” do Ramones. São nestes momentos que você entende por que o Ramones faz tanta falta hoje em dia. A crítica normalmente não é muito boa quando bandas da Califórnia tocam Ramones, mas tudo bem – vamos continuar com o show. Continuaram tocando “Pennywise”, “Society” com a técnica e aquele feeling que também pode ser encontrado no álbum da banda. Com uma iluminação que prejudicava os fotógrafos, a banda continuou tocando “Every Single Day”, “Same Old Story”, “Broken”, “Alien” e sem esquecer a agitadíssima “Bro Hymn” versão extendida do álbum Full Circle. O engraçado foi a banda criticando os contorladores de vôo, dizendo que teriam que ficar mais três meses aqui no Brasil tocando para a gente. Muitos do público nem entenderam o que os californianos disseram. Ao sair do show e comentar o show com os fãs, estes me disseram que este foi bem pior que em 2004 quando eles vieram da última vez. Há sempre músicas que acabam ficando de fora como a famosa “Homesick” o que fez com que alguns ficassem meio que desapontados. Entretanto fico feliz em ver bandas como esta que recebeu o nome do palhaço assassino de Stephen King se dar tão bem musicalmente e ainda poder tocar o punk rock que fez bandas como o Dead Kennedys se consagrarem. Bravo! [MF]

quinta-feira, março 29, 2007

Jean Michel Jarre lança seu mais novo álbum "Téo & Téia" no Brasil

Com o lançamento de seu novo álbum de carreira, Jean Michel Jarre mais uma vez nos surpreende por todos os lados deste processo, pela Música, passando pela esmerada produção e ainda mais, na escolha do repertório.

“Téo & Téa” é um retrato divertido, repleto de energia hedonista misturada a grooves suaves.

O álbum alinha o talento de Jarre como compositor e produtor – com melodias ao mesmo tempo fortes e cheias de referências Pop, colocadas de forma única, num ambiente sonoro panorâmico.

A música contida no trabalho, vai desde o dinamismo (“Fresh News”, “Partners In Crime”, “OK, Do It Fast”), passando por tons sensuais (“Beautiful Agony”, “Touch To Remember”, “In The Mood For You”, “Melancholic Rodeo”) até empolgantes batidas dançantes (“Téo & Téa”, “Vintage”, “Chatterbox”).

<> é uma típica história de “rapaz encontra moça dos sonhos”... Almas gêmeas que dividem nomes similares, características físicas e vidas repletas de momentos com subidas e descidas. A evolução da Música apresentada no álbum, mostra a atmosfera dos momentos distintos deste encontro e o relacionamento dos dois...

Com este álbum num autêntico “sinal dos tempos atuais”, Jarre sai de traz das máquinas e se coloca num clima mais sensual, energético e humano...
A melhor prova é ouvir o álbum!

terça-feira, março 27, 2007

23.03 // Asia – Credicard Hall, São Paulo

Quando o Asia surgiu no começo dos anos 80, a banda parecia ser mais uma reunião de músicos de uma Era onde o rock progressivo reinava supremo. Formada pelos músicos John Wetton (King Crimson), Carl Palmer (Emerson, Lake & Palmer, King Crimson), Steve Howe (Yes) e Geoff Downes (The Buggles) a banda fez músicas instrumentais fracas mas ao mesmo tempo também interpretou músicas bem pop - estas que os levaram ao topo. Com o primeiro e auto-intitulado álbum, eles se consagraram com o sucesso “Heat Of The Moment” – alcançando o topo da parada Billboard. A banda depois disto lançou mais dois álbuns, Alpha e Astra que não foram bem recebidos. A saída de John Wetton também ajudou com que a banda acabasse logo depois. Neste show a gloriosa época de Asia estava novamente reunida após 25 anos trazendo os antigos hits dos anos 80. Quando a banda subiu no palco, foi recebida com muito aplauso começando com “Time Again” e “One Step Closer”. Um grande telão fazia o símbolo do primeiro álbum do Ásia trazendo aquele efeito dos anos 80 de volta – lindo!. Continuaram com uma música do Yes, “Roundabout”, celebrando cada banda de qual cada integrante faz parte. John Wetton continuou introduzindo músicas do primeiro álbum como “Without You”, “Cutting It Fine” que depois resultou num fantástico solo de Steve Howe que já deve estar com 60 anos mais ou menos. Mostrou, no entanto que com a idade também vem muita experiência. A celebração pelas bandas continuou com um cover para “Fanfarre for the Common Man” do Emerson, Lake & Palmer que foi muito bem interpretada mas no quesito vocais não pode ser comparada com os vocais fantásticos de Greg Lake. Wetton depois mudou de disco continuando com “The Smile Has Left Your Eyes” e “Don’t Cry” do album Alpha. Engraçado que ao escolher uma cover para o King Crimson a banda escolheu logo uma música na qual Greg Lake canta, In The Court Of The Crimson King, fazendo a música original perder um pouco do encanto e da magia. John Wetton afinal de contas também foi vocal do King Crimson. Voltando para o primeiro álbum a banda continuou com “Here Comes the Feeling” logo emendando com “Video Killed the Radio Star” homenageando a banda The Buggles de Geoff Downes – primeiro clip a ser transmitido pela MTV no Mundo. Continuaram com “The Heat Goes On” que resultou num bom solo de Carl Palmer que poderia ter sido melhor se ele tivesse realmente trazido seu equipamento como quando veio ao Brasil com o Emerson, Lake & Palmer. A banda saiu para tomar uma água após tocar “Only Time Will Tell” e “Sole Survivor”. Apenas faltou uma música para completar o primeiro álbum do Ásia – a fantástica “Heat Of The Moment”. Foi neste momento em que todos no Credicard Hall levantaram e curtiram a música em pé. Em resumo o show foi muito bom e de certa forma uma maneira de relembrar como é bom ver músicos tão bons, experientes e com tanta história tocando juntos. Inesquecível! [MF]

segunda-feira, março 26, 2007

17.03 // Blind Guardian, Via Funchal - São Paulo

O show do Blind Guardian foi um show que de certa forma me passou uma sensação de deja-vu. Os alemães desta vez não reservaram nenhuma surpresa desagradável para os fãs mas ao mesmo tempo vieram com um repertório parecido com o da última vez. Ao começar o show com “War Of Wrath”, introdução famosa do álbum Nightfall In Middle Earth e continuando com “Into The Storm” foram as exatas mesmas músicas que começaram o show da última apresentação aqui em São Paulo. Interessante, no entanto, é que a banda vem ao Brasil divulgar Twist Of A Myth, e pouco toca do álbum, explorando e muito os álbuns de mais sucesso. Ao continuar com “Born In A Mourning Hall” e logo depois com “Nightfall”, percebi que Hansi Kürsch continua poupando a voz para que ele não fique rouco antes do tempo. Não que isto incomode os fãs, muito pelo contrário. Os fãs pulavam, gritavam e cantavam todas as músicas em alto e bom som. O grupo interpretou com perfeição uma das melhores músicas do álbum Imaginations From The Other Side a famosa “Script For My Requiem”. Os alemães continuaram com a música “Fly” do álbum novo Twist Of A Myth introduzindo ela para gente como a música que fará nós voar como Peter Pan. “Valhalla” também foi entoada em uníssono pela grande quantidade de fãs no Via Funchal e um dos grandes momentos do show. A atual formação do Blind Guardian composta por Hansi Kürsch (v), André Olbrich (g), Marcus Siepen (g) e Frederik Ehmke (d), contando é claro com os convidados Oliver Holzwarth no baixo e Michael Schüren nos teclados, mostrou uma grandiosa performance em “Time Stands Still” e “And The Story Ends” com destaque para Marcus Siepen que conseguia além de tocar monstruosamente sua guitarra, fazia os backing vocals destas músicas com tranqüilidade. A banda continuou o set-list com “Majesty”, “Another Stranger Me”, “Bright Eyes” e um momento que ninguém esperava – o sexteto realmente tocou “And There Was Silence” inteiro, o que fez o público não apenas ficar boquiaberto por alguns instantes, mas curtir cada instante desta música que é uma das mais longas do repertório da banda. O público ficou apreensivo para a volta da banda para o “bis” já que muitos ainda queriam mais. A banda voltou depois de algum tempo e animados anunciavam que ainda haviam quatro músicas a serem tocadas. Logo começaram com “Imaginations From The Other Side” e continuaram com a música mais pedida: “The Bard's Song - In The Forest” a qual o público praticamente cantou sozinha e em uníssono especialmente por ela ser acústica. “Mirror, Mirror” veio logo depois praticamente encerrando o set-list da noite. O pessoal mal esperava que Edu Falaschi e Felipe Andreoli poderiam subir no palco para tocar “Barbara Ann”. A maioria aprovou mas ouvia gritos de reprovação de alguns lá no fundo – principalmente quando Edu acabou falando mais que Hansi o show inteiro. A música foi totalmente desnecessária e acabaram fechando o show de uma forma estranha. Um show muito bom que não deixou sombra de dúvida que o Blind Guardian ama o Brasil, seus fãs e que certamente voltarão na próxima oportunidade. Vida longa aos trovadores do metal! [MF]

sexta-feira, março 23, 2007

Pennywise se apresenta em São Paulo, dia 30 de Março

O quarteto formado em Hermosa Beach, pequena comunidade ao sul de Los Angeles, se apresenta dia 30 de março, no Credicard Hall, com sucessos de seu último trabalho "The Fuse".

Oitavo álbum de estúdio do grupo, The Fuse foi lançado em 2005 e reúne, entre outros sucessos, as músicas "Knocked Down" (música de abertura do CD), "Closer", "Yell Out", "Competition Song" e "Fox TV".

Com outros álbuns lançados anteriormente, como Pennywise (1991), Unknown Road (1993), About Time (1995), Full Circle (1997), Straight Ahead (1999), Live at the Key Club (2000), Land of the Free? (2001) e From the Ashes (2003); a banda é hoje uma das principais influências de Hardcore e Punk do mundo inteiro, ao lado de nomes como NOFX e Bad Religion.

Formada por Jim Lindberg (vocal), Fletcher Dragge (guitarra), Byron McMackin (bateria) e Randy Bradbury (baixo), que ocupou o lugar do baixista original Jason Thirsk, falecido em 1996, Pennywise é conhecida por suas letras politizadas, com muitos protestos e som rápido. Músicas como "Brohymn", "Wouldn't it be Nice", "No Reason Why", "Alien", "Waiting", "God Save the USA", e muitas outras já se tornaram clássicos.

O Pennywise surgiu em 1988 e logo depois assinou com a Epitaph Records para o lançamento do primeiro disco Pennywise, trabalho que ajudou a definir o emergente movimento punk do Centro Oeste. Logo no segundo disco, Unknown Road, milhares de cópias foram vendidas e o ressurgimento do punk entrou no auge.

Entre os momentos mais marcantes da carreira dos músicos está o concerto na arena de Long Beach, quando reuniram 14 mil pessoas no local.

sexta-feira, março 16, 2007

Juliette And The Licks - Four On The Floor

“O modelo ideal feminino é de uma mulher desejável, atraente, confiável e previsível”, afirma Juliette Lewis. “É por isso que minha música é tão importante para mim. Significa a antítese desse modelo, ela rompe com essa idéia.” Uma declaração desse tipo não chega a surpreender quem já tenha visto Juliette Lewis no cinema, assumindo papéis com o mesmo desdém por convenções como faz em sua vida real.
Apesar de ter uma carreira consagrada em Hollywood, onde interpretou alguns dos personagens femininos mais complexos e memoráveis da safra recente do cinema norte-americano, a música sempre foi a paixão de Juliette. “Meu pequeno universo criativo é composto por três coisas: Música, Arte Performática e Drama. Fiz filmes por quinze anos, mas me sentia profundamente insatisfeita. A urgência pela música foi ficando cada vez mais forte.”
Em 2003, ela formou a banda ‘Juliette and The Licks’ com os guitarristas Todd Morse e Kemble Walters, dessa forma, caíram na estrada abrindo shows para artistas como Hole (Courtney Love), Social Distortion e Turbonegro.
O longo convívio na estrada e a formação estável da banda criaram as oportunidades do grupo elaborar e desenvolver suas próprias composições. As gravações do álbum “Four on the floor” tiveram início em 2006 e ninguém menos que Dave Grohl, líder do Foo Fighters e ex-baterista do Nirvana, resolveu juntar-se à banda para tocar em apenas alguns ensaios e acabou participando da gravação de todo o álbum.
A música quente, em alta combustão detonada pela bateria ‘sem freio’, cortesia de Dave Grohl, as guitarras ‘turbo’ de Todd Morse e Kemble Walters, o groove do baixo de Jason Womack e o vocal rosnado de Juliette Lewis, resultam num álbum em ebulição, fervilhando de energia sexual e urgência!

“Som alto e desvairado como Iggy Pop, às vezes cru e furioso como PJ Harvey, mas sempre absolutamente convincente!” - ESQUIRE (USA)

“A intensidade de Juliette Lewis é, por si só, eletrizante!” - UNCUT (UK)

“Cheira a sexo! Sex Pistols bem mais pesado com o groovy do MC5. Rock em sua forma menos diluída” - NME (UK)

Curiosidade:

• Juliette Lewis é artista mundialmente famosa por suas atuações em filmes como “Assassinos por natureza” (Natural born killers), “Kalifornia”, Starsky & Hutch - Justiça em dobro”, “Cabo do medo” (Cape Fear) – sua participação neste filme rendeu indicações ao Oscar e Globo de Ouro.

• “Four on the floor” foi lançado na Europa em outubro de 2006 e entrou imediatamente em quarto lugar nas paradas independentes britânicas.

• Dave Grohl – líder dos “Foo Fighters” e ex-baterista do Nirvana, participou de todas as faixas do álbum como baterista.

quinta-feira, março 08, 2007

Biografia do Aerosmith, que já vendeu mais de 100 milhões de discos, confunde-se com a própria história do rock mundial

O Aerosmith surgiu em 1969, da junção de duas outras bandas: A Chain Reaction de Steven Tyler e The Jam Band de Joe Perry e Tom Hamilton. Chain Reaction possuia muita influência dos Beatles e a banda chegou a gravar um demo que continha canções como "The sun" e "When I need you". Joe Perry trabalhava em uma lanchonete e fritava batatas e hamburgueres para comprar discos, dirigia o furgão de sua mãe ouvindo Led Zeppelin e sonhava em ter uma banda. Steven Tyler, às vezes, comia na lanchonete onde Joe trabalhava.

A formação original do Aerosmith incluía Steven Tyler (vocal), Joe Perry (guitarra) e Tom Hamilton (baixo), tendo mais tarde entrado para a banda Ray Tabano como segundo guitarrista, e posteriormente Brad Whitford (dos Earth Inc.), para desempenhar idênticas funções. Tyler, que originariamente era baterista e solista, tornou-se vocalista quando o baterista Joey Kramer se juntou ao grupo.

Após alguns espectáculos ao vivo nos bares de Boston, que lhes proporcionaram fama imediata, os rapazes do Aerosmith assinaram um contrato com a Columbia Records em 1972, quando gravaram o seu álbum de estreia Aerosmith em duas semanas e lançaram-no no mercado; é lá que está o single "Dream On". Após uma primeira turnê a banda lançou Get Your Wings (1974), que também se tornou um grande sucesso de vendas. Desde então, venderam mais de 100 milhões de discos em 23 álbuns e acumularam uma coleção de prêmios Grammys, American Music Awards, Billboard Awards e MTV Awards.

Em 1975, a edição de Toys in the Attic fez deles definitivamente estrelas do rock n' roll internacional. O álbum, uma mistura bem sucedida de heavy metal, hard rock e toques de punk, constituiu um êxito imediato, com dois grandes sucessos: "Sweet Emotion" e "Walk This Way. O álbum seguinte, Rocks, considerado por vários fãs o melhor da banda, atingiu a platina e continha também dois singles: "Back in the Saddle" e "Last Child". No final dos anos 70, em meio às turnês e aos novos álbuns, participaram do filme Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band.
Em 1979, Joe Perry deixou a banda por problemas com drogas e brigas com Steven Tyler. Formou o The Joe Perry Project, que lançou três discos. Após um acidente de moto sofrido por Steven Tyler, Brad Whitford deixou a banda em 1980 e se uniu a Derek St. Holmes, vocalista da banda de Ted Nugent, para dar origem ao projeto Whitford/St. Holmes, que em 1981 lançou um disco.

Com a parceria Perry-Tyler desfeita em 1979, o Aerosmith incluiu novos membros em sua formação: Jimmy Crespo e Rick Dufay, lançando o álbum Greatest Hits em 1980, um verdadeiro sucesso de vendas, seguidopelo lançamento de Rock in a Hard Place. Após uma fase conturbada, Perry e Whitford regressaram à banda, em 1984 – quando realizaram uma turnê para comemorar a reunião dos membros do grupo.

No ano seguinte, a banda lançou Done With Mirrors, considerado um dos melhores álbuns do Aerosmith desde o final dos anos 70. Ao mesmo tempo, apareceram no bem sucedido cover dos Run D. M. C. de "Walk This Way", combinando rock n' roll e rap, e marcando o regresso do Aerosmith aos grandes êxitos.

Seguiu-se o álbum Permanent Vacation (1987), que incluiu hits como "Dude (Looks Like a Lady)", "Rag Doll" e "Angel". E Pump, do qual se extraíram três singles que chegaram ao Top 10 nos Estados Unidos: "Janie's Got a Gun", "What It Takes" e "Love in an Elevator". Get a Grip (1993) foi igualmente um sucesso de vendas, tendo restabelecido definitivamente o Aerosmith como uma potência musical.

Nine Lives, de 1997, foi um álbum marcado por inúmeros problemas, como o afastamento do produtor do grupo, Tim Collins; talvez por isso mesmo não tenha sido bem acolhido pelo público e pela crítica. Contudo, o maior êxito do Aerosmith nos anos 90 foi o tema romântico da trilha sonora do filme Armageddon, I Don't Wanna Miss A Thing (escrito por Joe Perry e Diane Warren, ainda que Perry não seja creditado como tal).

Em 30 de Março de 2004, o seu há muito prometido álbum de blues, "Honkin' on Bobo", foi finalmente lançado, um regresso às raízes; o álbum nasceu no final de 2003 durante a turnê em conjunto com o KISS e a jam especial de blues que acontecia nas apresentações. Em 2005, a gravadora lançou Rockin' The Joint, uma compilação de uma apresentação ao vivo realizada em 2002 pela turnê Just Push Play.

Mais recentemente, em 2006, com a proximidade do fim do contrato com a Sony BMG, a gravadora lançaria outra coletânea, Devil's Got a New Disguise, com grandes sucessos da banda em toda sua história, além de duas canções inéditas, uma delas um outtake do álbum Pump.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

10/02 // Deftones faz show com seu melhor repertório

Um público hostil marcou o show do Deftones, sábado, no Via Funchal. A banda, que se esforçou em fazer um show decente, mais uma vez foi prejudicada pelo som horrível preparado pelos engenheiros de som. O Adrem, que fez um som bem barulhento, despertou a ira do público que ficava gritando pelo Defotnes o tempo todo - além de j0ogar objetos em cima do palco. Atitude típica de pré-adolescentes. O Adrem no entanto fez um set cantado em português com duas excessões - um cover para Slipknot e "Loco" do Coal Chamber - que na minha opinião não ficou muito boa. A banda de Leme fez um show legal, mas parece que nesta noite não havia nada á favor deles.

O Defotnes, que entrou logo após uma meia hora mais ou menos, foi recebido calorosamente pelo público. Há tempos que não via uma devoção tão grande por uma banda que de certa forma renasceu com o lançamento de "Saturday Night Wrist" - cá entre nós, o Defotnes já estava meio que enterrado na minha opinião e meio que sumido. Em entrevista á Rock Hard-Valhalla, Chino Moreno diz que tudo ficou por um fio. O frontman não demonstrou muito entrosamento com o público mas fez duas horas de show - algo que muitas bandas hoje em dia neste estilo evitam.
A banda mandou muito bem começando com "Back To School" e depois não parou mais.
Todos os hits estavam presentes como "My Own Summer", "Around the Fur", "Feiticeira" e "Minerva". Fiquei feliz em ver o entrosamento da banda no palco e a ótima performance do baterista junto com o baixista - a cozinha estava perfeita.

O som da casa também não ajudou muito. O som embolado natural do Deftones, ficou meio que confuso para aqueles que foram ver o Defotnes pela primeira vez ao vivo. Era tanto barulho, tanta informação que em alguns momentos não se entendia o som direito e sim uma grande massa sonora. Em Rats!Rats!Rats!, som do novo álbum Saturday Night Wrist, a coisa ficou tão embolada que só se ouvia os gritos de Chino.

Em tempo, o show foi muito bom mas acho que poderia ter sido melhor. Os engenheiros de som no Via Funchal estão ultimamente deixando a desejar. Espero que isto não prejudique outras bandas ao passar do tempo.

Eis as músicas que eu lembro estarem no set-list e estão totalmente fora de ordem...

Rats!Rats!Rats!
Feiticeira
Back To School
Knife Party
My Own Summer
Head up
Minus Blindfold
Engine 9
Lifter
7 words
Around the fur
Passenger
Change
No Ordinary Love
Cherry Waves
Xerces
Kimdracula
Beware of the Water
Digital Bath
Hexagram
Minerva
Hole in the Earth
Root

[MF]

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

01/02 // Arch Enemy & Ungodly detonam em show no Via Funchal, São Paulo

O show dos baianos do Ungodly começou um pouco antes do que divulgado pelos assessores do evento. Impressionante como a banda demonstra um crescimento contínuo em suas apresentações e cada vez mais confiança e tranqüilidade ao interpretar as músicas do álbum “Ungodly”. Com uma formação estável composta por Arnald Asmoodeeus (v), Daniel Oliveira (g), Tony de Assis (g), Joel Moncorvo (b) e Thiago Nogueira (d) a banda tocou algumas músicas de seu debut com destaque para a a muito bem tocada ‘Murderers In The Name Of God’. O show foi muito bom e o público pareceu realmente curtir a performance da banda. Era a vez dos suecos do Arch Enemy. Banda que já existe há 11 anos e possui em sua formação Ângela Gossow (v), Sharlee D’Angelo (b), Michael Amott (g), Fredrik Akesson (g) e Daniel Erlandsson (d) fez uma verdadeira revolução no conceito death metal sueco nos últimos três álbuns – ou melhor, desde que Johan Liva deixou a posição de vocalista para a carismática Ângela Gossow. O entusiasmo era tão grande em ver esta banda que o público ficava empolgado a cada momento em que ameaçavam começar o show. Quando finalmente as luzes se apagam, o pessoal parece que entrou num frenesi. Fiquei um pouco abismado que o som dos bumbos estavam meio altos e pouco se ouvia do baixo, mesmo assim, a banda prosseguiu interpretando as primeiras músicas da noite, ‘Nemesis’ e ‘Dead Eyes See No Future’. A banda nem havia começado com as músicas pesadas e um enorme círculo já havia se formado no meio do público. A banda continuou com o set interpretando ‘Immortal’ do álbum “Burning Bridges”, ‘My Apocalypse’, ‘Burning Angel’, ‘I Am ‘Legend/Out For Blood’, ‘Skeleton Dance’, ‘Bury Me An Angel’ e ‘Diva Satanica’ uma das músicas mais celebradas da noite. Impressionante, no entanto é o entrosamento dos dois guitarristas Michael Amott e Fredrik Akesson. Cada instrumental que ambos interpretavam eram momentos de puro deleite. O baterista Daneil Erlandsson não ficou muito para trás nesta história. O momento solo dele foi simplesmente arrasador junto com os samplers que ele acionava através de sua bateria de maneira bem inteligente. O Oscar de contradição entre demônio e anjo no palco ficou para Ângela Gossow que muito simpática lançava sorrisos tímidos para a platéia que constantemente entrava em contraste com seus momentos de agitação que pareciam mais com demônios possuindo seu corpo. Antes de deixar o palco a banda ainda tocou ‘Ravenous’, ‘Dead Bury Their Dead’ e ‘We Will Rise’ para o orgasmo geral do público. Um show que pecou pelo som um pouco confuso em algumas partes – o que faz o som do show do DVD “Live Apocalypse” ser bem melhor – mas que mostrou que a banda não é apenas uma promessa do metal extremo, mas já é uma das melhores neste estilo além de provar de que quem sabe faz ao vivo. Vida eterna ao Arch Enemy. [MF]