segunda-feira, março 26, 2007

17.03 // Blind Guardian, Via Funchal - São Paulo

O show do Blind Guardian foi um show que de certa forma me passou uma sensação de deja-vu. Os alemães desta vez não reservaram nenhuma surpresa desagradável para os fãs mas ao mesmo tempo vieram com um repertório parecido com o da última vez. Ao começar o show com “War Of Wrath”, introdução famosa do álbum Nightfall In Middle Earth e continuando com “Into The Storm” foram as exatas mesmas músicas que começaram o show da última apresentação aqui em São Paulo. Interessante, no entanto, é que a banda vem ao Brasil divulgar Twist Of A Myth, e pouco toca do álbum, explorando e muito os álbuns de mais sucesso. Ao continuar com “Born In A Mourning Hall” e logo depois com “Nightfall”, percebi que Hansi Kürsch continua poupando a voz para que ele não fique rouco antes do tempo. Não que isto incomode os fãs, muito pelo contrário. Os fãs pulavam, gritavam e cantavam todas as músicas em alto e bom som. O grupo interpretou com perfeição uma das melhores músicas do álbum Imaginations From The Other Side a famosa “Script For My Requiem”. Os alemães continuaram com a música “Fly” do álbum novo Twist Of A Myth introduzindo ela para gente como a música que fará nós voar como Peter Pan. “Valhalla” também foi entoada em uníssono pela grande quantidade de fãs no Via Funchal e um dos grandes momentos do show. A atual formação do Blind Guardian composta por Hansi Kürsch (v), André Olbrich (g), Marcus Siepen (g) e Frederik Ehmke (d), contando é claro com os convidados Oliver Holzwarth no baixo e Michael Schüren nos teclados, mostrou uma grandiosa performance em “Time Stands Still” e “And The Story Ends” com destaque para Marcus Siepen que conseguia além de tocar monstruosamente sua guitarra, fazia os backing vocals destas músicas com tranqüilidade. A banda continuou o set-list com “Majesty”, “Another Stranger Me”, “Bright Eyes” e um momento que ninguém esperava – o sexteto realmente tocou “And There Was Silence” inteiro, o que fez o público não apenas ficar boquiaberto por alguns instantes, mas curtir cada instante desta música que é uma das mais longas do repertório da banda. O público ficou apreensivo para a volta da banda para o “bis” já que muitos ainda queriam mais. A banda voltou depois de algum tempo e animados anunciavam que ainda haviam quatro músicas a serem tocadas. Logo começaram com “Imaginations From The Other Side” e continuaram com a música mais pedida: “The Bard's Song - In The Forest” a qual o público praticamente cantou sozinha e em uníssono especialmente por ela ser acústica. “Mirror, Mirror” veio logo depois praticamente encerrando o set-list da noite. O pessoal mal esperava que Edu Falaschi e Felipe Andreoli poderiam subir no palco para tocar “Barbara Ann”. A maioria aprovou mas ouvia gritos de reprovação de alguns lá no fundo – principalmente quando Edu acabou falando mais que Hansi o show inteiro. A música foi totalmente desnecessária e acabaram fechando o show de uma forma estranha. Um show muito bom que não deixou sombra de dúvida que o Blind Guardian ama o Brasil, seus fãs e que certamente voltarão na próxima oportunidade. Vida longa aos trovadores do metal! [MF]

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