terça-feira, julho 26, 2016

Destaques de Junho 2016

The Vision Bleak // The Unknown - Se The Vision Bleak fosse uma banda de death metal eles seriam louvados por sua incrível arte da capa “old school”. Infelizmente, eles são uma banda de metal gótico, então, tenho certeza que estes mesmos fãs de death metal irão me acusar de não ter credenciais de headbanger por gostar do The Unknown como eu gosto. Como nenhum outro álbum que ouvi este mês, The Unknkown cativou os meus sentidos e me levou para dentro de seu Universo. A chave pra mim é a composição das músicas. The Unknown é uma combinação de sons incomuns para a cena hoje em dia e após tantos anos, isto parece um chamado de uma sereia para mim. A combinação daquele Type O Negative dos anos 90 e os vocais baixos no estilo Moonspell, misturados com as faixas ríspidas e muito bem executadas, tornam este um ótimo álbum. Todas as faixas são muito bem balanceadas, “balanceado entre a beleza e o venenoso” se aproximando da escuridão com aquele clima desesperador da falta de esperança e sua atmosfera escura. Esta combinação de atmosferas e composições muito bem compostas fazem do The Unknown um grande álbum e possui seu lugar fixo em minha playlist.


Thrawsunblat // Metachtonia – Este ano tem sido fantástico para o revival do black metal melódico. Com bandas como Sacrilegium, Moonsorrow, Winterhorde e Mistur, estas bandas me mostraram que o black metal em algum momento deixou de ser absurdamente repetitivo. Eu sei, parece ser um choque, mas em algum momento pessoas compuseram músicas que são interessantes de ouvir e que fazem uma pessoa “bater cabeça” e contar aos seus amigos sobre a banda. Enquanto Thrawsunblat perdeu pontos por terem não apenas um, mas dois títulos de álbuns que ninguém consegue pronunciar, eles estão muito ocupados destruindo nos palcos em sua turnê na Escandinávia junto com Mangarm, Moonsorrow e Mistur para se importar. Este álbum é cheio de ótimas composições, ambientes/atmosferas muito bem compostas e com uma mão do post-black metal de Agalloch. E esta uma hora de duração? Por sorte Metachthonia é um álbum conceito muito bem composto que enriquece e premia a cada audição. O material é muito superior ás suas falhas e sua duração de uma hora, mesmo com suas falhas, é cativante e nunca é longo demais.



Be’lakor // Vessels – O glamour dos garotos do melo-death da Australia voltaram rugindo com mais uma dose pesada no estilo “Insomnium Gatherum” e me surpreenderam com sua qualidade musical. Leio na internet que alguns acharam meio cansativo outros defenderam que era belo e atmosférico. Mesmo os que defendem a banda, no entanto admitem que Vessels não possui o impacto dos álbuns anteriores, mas ainda são os melhores no estilo melodic death.  Ainda é muito recomendado se você gostou dos álbuns anteriores ou se você curte bandas como Insomnium Gatherum. No entanto, achei que faltou um pouco de qualidade na produção do álbum e os problemas ficam ainda mais fáceis de ouvir desta vez.