quarta-feira, fevereiro 14, 2007

10/02 // Deftones faz show com seu melhor repertório

Um público hostil marcou o show do Deftones, sábado, no Via Funchal. A banda, que se esforçou em fazer um show decente, mais uma vez foi prejudicada pelo som horrível preparado pelos engenheiros de som. O Adrem, que fez um som bem barulhento, despertou a ira do público que ficava gritando pelo Defotnes o tempo todo - além de j0ogar objetos em cima do palco. Atitude típica de pré-adolescentes. O Adrem no entanto fez um set cantado em português com duas excessões - um cover para Slipknot e "Loco" do Coal Chamber - que na minha opinião não ficou muito boa. A banda de Leme fez um show legal, mas parece que nesta noite não havia nada á favor deles.

O Defotnes, que entrou logo após uma meia hora mais ou menos, foi recebido calorosamente pelo público. Há tempos que não via uma devoção tão grande por uma banda que de certa forma renasceu com o lançamento de "Saturday Night Wrist" - cá entre nós, o Defotnes já estava meio que enterrado na minha opinião e meio que sumido. Em entrevista á Rock Hard-Valhalla, Chino Moreno diz que tudo ficou por um fio. O frontman não demonstrou muito entrosamento com o público mas fez duas horas de show - algo que muitas bandas hoje em dia neste estilo evitam.
A banda mandou muito bem começando com "Back To School" e depois não parou mais.
Todos os hits estavam presentes como "My Own Summer", "Around the Fur", "Feiticeira" e "Minerva". Fiquei feliz em ver o entrosamento da banda no palco e a ótima performance do baterista junto com o baixista - a cozinha estava perfeita.

O som da casa também não ajudou muito. O som embolado natural do Deftones, ficou meio que confuso para aqueles que foram ver o Defotnes pela primeira vez ao vivo. Era tanto barulho, tanta informação que em alguns momentos não se entendia o som direito e sim uma grande massa sonora. Em Rats!Rats!Rats!, som do novo álbum Saturday Night Wrist, a coisa ficou tão embolada que só se ouvia os gritos de Chino.

Em tempo, o show foi muito bom mas acho que poderia ter sido melhor. Os engenheiros de som no Via Funchal estão ultimamente deixando a desejar. Espero que isto não prejudique outras bandas ao passar do tempo.

Eis as músicas que eu lembro estarem no set-list e estão totalmente fora de ordem...

Rats!Rats!Rats!
Feiticeira
Back To School
Knife Party
My Own Summer
Head up
Minus Blindfold
Engine 9
Lifter
7 words
Around the fur
Passenger
Change
No Ordinary Love
Cherry Waves
Xerces
Kimdracula
Beware of the Water
Digital Bath
Hexagram
Minerva
Hole in the Earth
Root

[MF]

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

01/02 // Arch Enemy & Ungodly detonam em show no Via Funchal, São Paulo

O show dos baianos do Ungodly começou um pouco antes do que divulgado pelos assessores do evento. Impressionante como a banda demonstra um crescimento contínuo em suas apresentações e cada vez mais confiança e tranqüilidade ao interpretar as músicas do álbum “Ungodly”. Com uma formação estável composta por Arnald Asmoodeeus (v), Daniel Oliveira (g), Tony de Assis (g), Joel Moncorvo (b) e Thiago Nogueira (d) a banda tocou algumas músicas de seu debut com destaque para a a muito bem tocada ‘Murderers In The Name Of God’. O show foi muito bom e o público pareceu realmente curtir a performance da banda. Era a vez dos suecos do Arch Enemy. Banda que já existe há 11 anos e possui em sua formação Ângela Gossow (v), Sharlee D’Angelo (b), Michael Amott (g), Fredrik Akesson (g) e Daniel Erlandsson (d) fez uma verdadeira revolução no conceito death metal sueco nos últimos três álbuns – ou melhor, desde que Johan Liva deixou a posição de vocalista para a carismática Ângela Gossow. O entusiasmo era tão grande em ver esta banda que o público ficava empolgado a cada momento em que ameaçavam começar o show. Quando finalmente as luzes se apagam, o pessoal parece que entrou num frenesi. Fiquei um pouco abismado que o som dos bumbos estavam meio altos e pouco se ouvia do baixo, mesmo assim, a banda prosseguiu interpretando as primeiras músicas da noite, ‘Nemesis’ e ‘Dead Eyes See No Future’. A banda nem havia começado com as músicas pesadas e um enorme círculo já havia se formado no meio do público. A banda continuou com o set interpretando ‘Immortal’ do álbum “Burning Bridges”, ‘My Apocalypse’, ‘Burning Angel’, ‘I Am ‘Legend/Out For Blood’, ‘Skeleton Dance’, ‘Bury Me An Angel’ e ‘Diva Satanica’ uma das músicas mais celebradas da noite. Impressionante, no entanto é o entrosamento dos dois guitarristas Michael Amott e Fredrik Akesson. Cada instrumental que ambos interpretavam eram momentos de puro deleite. O baterista Daneil Erlandsson não ficou muito para trás nesta história. O momento solo dele foi simplesmente arrasador junto com os samplers que ele acionava através de sua bateria de maneira bem inteligente. O Oscar de contradição entre demônio e anjo no palco ficou para Ângela Gossow que muito simpática lançava sorrisos tímidos para a platéia que constantemente entrava em contraste com seus momentos de agitação que pareciam mais com demônios possuindo seu corpo. Antes de deixar o palco a banda ainda tocou ‘Ravenous’, ‘Dead Bury Their Dead’ e ‘We Will Rise’ para o orgasmo geral do público. Um show que pecou pelo som um pouco confuso em algumas partes – o que faz o som do show do DVD “Live Apocalypse” ser bem melhor – mas que mostrou que a banda não é apenas uma promessa do metal extremo, mas já é uma das melhores neste estilo além de provar de que quem sabe faz ao vivo. Vida eterna ao Arch Enemy. [MF]