segunda-feira, fevereiro 05, 2007

01/02 // Arch Enemy & Ungodly detonam em show no Via Funchal, São Paulo

O show dos baianos do Ungodly começou um pouco antes do que divulgado pelos assessores do evento. Impressionante como a banda demonstra um crescimento contínuo em suas apresentações e cada vez mais confiança e tranqüilidade ao interpretar as músicas do álbum “Ungodly”. Com uma formação estável composta por Arnald Asmoodeeus (v), Daniel Oliveira (g), Tony de Assis (g), Joel Moncorvo (b) e Thiago Nogueira (d) a banda tocou algumas músicas de seu debut com destaque para a a muito bem tocada ‘Murderers In The Name Of God’. O show foi muito bom e o público pareceu realmente curtir a performance da banda. Era a vez dos suecos do Arch Enemy. Banda que já existe há 11 anos e possui em sua formação Ângela Gossow (v), Sharlee D’Angelo (b), Michael Amott (g), Fredrik Akesson (g) e Daniel Erlandsson (d) fez uma verdadeira revolução no conceito death metal sueco nos últimos três álbuns – ou melhor, desde que Johan Liva deixou a posição de vocalista para a carismática Ângela Gossow. O entusiasmo era tão grande em ver esta banda que o público ficava empolgado a cada momento em que ameaçavam começar o show. Quando finalmente as luzes se apagam, o pessoal parece que entrou num frenesi. Fiquei um pouco abismado que o som dos bumbos estavam meio altos e pouco se ouvia do baixo, mesmo assim, a banda prosseguiu interpretando as primeiras músicas da noite, ‘Nemesis’ e ‘Dead Eyes See No Future’. A banda nem havia começado com as músicas pesadas e um enorme círculo já havia se formado no meio do público. A banda continuou com o set interpretando ‘Immortal’ do álbum “Burning Bridges”, ‘My Apocalypse’, ‘Burning Angel’, ‘I Am ‘Legend/Out For Blood’, ‘Skeleton Dance’, ‘Bury Me An Angel’ e ‘Diva Satanica’ uma das músicas mais celebradas da noite. Impressionante, no entanto é o entrosamento dos dois guitarristas Michael Amott e Fredrik Akesson. Cada instrumental que ambos interpretavam eram momentos de puro deleite. O baterista Daneil Erlandsson não ficou muito para trás nesta história. O momento solo dele foi simplesmente arrasador junto com os samplers que ele acionava através de sua bateria de maneira bem inteligente. O Oscar de contradição entre demônio e anjo no palco ficou para Ângela Gossow que muito simpática lançava sorrisos tímidos para a platéia que constantemente entrava em contraste com seus momentos de agitação que pareciam mais com demônios possuindo seu corpo. Antes de deixar o palco a banda ainda tocou ‘Ravenous’, ‘Dead Bury Their Dead’ e ‘We Will Rise’ para o orgasmo geral do público. Um show que pecou pelo som um pouco confuso em algumas partes – o que faz o som do show do DVD “Live Apocalypse” ser bem melhor – mas que mostrou que a banda não é apenas uma promessa do metal extremo, mas já é uma das melhores neste estilo além de provar de que quem sabe faz ao vivo. Vida eterna ao Arch Enemy. [MF]

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