sexta-feira, novembro 03, 2006

02/11 LIBERATION FEST (Hangar 110)

C/ AS BANDAS SANGUE INOCENTE/DEEPER THAN THAT/CHILDREN OF GAIA/PAURA & THROWDOWN (EUA)

Uma noite regada de muito hardcore, hambúrgueres de soja e Mupy (o retorno da tradicional bebida de soja). Obviamente tratava-se de um evento straight edge, isto é, nada de cerveja! A chuva não pareceu assustar os fãs que vieram para assistir as bandas da noite. A banda que iniciou a festa de comemoração da Liberation Records foi a banda Sangue Inocente. O grupo composto por Rick Sega (v); Hursii (b); Andrezão (g); Molera (g); Kanan (d); fez uma apresentação curta, mas de muito impacto. Músicas como “Sangue Nos Olhos”, “Traição, Convicção”, “Fogo & Glória” e “Ossos Secos” mostraram que a banda está se esforçando e muito para entrar no competitivo mercado. A influência forte do hardcore tradicional, fez com que as músicas fossem mais diretas, agitando muito a galera no moshpit. A banda que subiu logo depois foi o já conhecido Deeper Than That que de certa forma despertou algumas reações negativas do público. Calcado no som do Kilsswitch Engage a banda fez uma apresentação muito boa. Divulgando o mais recente álbum The Threat That Comes From Within a banda, formada por Marcel Gallo (g); Allan Rosa (d); Vinicius Santana (v); Marco Gallo (b) e Guti Presotto (g), tocou músicas como “The Fate of the Earth´s Podigal Son”; “Shooting at a Mirror”; “Living to Die...”; “Dying to Live...” encerrando com “Forgetting What Was Once Forgiven”. A banda também tocou duas faixas do futuro album que ainda está em processo de composição, portanto não possuem nome ainda. A banda que subiu logo depois foi o Children Of Gaia, banda já bem conhecida por já fazer extensas turnês na América do Sul. A banda, que possui em sua formação Gabriel (g); Marcel (d); Giuliano (v) e Dan (b), mostrou-se bastante madura. Relançando o álbum “I Pray To Watch You Bleed” a banda subiu no palco destruindo tudo. Giuliano nem parecia ser a pessoa calma que é no backstage e agitava bastante com as enormes rodas que se abriam ao som de “Feeding The Fire”; “Bleeding; I Pray To Watch You Bleed”; “You Don’t Belong To This World”; “The Cross” e “Forbid”. A técnica e feeling desta banda é de impressionar qualquer um, inclusive aqueles que nunca havia ouvido a banda antes. A banda que subiu logo em seguida foi o Paura, já bem conhecida por estar tocando junto com grandes nomes da cena hardcore. A banda que subiu logo depois foi o Paura. A banda que possui em sua formação Fábio Prandini (v); Rafael Fioratti (b); Bira Pironi (g); Rogério Rodontaro (g) e Henrique Pucci (d) e após 3 anos de hiato volta divulgando seu mais novo álbum Youkillusweovercome que foi lançado pela One Voice Records em 2005. Entoando frases de protesto e proliferando frases subversivas a banda mandou muito bem com In The Desert Of Ignorance; Blame Culture; Reverse The Flow; Drive By Fire; Favorites Of Some God; All The Good Seeds; Disciple/Protected; Soultrap; Third Of The Tape - fechando com Sailin’ On, uma cover muito bem feita do Bad Brains. A presença de palco do Paura e do vocal são memoráveis e valem muito a pena serem destacados. O momento que todos esperavam havia chegado. Era a vez da banda estadunidense Throwdown. Vindos do Sul da Califórnia, a banda já vem recebendo ótimas críticas, não somente pelos ótimos álbuns como também pelas performances emocionantes ao vivo. A banda, formada por Dave Peters (v); Matt Mentley (b); Mark Choiniere (g) e Ben Dussault (d) caprichou bastante no set-list tocando músicas dos dois álbuns lançados até agora, Haymaker (03) e Vendetta (05). A banda tocou músicas como “Hopeless”, “Speak The Truth”, “Unite”; “Step It Up”; “Forever”; “We Will Rise”; “Burn” e também uma interessante cover para “Propaganda” do Sepultura. Houve um momento no show em que o vocal pediu respeito pelas bandas nacionais e chamou Giuliano, vocal do Children Of Gaia para cantar despertando mais uma vez o enorme moshpit que parecia não cansar em música alguma. Apesar do set-list curto, a banda deu o seu recado deixando muitos ali com vontade de quero mais. A organização está de parabéns e mostrou que apesar de ter vendido algumas cervejas naquela noite meio que sem querer, fizeram da noite uma verdadeira festa. Agora é torcer para que ela se repita todos os anos. [MF]

quarta-feira, outubro 18, 2006

Live n Louder: Fomos enganados?

Um dia quente que judiou os headbangers sem dó nem piedade. Pessoas vestidas de preto passaram por um calor infernal, mas se salvaram de queimaduras e insolações. A cerveja, novamente superfaturada e mais cara que no show do Judas Priest, não abalou os fanáticos por cerveja e água.

Tivemos o cancelamento do Saxon alguns dias antes do evento e também o chamariz do festival que era o Black Label Society. Claro que isto foi trocado por André Mattos e David Lee Roth. O David Lee Roth pareceu destoar o evento inteiro mesmo tendo tocado clássicos como "Panama", "Run With The Devil", "Jump" e assim por diante.

O grande prejudicado no entanto foi o Primal Fear, que apenas tocou seis músicas. A falha nos microfonoes era clara e a irritação de Ralf Scheepers era óbvia. Nem Tribuzy, muito menos Roy Z salvaram a organização daquele fiasco. A gafe continuou na apresentação da rainha do metal, a Doro, que tocou pela priemira vez aqui no Brasil.

Tivemos pontos fortes como a apresentação do grandioso Gotthard e o retorno majestoso do Stratovarius. Fiquei muito feliz em novamente ver a grande performance de Timo Kotipelto, que novamente está muito confiante em sua banda. A troca de baixistas fez muito bem a banda. Não tenho como não elogiar a banda, afinal ela me decepcionou bastante no passado.

David Lee Roth causou emoção sim, mas gostaria muito de ter visto o Van Halen. Acho que o Oscar de grande destaque da noite pode ser dividido pela Doro e pelo Stratovarius. A Doro por estar tranquila e sangue frio com os problemas do microfone e o Stratovarius que fizeram uma apresentação impecável se mostrando uma banda renovada e forte.

O ponto fraco mais uma vez fica para a organização, que mesmo ela sendo diferente do show do Anathema, mostrou um grande descaso pelo público. Uma sugestão quando problemas técnicos: Deveriam treinar as pessoas um ano antes para que este tipo de erro não aconteça, afinal, o que pode dar errado, vai dar errado! Aliás, deveria ser uma obrigação a todos os técnicos saber a língua inglêsa, pelo menos. Isto incentiva a vinda de bandas ao Brasil e ainda passa uma boa impressão de nosso país!

Nós não fomos enganados, mas acho que o público deveria ser mais respeitado e este deveria exigir isto da organização.

Anathema : O show que não aconteceu...

No dia 07/10 tivemos uma grande surpresa. Por culpa de pessoas inescrupulosas e descuidadas tive o desprazer de presenciar o maior papelão já feito por uma casa de shows. A já tradicional casa paulistana, a Leds Lay, conseguiu iludir dezenas fãs do Anathema, banda inglesa que tocaria em São Paulo neste dia de propósito agindo de má fé.

A casa havia sido lacrada pela prefeitura um dia antes por não ter alvará. Desrespeitando tudo e todos, inclusive a produção, abriu as portas permitindo que o show continuasse. Quem perdeu foram os fãs da banda, que não assistiram ao evento por que a polícia foi lá na casa para fechar as portas da casa novamente.

Um grande desrespeito aos fãs da música, que mais uma vez mostraram que são pessoas civilizadas e educadas, que sairam da casa revoltados mas sem causar tumulto.

A banda, revoltada, decidiu descer e dar autógrafos, afinal era o que podiam fazer. Estou publicando isto tarde, mas acho melhor que deixar de publicar. Afinal, como integrante da grande imprensa, fiquei tão perplexo e revoltado quanto aqueles que viajaram 1100km para assistir à este grande fenômeno da música extrema.

Desculpas não são suficientes. Precisamos de soluções. Chega de desorganização. Infelizmente o tema desorganização continua no próximo capítulo, no grande evento do ano, o Live n Louder. Se não já bastasse a palhaçada do Anathema foi a vez do Primal Fear...

quarta-feira, outubro 04, 2006

V Festival Setembro Negro c/ FUNERUS/ INCANTATION/ DARK FUNERAL

Com a ausência da banda mineira PERPETUAL DUSK, que não pode comparecer ao festival por forças maiores, a 5º versão do já conhecido festival SETEMBRO NEGRO começava com o pé esquerdo. Como sempre, o pequeno público que ali estava presenciou a apresentação da banda paulista THOU SUPREME ART, que mostrou um black/death metal muito bem feito, infelizmente esta foi prejudicada pelos já usuais problemas de ajuste dos equipamentos. A banda mineira PARADISE IN FLAMES, que está fazendo a tour para o álbum novo “Homus Morbus Est”, fez um show baseado neste novo lançamento. O público não conhecia nada deste novo álbum, muito menos a imprensa que não recebeu dados sobre a banda. Um show técnico e que deu seu recado. A banda paulista, GESTOS GROSSEIROS, foi a que subiu logo em seguida. Bastante surpreso, o público se aproximou para ver a banda de perto. A banda, não muito preocupada em se apresentar para o público, tocou todas as músicas sem citá-las. Mesmo assim a banda foi muito aplaudida e deixou o palco para outra atração paulista, o VULTURE. Promovendo o mais novo álbum “Test Of Fire” a banda tocou praticamente todas as faixas possíveis naquele curto espaço de tempo. Uma porradaria atrás da outra, o pessoal do VULTURE mais uma vez mostra que o death metal de sampa é algo que impressiona bastante. Com a casa já praticamente cheia, era a vez da última atração nacional se apresentar. Os mineiros do ABSOLUTE DISGRACE, já bastante conhecidos na cena extrema no Brasil, fez um show impecável. A porradaria rolou solta pelo menos nas três primeiras músicas. O público empolgado recebia cada música com saudações que variavam entre urros e berros. Com a despedida dos mineiros a primeira atração gringa eram a dos estadunidenses do FUNERUS. O FUNERUS é uma banda nova que conta com integrantes do INCANTATION. Por incrível que pareça, é a Jill, esposa de John do INCANTATION que faz o vocal e o baixo. A música é calcada no death metal e ás vezes lembra muito elementos do INCANTATION, mas muito menos técnico. A banda, que promove “Festering Earth” fez uma apresentação engraçada. As músicas interpretadas pela banda foram In The Trees, Polluted Excess, Stagnant Seas, Suffering Life, DNR, Suck, Leatherface, Nebulous Existence, Web of Deceit fechando o set com a fantástica Festering Earth. Jill, na empolgação, acabou dizendo “Mostrem agitação aí, ou vocês são um bando de posers, porra?” Como ninguém entendeu, o pessoal continuou agitando bastante. Acho que foi o momento mais empolgante da noite principalmente por ter esperado uma reação mais agressiva do público! A banda que subiu logo em seguida foi o INCANTATION. A terceira vez no Brasil, fez muito bem a eles, já que haviam muitos fãs especialmente lá para eles. Todos os grandes hinos do death metal estadunidenses acabaram sendo tocados. As músicas que a banda tocou na noite foram bem variadas abrangendo músicas de toda carreira. Começaram com Primordial Domination continuando com The Fallen Priest, Entrantment of Evil, Dying Divinity, Hail Babylon, Shadows, Ibex Moon, Once Holy, Rotting With, Merciless Tyranny, Lead to Desolation, Extirpated Dominus fechando o set com a fabulosa Impeding Diabolical. Impressionante como a banda ainda encanta com a pesada influência Doom em suas músicas. A agitação do baixista impressionava bastante, já que o instrumento vermelho sangue fazia contraste com o enorme cabelo louro. Impressionante. A técnica da banda era algo muito comum para bandas de death metal. Um ótimo show. A atração da noite, o Dark Funeral, demorou um pouco para subir ao palco. Com grandes panos de fundo a banda sobe ao palco para proliferar palavras de ódio e destruição. Promovendo o novo álbum “Attera Totus Sanctus” os suecos receberam boas críticas ao redor do Mundo sendo uma das bandas de black metal que mais curtem fazer turnês. Conhecido já pelas ótimas performances, desta vez não foi diferente. Com um grandioso pentagrama no peito, Emperor Magnus Calígula conseguia passar muito bem suas idéias. Além da Intro a banda tocou os clássicos como também faixas do novo álbum. A banda começou com King Antichrist continuando com os clássicos Diabolis Interium, Ravenna Strigoi Mortii, The Arrival of Satans Empire, Open the Gates, Vobiscum Satanas, 666 Voices Inside, Attera Totus Sanctus, The Secrets Of The Black Arts, Godhate, Hail Murder, Atrum Regina, My Dark Desires, An Apprentice Of Satan. A banda curiosamente terminou o set com um Outro, isto é, uma música tocando no fundo. O show terminou muito bem e tudo correu perfeitamente para a produção e no tempo certo. Parabéns a todos que participaram da produção do evento e a oportunidade em poder cobri-lo. [MF]

terça-feira, outubro 03, 2006

27/09/06 - Rock In Concert c/ Uriah Heep / Tropa de Shock / Salário Mínimo / Pedra

O Tropa de Shock subiu ao palco para começar o grande festival Rock In Concert. A banda fez uma ótima apresentação e por incrível que pareça, todos os instrumentos estavam muito bem sintonizados exceto o microfone de Dom que estava desligado. A banda fez um show muito bom. É incrível como Dom continua cantando parecido com André Mattos, mas isto não é novidade. A ótima performance da banda agitou muito o público, mas o que chamou o público a frente foi a dançarina. A performance da garota vestida com um colã preto, despertou a curiosidade da maioria dos homens ali presentes. Com a despedida da Tropa de Shock, era a vez do Salário Mínimo. A banda que antes era uma grande percursora do hard rock no Brasil, hoje toca muito o costumeiro pop rock nas rádios. Nesta noite pudemos ouvir os grandes sucessos do hard rock e isto sim, empolgou a maioria daqueles presentes no show. Algumas coisas novas mostram que o Salário Mínimo está voltando as suas raízes, o que é muito bom. A performance da banda foi muito boa, em especial a do vocalista, que extrovertido sempre conseguia agitar o público ainda escasso do local. A banda Pedra teve mais sorte. Com alguns elementos mais progressivos com hard rock, fez uma fantástica apresentação. Inspirados com a calorosa recepção do público a banda tocou todos os clássicos e demonstrou muita técnica e habilidade com os instrumentos. Solos muito bem feitos e com um vocal muito bem entrosado na banda, fez com que muitas pessoas agitassem com os momentos mais “metal” do som. O que me deixou meio intrigado foi uma confusão no palco, que não foi muito bem explicada. A produção não foi encontrada para explicar o ocorrido. Após a ótima apresentação do Salário Mínimo foi a vez dos ingleses do Uriah Heep. Quando Mick Boz, Lee Kerslake, Trevor Bolder, Bernie Shaw e Phil Lanzon o público entrou em extase. Começando com ‘So Tired’ a banda mostra muito entrosamento e que ainda sabe fazer o que sempre fizeram de melhor, rock n roll. Como a banda não lançou nada novo ainda, ficaram livre para tocar repertório da carreira inteira. A empolgação foi geral quando Bernie Shaw continuava o set-list com
‘Cry Freedom’, ‘Falling In Love’, ‘Words In The Distance’, ‘Stealin'’, ‘If I Had The Time’, ’A Year Or A Day’ e ‘Between Two Worlds’. Muitas garotas se aproximaram mais do palco quando a banda começou a ótima balada ‘Rain’. A banda continuou seu set-list com um de seus sucessos que inclusive o Blind Guardian já prestou sua homenagem – ‘The Wizard’ embalando logo com a fabulosa ‘Free Me’ e ‘Sunrise’. Faixas do album “Look At Yourself” como ‘Gypsy’, ‘Look At Yourself’ foram tocadas. Momentos finais do show e a banda continua tocando os maiores sucessos como ‘July Morning’, ‘Bird Of Prey’ e emendaram logo com ‘Easy Livin'’. A banda voltou para o segundo bis finalizando com a maravilhosa ‘Lady In Black’. Um ótimo show que mostrou uma banda que poderá nos surpreender e muito no futuro. Todos os backing vocals foram cantados com perfeição de álbum e os teclados, mais uma vez demonstraram por que eles são os pais de bandas como o Deep Purple por exemplo. Um show perfeito que emocionou muitos que ali estavam revivendo tempos em que fãs se reuniam para ouvir um LP juntos. [MF]

quarta-feira, agosto 16, 2006

STRYPER - 12.08 - Via Funchal

Eis o set-list para o show do Stryper este fim de semana. A banda de white metal mandou muito bem. Me surpreendeu muito sabendo que ainda há bandas que capricham em suas apresentações ao vivo. Com um público menor, mas que ainda fazia presença na casa de shows, o quarteto listrado, conseguiu empolgar e emocionar todos que ali estavam. Muito bom. Eis o set-list:

STRYPER set-list

To Hell With the Devil
Calling On You
Free
Makes Me Wanna Sing
Loud and Clear
Open Your Eyes
Won't Be Lonely
More than a Man
Live Again
Loving You
Make You Mine
Honestly
The Way
-encore-
Sing Along Song
Soldiers Under Command
Final Prayer

quinta-feira, julho 20, 2006

AUSÊNCIA TEMPORÀRIA NO BLOG

Olá caros leitores. No momento eu estou meio que decepcionado com o mercado musical. Estou ouvindo outro tipo de estilo e vou trair SIM o Mundo dos headbangers. Estou ouvindo LeAnn Rimes, Morcheeba e Cocteau Twins, isto é, nada voltado ao metal. É claro que meus álbuns continuam lá, intocados e vocês me verão sim em shows de bandas extremas, mas não será mais com a mesma emoção de antigamente.

Enfim... Eu vou postar coisas aqui, mas não sei se terão algum dia qualquer relação com bandas ou se terão qualquer relação com o mercado musical. Estou cansado. Estou ficando velho e acho que amadureci. Esta é uma nova fase. A fase do grandioso e inesquecível ULTRAMAN.

Eis um BLOG sobre o maior herói prateado do Mundo.

Bem vindos ao meu Mundo o Mundo de UROTORAMAN.

segunda-feira, maio 22, 2006

20/05 - Rotting Christ com abertura de Arum, Morcrof & Evilwar - Arena Metal em Osasco

As bandas nacionais de black metal estão cada vez mais profissionais e técnicas aqui no Brasil, sem contar é claro, com o alto desempenho e performances ao vivo. Exemplo disto foi o show das bandas de abertura para o Rotting Christ no Arena em Osasco. As bandas que se apresentaram foram Arum, Morcrof e Evilwar. A primeira que se apresentou foi o Arum que já tem dois álbuns lançados por um selo norte americano chamado KillZone Records. A banda que subiu toda maquiada no estilo Immortal mostrou um som bem trabalhado com um black metal extremo, mas com momentos interessantíssimos deixados para Fernanda que tocava sua guitarra acústica nos momentos mais folclores das músicas. A banda percorreu algumas faixas do álbum novo que ainda será lançado que se chamará Occult Cataclysm – The New Era Rises. A banda tocou “Garden of Lost Souls”, “The Skies of Armagedda”, “Lord of Ancient Forest”, “Willowthewisp Blooming in Wrath”, “Domine Inferni Voca Me” e fechando o set com “Vanquished Serenade”. A banda que subiu logo depois foi a banda Morcrof onde o microfone apresentou falha logo no início do show depois da “Intro”. A banda tocou as músicas “Eternal Agony from Vacuum Spirit”, “Ad Infinitum (Awakening the Etheric Archetype of Being)”, “Proliferous Equilibrium of Fohat”, “Contract and Dilaction of the Cosmic Splenium” fechando o set com “Nahahas and the Black Sun at South”. Um show técnico, mais voltado ao death metal, onde quem se destacou foi o baixista Paullus Moura que de tão técnico praticamente nem precisava olhar para seu instrumento o qual dedilhava numa velocidade absurda e que também recentemente assumiu os vocais com a saída de Ludwick Scholzel. A banda que veio a seguir foi a que mais demorou a subir no palco, o Evilwar. Mesmo com cortinas fechadas para dar um ar de surpresa, quando estas abriram para que Halphas (guitarra/vocais) proliferasse suas palavras de profanação o microfone também falhou. A banda que já divulga seu terceiro e mais novo trabalho lançado agora pela Mutilation Records chamado Bleeding in the Shades of Baphomet se destacou pelos seus músicos. A grande cozinha bateria e baixo composta por Ichtys Niger e Shaitan respectivamente, davam um show de técnica. Após a apresentação do Evilwar era a vez da atração principal, o Rotting Christ. Os gregos que vem ao Brasil pela segunda vez, sendo que a primeira foi há oito anos atrás, sobe ao palco ás 01:30 da manhã, como planejado pela produção. O público que já estava bem ansioso para assistir ao show da banda grega entrou num momento de extrema alegria quando a banda quis começar a tocar, se não fosse pela falha no microfone. Após arrumarem o problema, a banda recomeçou com “The Fifth Illusion” levando o público ao delírio. Sakis, Themis, Andreas e o guitarrista George, da banda Nightfall, convidado exclusivamente para a turnê aqui na América do Sul, estavam em plena harmonia. O baterista Themis utilizava-se de um metrônomo para soltar os samplers no momento certo, mas estes eram difíceis de ouvir. Músicas como “Archon”, “Athanatoi Este”, “In Domine Sathana”, “King of a Stellar War”, “Visions of a Blind Order”, “Sanctus Diavolos”, “Sign of Evil Existance”, “Transform all Suffering into Plague” e “Coronation of the Serpent” foram tocadas. Um dos apices do show foi quando Sakis começou a tocar a Intro ”Ach Golgotha” seguida pela música “The Old Coffin Spirit” que são do primeiro album da banda chamado Passage to Arcturo. O público no entanto persistia em pedir a música que deu o nome ao álbum mais cultuados pelos fãs da música extrema, a Non Serviam. Desejo este que foi realizado logo depois. Músicas do The Mighty Contract também foram tocadas como a pesada “Fgmenth Thy Gift”. A banda continuou seu show tocando “You Are I”, “After Dark I Feel”, “Thou Art Blind” concluindo seu set com a música “Under the Name of a Legion”. A banda retornou para o bis tocando as músicas “Sorrowfull Farewell” e “Among Two Storms” do album A Dead Poem, um dos álbuns junto com o Khronos que mais polêmica causou por sua abordagem mais gótica. Um show muito bom que demonstrou mais uma vez por que o Rotting Christ é uma das bandas mais cultuadas na Grécia.

links relacionados:

www.arum.com.br
www.morcrof.com.br
www.evilwar.com.br
www.rotting-christ.com

sexta-feira, abril 28, 2006

Destruction, Leave's Eyes, Atrocity & Scars no Via Funchal, São Paulo, 21/04

Já não é novidade que o Destruction é uma das grandes lendas do thrash metal no mundo, muito menos que o Atrocity e o Leave’s Eyes são praticamente a mesma banda. Novidade para mim foi a banda Scars abrindo a noite que foi dominada por alemães. Com um som horrível e embrulhado por estar alto demais, a banda subiu ao palco para divulgar seu EP The Nether Hell. É impressionante como não se conseguia entender sequer uma música do grupo. A performance, no entanto, foi algo até que interessante, já que a banda conseguia transmitir sua empolgação em partes. Ao término do show, o Scars acabou se despedindo e deixando um certo vácuo, com fãs sem saber direito o que aconteceu. Não demorou muito para que o Atrocity subisse ao palco. Alex Krull, com suas enormes madeixas de praticamente um metro de comprimento, foi um show a parte. Seu microfone em forma de “A” de Atlantis, nome do álbum novo, dava um tom mais industrial àquela banda de death metal por ser algo que remete a tecnologia e mundos desconhecidos. O restante do conjunto subiu empolgado, o contrário do grande público que apenas levantou por curiosidade, sentando-se novamente. Os que estavam lá na frente, na maioria, eram fãs do Leave’s Eyes e agitavam sempre quando Liv Kristine subia ao palco para fazer os backing vocals. Após tocarem todos os grandes hits de Atlantis, como “Reich of Phenomena”, “Necropolis”, “God Of Nations”, “Clash Of The Titans”, “Enigma” e a interessante cover para “The Great Commandment” (do Depeche Mode), os integrantes do Atrocity continuaram seu set tocando “Seasons In Black”, “B.L.U.T.”, “Apocalypse”, “Omen” e “Cold Black Days”. O momento em que houve vaias no público foi quando a banda tocou a segunda cover. A música “Shout”, do álbum Werk 80, onde a cantora Liv subiu junto com o marido – desta vez desacompanhado do pedestal. Ao término do show, o grupo saiu do palco e voltou novamente com o Leave’s Eyes, desta vez com Liv Kristine comandando os vocais. A meiga garota dos cabelos loiros subiu ao palco com o vestido igual ao de seu último álbum, The Vinland Saga. A ex-vocalista do Theatre of Tragedy fez uma ótima apresentação, demonstrando muita técnica e carisma. Músicas como “Norwegian Lovesong”, “Tale Of The Seamaid”, “Farewell Proud Men”, “Ocean's Way”, “Lovelorn”, “The Dream”, “Secret”, “Solemn Sea”, “For Amelie”, “Temptation”, “Into Your Light”, “Return To Life” foram tocadas, finalizando seu show com a ótima “Elegy”. Gostaria de destacar a ótima performance do guitarrista Mathias Röderer e do baixista Christian Lukhaup que, com suas técnicas apuradas, fizeram destes dois shows uma verdadeira aula de como se deve tocar um instrumento. O som de ambas as bandas estava bom mas, por incrível que pareça, alguns samplers ficaram meio que de fora ou inaudíveis.
Era a vez da grande lenda do thrash metal subir. O Destruction se atrasou um pouco, mas foi devido aos ajustes de perfeccionista que foram feitas nas luzes do local. Quando o conjunto entrou no palco, o público já se concentrava bem na frente sedentos por thrash metal. A banda – que é formada por Schmier (baixo), Mike (guitarra) e Marc (bateria) – subiu ao palco com uma intro bem interessante começando logo com a fantástica “Soul Collector” do novo álbum Inventor of Evil. O grupo não demorou para lançar os verdadeiros clássicos como “Mad Butcher”, “Nailed to the Cross”, a clássica “Unconscious Ruins”, “The Defiance Will Remain”, o fenomenal medley “The Ritual/Antichrist/ Release from Agony”, “Thrash till Death”, “Eternal Ban” e “Life without Sense”. O momento de Marc foi algo simplesmente destruidor. Seu solo, que durou uns três minutos mais ou menos, foi algo (no mínimo) interessante.
“Tormentor”, “Thrash Attack” – que criou uma roda gigantesca no meio do público – “Metal Discharge”, “Death Trap”, “Desecrators of the New Age”, “Confused Mind”, “Invincible Force” e “Curse the Gods” vieram em seguida. Mas se você acha que o set-list termina aqui, você está bem enganado. Prometendo fazer o maior set-list já feito para uma turnê, a banda continuou com a grandiosa seleção da noite. Para terminar, ainda tocou “Bestial Invasion”, “Total Desaster” e a fabulosa “The Butcher Strikes Back”. Um show único, feito por três músicos já bem experientes na arte de praticar o peso do thrash metal. A banda deixou o palco prometendo que irá voltar pela sexta vez, esperando que o Brasil vença pela sexta vez o campeonato mundial de futebol. Fico imaginando: seria uma boa idéia misturar futebol e thrash metal?

sexta-feira, março 31, 2006

25/03 - Extreme Metal Fest c/ Candlemass & Averse Sefira

O desconhecido Diabolical Possession é a primeira banda a tocar na escalação de oito neste Extreme Metal Fest na casa de shows Led Slay. Após umas quatro músicas a banda se despede do público dando lugar para o Gammoth, banda vida de Leme para este evento. A banda que segue um estilo mais voltado ao death metal fez um show interessante, mas para um público que não estava lá muito agitado. A terceira banda a subir foi o Bywar que possui integrantes de São Paulo e Sorocaba. Uma das grandes promessas do thrash metal nacional fez um ótimo show com músicas intensas e rápidas. Com um público um pouco maior percebe-se que a banda está crescendo cada vez mais. Após despedir-se dos fãs que agitavam ao som da banda era a vez do insano Ophiolatry. Vinda de Pindamonhangaba, a banda de black metal faz tudo para chamar a atenção. Agora cobrindo o rosto a banda fica ainda mais estranha. Com uma música bem extrema a banda faz um black metal de qualidade. Mesmo assim, a bateria estava dando problemas e parece que o público não curtiu muito. A banda seguinte, o Clenched Fist, faz uma apresentação fenomenal! Com um metal tradicional no estilo Metal Church, Running Wild e Grave Digger a banda simplesmente revive a noite. O vocalista Vagner Fidelis tem um timbre meio parecido com o Messiah e agita muito o pessoal que esperava ansioso pela atração da noite. O Ungodly, banda oriunda da Bahia, sobe no palco logo depois. A banda faz um show muito bom mostrando o por que está ficando mais popular no Brasil. O baixista Joel Moncorvo faz uma performance totalmente única, mostrando que você pode tocar black metal dedilhando o baixo, algo que se vê raramente hoje em dia. A banda que subiu logo depois foi o Averse Sefira, banda vinda do Texas, Estados Unidos. Possuindo um contrato agora com um selo nacional, a Evil Horde Records e lançando através dele o bom Tetragrammatical Astygmata a banda faz um show curto, como todas as outras bandas nacionais que tocaram. Somente cinco músicas foram tocadas o que deixou os fãs bastante frustrados. A banda seguinte é a que todos estavam esperando, o Candlemass. Com quatro cruzes montadas no palco que acendiam e apagavam com tons de vermelho e branco já enlouquecia o público que lotava a Led Slay. O público enlouqueceu de vez quando a banda começou a subir no palco ao som da música de introdução. Leif Edling; Mats ”Mappe” Björkman; Lars "Lasse“ Johansson e Jan "Janne“ Lindh já estavam no palco e só faltava o grande frontman, Messiah Marcolin, que ao subir agitou e muito o público com Mirror Mirror, a primeira música que o grupo sueco vindo de Estocolmo tocou. Extremamente humilde Messiah tentava se comunicar o tempo todo com o público. Agradecendo diversas vezes pela oportunidade, o vocalista ficou muito feliz com a receptividade do público brasileiro. O interessante é que a atenção é toda voltada em Messiah já que o restante da banda não se preocupa muito em fazer uma performance no palco. A banda não demorou em emendar os outros sucessos. Tocaram Bewitched, um dos grandes clássicos da banda. Com seu som calcado em Black Sabbath a banda continua lançando os clássicos como Solitude e Black Dwarf, esta última já sendo do último álbum chamado Candlemass, lançado no ano passado. O grupo ainda tocou Copernicus, Dark Are The Veils of Death; The Day and the Night; Well of Souls e Samarithan. A banda neste ponto sai do palco, mas volta para o bis tocando as ótimas Crystal Ball e At The Gallows End. Um show fantástico com um som muito bom para o local. A banda realmente merece ser classificada como uma das melhores do Mundo com sua ótima performance ao vivo! Espero que eles retornem em breve!

Show do Jamiroquai no Credicard Hall 24/03

É difícil escrever sobre este show. Há muita informação, muita música, muitas pessoas. Com os ingressos esgotados já na segunda semana de venda, o show prometia e muito para aquela noite. Um show ainda patrocinado pelo Planeta Terra fez daquilo um evento ainda maior. Luzes laranja iluminavam a casa dando uma impressão de que o local estava na cor terra. Com um público bonito, o Credicard Hall foi preenchido até sua lotação máxima. Muitos já agitavam com as músicas que um DJ colocava, uma espécie de drum n’ bass que ficava tocando o tempo todo. Já eram umas 22:30 quando as luzes apagaram e a banda subiu no palco tocando a faixa Canned Heat do álbum Synkronized lançado em 1999. O público foi a loucura. Agitando muito, os músicos pareciam já entrar no clima quente que o público passava. Com a entrada de Jay Kay a coisa ficou ainda melhor. Após muito agito a banda já emenda com Space Cowboy, um dos grandes hits da noite. A banda parecia muito entrosada já que o estilo funk é muito difícil de assimilar quando se junta a cozinha baixo, percussão e bateria. É simplesmente fenomenal como a banda capricha na performance. A banda não demora em continuar o agitado set tocando Cosmic Girl, cantado em uníssono pelo público. O interessante desta música é que ela foi refeita em 2001 e ela realmente soava um pouco mais rock n’ roll do que no álbum, uma excelente idéia! A banda que consistia com Derrick McKenzie na bateria, Sola Akingbola na percussão, Rob Harris na guitarra, Matt Johnson nos teclados, Paul Turner no baixo e Lorraine McIntosh, Hazel Fernandez e Sam Smith nos backing vocals foi um show a parte ao decorrer do show. A banda continuou com Revolution 1993 e Little L que foram muito bem recebidas pelo públcio. O tradicional chapéu de Jay Kay brilhava ao refletir as luzes dos holofotes que aqui fica meio difícil de ser explicado corretamente. Tirando o macacão peruano (!), Jay continua seu show anunciando Seven Days in Sunny June, uma música do mais novo álbum da banda chamado Dynamite. O interessante é que as pessoas conheciam a música de cor, o que demonstra a grande fidelidade do público pela banda. High times, a faixa tocada logo a seguir foi um dos grandes momentos do show já que se percebe como a cozinha percussão, bateria e baixo funcionam bem nesta banda. A banda continuou com mais um hit de seu álbum novo, Dynamite seguida pêra música Use the Force, que possui um groove fenomenal ao vivo e simplesmente contagiante. Músicas diferentes também foram tocadas como a interessante Black Capricorn Day que segundo Jay Kay foi dedicada aqueles que são de Capricórnio. O que destaca bastante são também as backing vocals que muito simpáticas e sorridentes fazem uma coreografia diferente a cada música. O que impressiona também é a facilidade com que Paul Turner, o baixista, consegue tocar as músicas com seu fretless bass. Sucessos como Love Foolosophy, Time Won’t Wait, (Don’t) Give Hate a Chance e Alright ainda foram tocados deixando o público extasiado e até um pouco mais cansado no final. A banda sai do palco mas volta depois de um minuto tocando Deeper Underground, uma das faixas qe mais groove possui nos álbuns do Jamiroquai. Com um público que parecia ter recuperado as forças agita pela última vez. Jay Kay despede-se do público com um grande salto terminando a música em alto estilo. Um ótimo show que impressionou bastante pela sua qualidade musical e a competência dos músicos.

terça-feira, março 07, 2006

Resenha do show Ashtar & The Gathering no Via Funchal

Com uma iniciativa bastante ousada da empresa Paradigma, os holandeses pisam pela primeira vez em território brasileiro. Para complementar esta apresentação inédita, a banda carioca Ashtar foi convidada para aquecer o público paulistano. Bastante conhecida lá fora pelas turnês já feitas pela Inglaterra, Suíça, Holanda e outros países afora, o Ashtar recebeu a difícil tarefa de satisfazer o também exigente público aqui no Brasil divulgando o EP Soaring, lançado em Novembro do ano passado. A banda carioca subiu no palco eram umas 21:00 aproximadamente. A Intro seguida pela música Urantia despertou a minha atenção. A música era complexa e parecia sair do fundo do coração dos músicos. Era que nem estar hipnotizado. A banda seguiu tocando “Soaring”, “Oblivious Scars” seguida por uma música folclórica chamada de “Musical Priest”. O momento que me surpreende é a banda tocando uma cover para a banda Dead Can Dance com a música “Lotus Eaters”. A banda continuou com sua inspiração celta mandando mais uma música desta cultura - “Gravel Walk”. Outro surpreendente momento foi quando a banda fez praticamente um tributo a banda inglesa Anathema, tocando as faixas “Shroud of False” emendada logo pela fantástica “Fragile Dreams” do álbum Alternative 4, que ficaram muito boas e muito bem ritmadas. Os cariocas finalizaram seu repertório tocando ainda “In Lament Cries the Night” e “Day Dreaming Past”. O Ashtar demonstrou possuir bons músicos e está caminhando na direção certa com o seu inovador celtic progressive rock. O The Gathering não demorou a subir no palco e quando a banda finalmente sobe para fazer o seu show, o público entra em delírio já que o grupo começa logo com um de seus grandes sucessos, a faixa “Liberty Bell” do álbum How to Mesure a Planet?. O enorme carisma da vocalista Anneke von Giersbergen encantava a todos presentes no local. Era algo hipnotizante. O tratamento continuava com a “Even Spirits Are Afraid” do álbum Souvenirs. A banda emendou logo uma faixa de seu álbum novo Home, a ser lançado ainda em Abril, chamada “In Between”. A banda continuou seu extenso set-list tocando “In Motion #2”, “Analog Park” e “Saturmine” ambas do álbum If Then Else, “Probably Built in the Fifties” do album How to Measure a Planet?. Um momento bem interessante foi quando Anneke tentou agitar o público cantarolando Aquarela do Brasil, achando que o público iria cantar junto. O público não sabia a letra, mas recebeu a homenagem com muitos aplausos. Muito bem afinados e sempre precisos a banda continuava seu set-list tocando “Broken Glass” do álbum Souvenirs e duas do álbum Mandylion “In Motion #1” e “Eléanor”. Impressionava o grande talento dos irmãos Rutten ao vivo. Mais uma música do álbum Home foi interpretada pelos holandeses chamada “A Noise Severe” - uma música que não foge daquilo que fizeram em Souvenirs. Parece-me, no entanto que o álbum, quando ouvimos as duas faixas tocadas ao vivo, soará um pouco mais pesado. A banda continou tocando “Souvenirs” do álbum Souvenirs e “Travel” do álbum How to Measure a Planet?. Aliás, Frank Boeijen é simplesmente fenomenal quando o assunto é teclado. Nunca vi tanta precisão com músicas tão complicadas. A banda acaba deixando o palco, mas o público sabia muito bem que havia um pouco mais reservado para o final. A banda acaba voltando para tocar On Most Surface do álbum Nighttime Birds onde a Marjolein Kooijman deixou seu baixo de lado e pegou a guitarra de Anneke para acompanhar a banda. Foi um momento bem interessante, já que não se vê muitas músicas sendo tocadas sem um baixo. A banda ainda tocou “Strange Machines” do álbum Mandylion e a inusitada e longa “Black Light District” do EP Black Light District que parecia mais uma revival do que o Sonic Youth fez aqui no Brasil no ano passado. O The Gathering afinal se despediu do Brasil com um show simplesmente fantástico confirmando sua boa reputação de fazer shows inesquecíveis, simples, mas bem feitos. Espero apenas que não seja esta a última apresentação deles por aqui.

sexta-feira, março 03, 2006

Ancestral Malediction & Deicide no Hangar 110

Vindos do interior de São Paulo, Tremembé para ser mais específico, o Ancestral Malediction, que lançou seu segundo álbum Huge Blackness pelo selo nacional Mutilation Records no ano passado, se atrasou bastante para começar o show. Provavelmente por causa do trânsito bastante agitado de São Paulo em plena quinta-feira. A banda começou seu show na correria ás 21:00. Formado por Eduardo Claro (baixo/vocal), Ronaldo William (bateria/vocal) Emerson Ferreira (guitarra) a banda demonstrou um brutal death metal competente com ênfase no ultimo álbum lançado. Destroying the Fanatic’s Empire e Chaotic Dominium foram algumas músicas tocadas no show como também uma cover de Sarcófago, The Black Vomit (inclusive presente no álbum Huge Blackness) que fez o público abrir um grande mosh. Com dois álbuns em sua discografia (o primeiro se chama Demonic Holocaut) a banda parece ter adquirido uma maturidade musical e fez uma bela apresentação mesmo com o atraso.

O Deicide, formado em 1987 por Glen Benton, foi sempre uma banda que viveu (e ainda vive) de suas grandes polêmicas. Em sua primeira turnê, em 1992, a banda sofreu criticas por fazer sacrifícios de animais em cima do palco. Em Estocolmo, na Suécia, o show foi cancelado após quatro músicas quando uma bomba foi descoberta dentro do local onde acontecia o show. O baixista ajudava dizendo que ao atingir a idade de 33 (idade de Jesus Cristo) se mataria num palco na frente de todo mundo, promessa que nunca foi cumprida. Sem contar as inúmeras gafes, onde a última foi Glen Benton se apresentando bêbado, tocando tudo errado e sem saber as letras de suas próprias músicas.

Após uma meia-hora de intervalo, a banda vinda da Flórida, EUA, sobe ao palco sendo ela ovacionada desesperadamente pelo público. Há tempo que não via fãs tão loucos como neste show. Moshs eram criados de forma bem violenta, com pontapés e socos. Após três músicas, os fãs não se cansavam e Glen, bastante feliz, fala no microfone que estava extremamente feliz por finalmente estar no Brasil. A banda começou com marteladas como When Heaven Burns do álbum Scars of the Crucifix, Serpents of the Light do album Serpents of the Light e muitas músicas de sua grande obra de arte Once Upon a Cross, onde tocaram They are the Children of the Underworld, When Satan Rules His World, Trick or Betrayed e Behind the Light Thou Shall Rise. Tocaram músicas de seus primeiros álbuns como as fantásticas Dead But Dreaming e Repent do Die do álbum Legion e Sacrificial Suicide e Dead by Dawn do álbum Deicide, o primeiro da banda. Músicas que também ninguém esperava foram tocadas como Let It be Done do álbum de 2001, o In Torment, In Hell. A banda parou por quinze minutos para tomar um ar, e logo voltou para tocar as últimas duas músicas que já foram citadas acima. O fim do show foi meio que diferente, já que o único que ficou no palco foi o baterista. O restante dos músicos simplesmente sumiram. Mas enfim, um som alto e forte no Hangar 110, que não desapontou nenhum dos fãs que foi ao show no meio da semana. Os riffs certeiros e a fantástica performance do baterista, foram coisas que realmente fizeram toda esta espera valer a pena. Um ótimo show, o que se espera de uma das melhores e mais polêmica banda de death metal da atualidade.

quinta-feira, março 02, 2006

Chobits : Um universo não tão distante



Chobits mostra uma realidade que, apesar de parecer fantástica, está mais próxima do que se imagina. No Universo futurístico do mangá, a moda é ter o seu próprio Persocom, um computador pessoal superavançado e com múltiplas funções. Essas máquinas podem ser usadas como um simples computador, que faz contas e acessa a internet, mas que também podem ser “educadas” para administrar a economia doméstica do dono. Os Persocons ainda possuem um detalhe particular: eles não se parecem com computadores comuns e a linha mais avançada dessas máquinas foi feita à semelhança do seu criador, o homem. A perfeição das formas é tamanha que, não fossem por suas peculiares orelhas, eles passariam por seres humanos normais. É nesse cenário high-tech que encontramos o jovem Hideki, um estudante de cursinho que está sempre duro e não tem como realizar seu maior sonho de consumo: ter um persocom – ou , melhor, UMA Persocom. Hideki percebe que sua sorte não é tão ruim assim quando encontra uma linda persocom jogada no lixo. Sem pensar duas vezes, ele a leva para sua casa. Aparentemente, está tudo em ordem com ela. Além disso, Chi, como Hideki a batiza, é bonita, meiga, simpática, carinhosa e se apega rapidamente ao seu novo dono. Porém há um grande mistério: Hideki não consegue encontrar em nenhum catálogo o modelo e a marca da sua Persocom. Intrigado, o garotão procura um especialista que lhe revela que Chi poderia ser um Chobit, um lendário e avançadíssimo Persocom com um programa de inteligência artificial que o faz agir por conta própria, sem a necessidade de ser pré-programado. Mas descobrir que Chi é um Chobit é só o começo da aventura. Enquanto Hideki vai descobrindo mais sobre a simpática Persocom, o relacionamento entre eles fica cada vez mais quente – e divertido. Mergulhe de cabeça no fantástico universo de Chobits e desvende ao lado de Hideki todos os mistérios de Chi.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

One Man Army and the Undead Quartet : Vocalista do The Crown & At The Gates na ativa!


No ano de 2004, precisamente em Dezembro, o vocalista Johan Lindstrand antes á frente do IMPIOUS e mais conhecido no THE CROWN, anunciou a formação de seu novo projeto chamado One Man Army and the Undead Quartet. Entrando no Estúdio Deadline e trabalhando com Valle Adzic do IMPIOUS como engenheiro, o encontro concebeu a demo ‘When Hatred Comes to Life’. Mesmo que a demo tenha sido divulgada no começo de 2005, Lindstrand contnuava mantendo a identidade dos integrantes da banda como um grande enigma. Porém, mais tarde foi descoberto que os músicos eram Mikael Lagerblad na guitarra principal, Pekka Kiviaho do PERSUADER na guitarra rítmica, o baixista Valle Adzic da banda IMPIOUS e Marek Dobrowolski do RECLUSION na bateria. O grupo logo conseguiu um contrato com o selo Nuclear Blast na Europa para o lançamento de um álbum. Enquanto isso, Johan Lindstrand espalhou seus talentos também acabou fazendo parte como vocalista da banda INCAPACITY. Ele também seria o vocalista convidado no terceiro álbum Death Roulette da banda austríaca de death metal DECOMPOSED CRANIUM.

A banda One Man Army and The Undead Quartet se juntou com o Children of Bodom e com os húngaros do Ektomorf para alguns shows pela Escandinávia e Europa começando pela Alemanha até o final de Dezembro finalizando a turnê em Fevereiro de 2006. Para estes shows o lugar de Valle no baixo seria tomado por Robert Axelsson.

One Man Army and the Undead Quartet se juntou a turnê Neckbreacker’s Ball 2006 patrocinada pela Metal Hammer que constava com bandas como Hypocrisy, Soilwork e Scar Symmetry que começarás dia 11 de Abril na Dinamarca.

website: http://www.onemanarmy.tv

No próximo post o álbum do One Man Army and The Undead Quartet! Aguardem!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

LACME : O rock baiano pegando fogo


"Charme pós-moderno à parte, LACME também é o nome desse grupo, criando há quatro anos em Salvador pela mente de Jô Estrada (guitarra e voz). Músico de estúdio e de palco com 19 anos de experiência, Jô conta com uma trupe de “fieis escudeiros”, que inclui Rodrigo Jatobá (baixo e vocais), André T (guitarra e vocais) e Voltz Stocklos (bateria), além de muitos, muitos efeitos eletrônicos. Apesar da citação da película, muito cultuada pelos darks, a banda não tem nada haver com o pós-punk. O negócio dos caras é fazer um rock plugado na fonte dos Beatles (principalmente na fase psicodélica), Kinks, Beach Boys, britpop, hard rock e no tecno criativo dos Chemical Brothers.As letras, em português, são pequenas viagens ao subconsciente de Jô, uma figura alquimista na guitarra e um vocalista britpop na alma. É o tipo de som “rock é rock mesmo”. Só que antenado com atual parafernália das colagens eletrônicas e do redimensionamento do timbre da guitarra – das mais variadas formas possíveis, além das reverberações e reversões neopsicodélicas de sons vocais e dos instrumentos." - retirado do texto de Cláudio Moreira do site Bahia Rock

Pop, rock, vozes, muitas vozes. Assim que se pode classificar o álbum da banda Lacme. É de ficar abismado como gravadoras deixam gigantescos sucessos escorregarem pelas suas mãos. Como um amigo meu disse "Se eu tivesse o dinehiro, lançaria esta banda" - ele não está errado. O grande destaque neste álbum é a criatividade e a fenomenal voz de Jô. O som meio psicodélico criado pela banda lembra em muitos momentos o Oasis e de vez emquando temos muita influência de Alice in Chains, mesmo sendo uma banda mais voltada para o Pop. As vozes sempre em diversas escalas, lembram muito o que a banda americana fazia. O hit, que faria garotas correrem atrás da banda nas ruas, seria a faixa "Tibet". Gostaria muito de ver esta banda num show ao vivo aqui em São Paulo. Novidades sobre a Lacme : a banda no momento está gravando seu segundo trabalho. Estou desesperado para ver o que eles inventarão agora. Mas de tantas bandas ruins no mercado, ainda acho um absurdo, deixarem a Lacme passar totalmente desapercebida.

Se depender de mim, eu vou divulgar a banda. Me escrevam e peçam por amostras ou escrevam para a banda direto no e-mail deles : lacme_banda@yahoo.com.br

Os sites para conferir clipes e músicas da banda:
www.fotolog.net/lacme
www.videolog.tv/lacme

See you space cowboy...

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Cowboy Bebop : Uma trilha sonora extraordinária


A história de Spike Spiegel, Faye Valentine, Jet Black, Ed e o cão Ein já foi veiculada aqui no Brasil pela Locomotion (hoje Animax) e, por muitos é visto como um dos animes mais bem equilibrado emocionalmente já criado. Há muitos momentos de tristeza, mas momentos de comédia também não faltam. A aventura destes caçadores de recompensa é simplesmente algo fora deste Mundo. Para quem não conhece Cowboy Bebop é a história de um rebelde, Spike Spiegel, um cowboy espacial e seu grupo de parceiros (já citados acima) que correm pela galáxia com a nave Bebop em busca de ousadas aventuras. Eles são caçadores de recompensa lutando para viver num Mundo que é uma estranha combinação de passado, presente e futuro. Existem fantásticas naves espaciais e cassinos interestelares junto com sombreros e luzes de trânsito leves. Com cada recompensa que eles vão atrás novos personagens são apresentados e novas paisagens cósmicas são exploradas.A série é dividida em episódios já que Spike Spiegel em cada episódio corre atrás de uma recompensa diferente. Há muita ação, momentos de humor negro, uma incrível diversidade de gráficos feitos por computador e animação convencional. As aventuras de Spike são relacionadas com a música que tenta capturar o espírito do fabuloso BEBOP. A música é algo tão imprescindível para a série que ela não seria mais a mesma sem ela. Muitos que amam a série dizem que todas as sessões (como são chamados os episódios) possuem nomes de músicas famosas de grandes astros do rock. A trilha sonora é bem voltada para o blues e jazz, então não se surpreendam em encontrar fantásticas composições em diversos momentos da série. A trilha sonora foi feita com auxílio de uma banda chamada The Seatbelts, formada pelo compositor Yoko Kanno (criador das trilhas de séries como Visions of Escaflowne, Macross Plus e Earth Girl Arjuna), que somente para Cowboy Bebop se juntaram usando este nome. Bom, isto é apenas um aperitivo já que a série é simplesmente fantástica e deveria ser conferida por todos que curtem desenhos, anime ou de uma boa aventura. See you space cowboy...

Para mais informações acessar os seguintes links (em inglês):

http://www.jazzmess.com/
http://www.futureblues.com/

terça-feira, janeiro 24, 2006

Rammstein : A fórmula germânica para conquistar o Mundo


Quando uma pessoa que não conhece a língua alemã ouve Rammstein, logo percebe que é uma banda pesada possui um peso forte e rápido em muitos momentos. A voz grave do vocalista pode ser interpretada como algo monótono, militar mais extremamente cativante. Muitas pessoas ouvem a banda sem saber que há pessoas utilizando músicas da banda em academias, por incrível que pareça. Percebam que de Underground a banda não tem mais nada. Percebam a jogada de marketing. Você tem uma banda que para muitas ainda está no anonimato no Brasil, mas ao mesmo tempo a banda é escutada o tempo todo, em todos os lugares. Como pode? Sim, as academias são um ótimo meio de divulgação como também os eventos de animes. Tive a oportunidade de ir ao Anime Dreams este fim de semana, e além de muitas pessoas vestidas de heróis eu via headbangers. Muitos vestindo camisetas do Sonata Ártica, Angra, outros do Stratovarius e alguns do Rammstein. Pode? Muitos também se encantam pela banda assistindo aos clipes, que de vez em quando aparecem na MTV. Há clipes que na minha opinião são simplesmente fenomenais e muito originais. Vejam a união das formigas para destruir dois predadores naturais de sua espécie em “Links 2, 3, 4” e a idéia fenomenal de querer apenas aparecer em “Ich Will”, onde a banda invade um banco com armas e uma bomba, mas não querem levar dinheiro algum. Fantástico. Mas muitos me perguntam da filosofia desta banda. Por que ela é tão forte? São as letras? A música cativante? O ritmo? A letra da banda é bem banal e normalmente trata de assuntos banais, mas pouco explorados pelas bandas comuns que por aí aparecem. O Rammstein é uma banda de sucesso por realmente querer fazer o contrário. Eles não se preocupam muito com o que outros dizem sobre sua música. Não se preocupam com a mídia, estão nem aí com revistas, muito menos com a televisão. Para conseguir uma entrevista com eles você tem que ser não só paciente como provar com A + B que seu veículo é especial e diferenciado. Por que as pessoas insistem em divulgá-los então? Por que eles possuem uma legião gigantesca de fãs. Com shows lotados pelo Mundo todo, a banda viaja por todos os quatro cantos do Mundo divulgando sua língua materna. Recentemente a banda lançou um novo álbum chamado Rosenrot. A mídia no começo divulgou uma suposta história de “Schneeweisschen und Rosenrot” que inspirou na criação deste álbum. Alguém sabe do que se trata esta história? É uma história bem triste na verdade, mas que não tem nada haver com nada dentro do álbum do Rammstein, muito menos nas letras. Eles não são tão profundos assim. A história é sobre duas irmãs, no caso Schneeweisschen e Rosenrot, que recebem um Urso em casa por que este é incomodado o tempo todo por um Anão chato e mal. No final este Urso vira um príncipe. Algo a ver com o álbum deles? Bom, para quem não conhece ou nunca ouviu falar do Rammstein, assista ao filme Triplo X com o louco do Vin Diesel, o primeiro e melhor dos dois lançados. A banda que toca no começo, cheia de pirotecnia, são eles. Para quem já conhece a banda vou indicar algumas bandas que fazem nada parecido só que são ótimas: J.B.O. (banda que faz sátiras de tudo e de todas as bandas do Mundo, inclusive o Sepultura), Die Ärtzte (banda de punk muito boa), o fenomenal Subway to Sally e para finalizar com chave de ouro o finado Atari Teenage Riot, onde o ex-membro Alec Empire tem remixado a música “Mann Gegen Mann” do próprio Rammstein. Abraço e até a próxima!

ao som de : Danzig - Twist of Cain

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Misfits : O punk-horror em plena forma!


The Misfits, foi ou é uma banda de "Punk Rock" de New Jersey, formada em 1977 no fim da era punk. O nome da banda foi tirado do último filme de Marilyn Monroe. Consta na contra capa de seu primeiro álbum agradecimento ao cast de filmagens.Seus integrantes eram Glenn Danzig nos vocais e orgão (teclado), Jerry Caiafa no baixo e Manny na batera, entrando mais tarde o irmão caçula de Caiafa na guitarra.O primeiro trabalho, feito pela Blank Records não refletia as características de raiva e revolta da maioria dos discos de punk, mas tentavam chocar as pessoas com letras violentas e românticas ao mesmo tempo.A música mais agressiva deste disco foi She, que falava sobre Patty Heart. Apesar dessa música ser pesada (para a época) não possuía guitarra. A banda chegou a ser comparada por algumas pessoas como a fase punk dos Doors.De 1977 a 1981 praticamente só gravaram EP's. Foi em 1982 que começaram a sair os álbuns e compilações da banda. Os Misfits possuem até hoje um fã clube fidelíssimo. Quem comprasse um disco da banda, ganharia um encarte com uma ficha cadastral, para poder se filiar ao fã-clube, ou apenas receber em casa gratuitamente bottons, adesivos, posters e fotos da banda.Os discos eram prensados na maioria em 7" (polegadas), saindo também algumas vezes em 12", sendo todos eles coloridos. Assim imitavam as tiragens de gravações antigas e satirizavam os discos de histórias infantis. Horror Business, por exemplo, foi feito em vinil amarelo.Glenn Danzig (segundo algumas pessoas) sempre foi fã de Elvis Presley, tirando a idéia do visual da banda de seu ídolo, depois de morto. Usavam altos topetes, só que em vez de usarem para cima, deixavam cair sobre o rosto, pintavam a cara imitando caveiras e usavam roupas com pinturas de esqueleto, chamaram este visual de "Devilock".Em 1979, a banda foi a Inglaterra abrir um show para o Clash, mas em Londres Glenn Danzig arruma uma briga em um pub e acaba sendo preso. Joey , que havia entrado no lugar de Manny na batera se revoltou e acabou voltando para os Estados Unidos. Sem um baterista a banda não pode abrir os shows para o Clash.O álbum Night of The Living Death sofreu problemas na gravação: algo saiu errado durante a masterização. Apenas 2000 cópias foram prensadas e o material original foi destruído ! Se você tem uma cópia deste álbum em vinil, guarde em um cofre pois é raríssimo !!!Walk Among Us sai em 82 junto com uma turnê nacional. Quando foram tocar na ensolarada Califórnia conheceram uma antiga atriz de filmes de terror, Vampira, que passara a ganhar a vida apenas em aparições "contratadas" como eventos e reuniões. Como em seus shows, o Misfits exibia filmes de terror em preto e branco, Vampira se "apaixonou" pelo grupo e acabou participando da turnê, ganhando até uma música em sua homenagem.Uma curiosidade da banda é sua atitude. Um exemplo clássico: antes de uma de uma das apresentações dos Misfits, Glenn Danzig e Henry Rollins (na época vocal do Black Flag), dão uma surra no pessoal do Mötley Crue, banda que eles detestavam.Entre 83 e 84 a banda acaba com uma briga entre os integrantes, o motivo ninguém sabe ao certo pois eles (Glenn e o resto da banda) não se falam até hoje, se odeiam mutuamente e não suportam que toquem no assunto.Em 1995 o grupo voltou com outro vocalista fazendo vários shows, inclusive um no Brasil e gravando novos álbuns.Os Misfits influenciaram bastante gente importante, e tiveram várias músicas regravadas por outras bandas, como o Metallica que fez covers de Green Hell, Die Die My Darling, Last Caress, e já tocou em alguns de seus shows London Dungeon. O Guns n' Roses regravou a música Atittude.Quem quiser conhecer o trampo dos Misfits, e conferir que realmente várias bandas foram influenciadas por este grupo, vale a pena escutar Hell on Earth....... Hail to Misfits de 96. Esse álbum é um tributo com 30 músicas dos Misfits gravado por 19 bandas, entre elas o conhecido Entombed. Outra dica é uma caixa com a discografia completa e a biografia da banda foi lançada nesse mesmo ano. Para aqueles que querem conferir esta banda ao vivo, eles se apresentarão dia 04 de Fevereiro no CIE Music Hall com apenas Jerry Only da formação original. Junto com ele teremos Dez Cadena do Black Flag e Robo! Este show é imperdível já que também costumam tocar músicas do Black Flag. Vale a pena conferir.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Igor Cavalera decide deixar o Sepultura

Saiu no Estadão ...

Igor Cavalera deixa o Sepultura... ao menos pelos próximos meses. As vésperas de lançar seu mais novo disco, Dante XXI (baseado na Divina Comédia de Dante Alighieri), o baterista e o último dos Cavaleras na trincheira metálica do Brasil decidiu dar um tempo.
"Meu filho acabou de nascer. Minha prioridade é minha família", disse Igor, ainda na maternidade. O baterista diz que sua saída é por tempo limitado e que pretende voltar ainda este ano para a titularidade da banda. "Já estávamos conversando sobre essa possibilidade anteriormente. Quero ficar do lado das pessoas que gosto", completou. "Pelo menos por enquanto." Em abril do ano passado, a mesma notícia invadiu a internet quando Igor desistiu na última hora de tocar em cinco shows marcados no México e Espanha. Os boatos de sua saída deixaram os próprios sepulturas assustados. Quem substituiu o baterista foi o roadie - e ex-baterista do Viper - Guilherme Martin. "Na época, ele alegou problemas pessoais. Para não termos erro com os contratantes, acabei tocando no lugar dele", explicou Guilherme. O roadie também substituiria Iggor em shows na Indonésia e na India, naquele mesmo ano, mas todos eles foram cancelados.
Como esta é a segunda vez que o irmão de Max deixa as baquetas do Sepultura em menos de um ano, os fãs devem se preocupar quanto ao futuro da banda? "Não esperava essa notícia, mas também não quero criar polêmica. Ele vai gravar o novo clipe, vai continuar participando das campanhas publicitárias, mas decidiu que quer ficar com a família agora", explicou Andreas Kisser, o guitarrista da banda. O comunicado oficial deve entrar no ar ainda esta semana no site oficial www.sepultura.com.br.
Andreas e o vocalista Derrick Green viajarão para uma turnê promocional na Europa em fevereiro. Logo depois, o Sepultura tem turnê marcada com a banda In Flames durante os meses de março e abril, também na Europa, para divulgar o novo trabalho. Para ela, o baterista norte-americano Roy Mayorga, ex-Soulfly (banda atual de Max Cavalera) foi convocado para assumir as baquetas.
Novos projetos revelam: Sepultura está na ativa O grupo ainda lançou recentemente o DVD Live in São Paulo, registro de um show ao vivo da última turnê (ainda com Iggor) do álbum Roorback, que ainda conta com um documentário realizado por Derrick. Além da música, o grupo decidiu investir no visual: fechou recentemente um contrato com um fabricante de óculos, que desenhou a linha Sepultura. Já Dante XXI tem lançamento previsto para o dia 14 de março, em todo o mundo. Produzido pelo trilheiro André Moraes (Meu Tio Matou um Cara), o décimo primeiro álbum de estúdio dos mineiros será dividido em três suítes, com o formato original da Divina Comédia de Dante: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. Duas covers, uma do Sick of it All e uma dos avós do heavy metal, o Judas Priest, virão como bônus.
Uma das canções, Convicted In Life, vazou na internet nas últimas semanas. "Eu acho ótimo. queremos ter divulgação. Até imagino que a própria gravadora possa ter tido essa idéia", disse Igor. Resta saber se ele aproveitará o que o futuro guarda para a banda

quinta-feira, janeiro 12, 2006

U2 no Brasil: Informações úteis


Olá pessoal! Depois de uma cansativa espera temos os dados para o show do U2 no Brasil que foi divulgado agora de manhã no site deles (www.u2.com), como também na coletiva de imprensa que foi realizada hoje pelas 10 da manhã no Pão de Açucar com café da manhã e tudo!

Na Hot Área não será cobrado 1000 reais e sim será feito sorteio, falaram em 16 anos como idade mínima, mas estão estudando baixar para 14 anos. A venda começa às 10:00 da segunda, tanto pela internet quanto nas lojas. Ingressos para estudante NÃO será vendido pela net. Segunda começa a propaganda na Rede Globo e outros órgãos de imprensa.

Existe a Hot Área perto do palco que será SORTEADA, quem tiver ingresso de PISTA estará concorrendo ao sorteio que deverá ser feito quando a pessoa entra no estádio.

Preços:
Arquibancada: R$ 230,00;
Pista: R$ 200,00;
Cadeira Superior: R$ 200,00
Espaço Pão de Açucar Emotion: R$ 380,00;
Vendas: Pão de Açucar e www.ticketronic.com.br;
Idade Mínima: 16 anos.

No dia 20, a abertura dos portões será às 15h e show de abertura começa às 20h. A censura deve ser 16 anos, mas a organização anunciou que ainda pode mudar para 14 anos.

A capacidade total do estádio é de 73 mil pessoas. Para pista estão reservados 32 mil ingressos; para cadeira superior, são 12 mil, e para a arquibancada serão vendidos 30 mil ingressos.

A Hot Area, região em frente ao palco, ao contrário do que já foi divulgado, não será uma área de ingressos vendidos. Com capacidade para 5 mil pessoas, ela terá apenas fãs que ganharem ingressos em promoções realizadas pelas empresas patrocinadoras e pessoas que tiverem o ingresso sorteado antes do show, como tem acontecido em todas as apresentações da banda pelo mundo.

Os preços são R$ 200 (pista e cadeira superior) e R$ 230 (arquibancada). Para todos os ingressos há meia entrada, que só poderão ser compradas pessoalmente, com apresentação da carteira de estudante, nos postos de venda da rede de supermercados Pão de Açúcar. Na internet, a venda dos ingressos será feita pelo site www.ticketronic.com.br, apenas para entrada inteira.

Confira a relação de pontos de venda dos ingressos:

São Paulo

- Loja Brigadeiro (av. Brigadeiro Luiz Antonio, 3.216)
- Loja Santana (rua Voluntários da Pátria, 1.723) - 24h
- Loja Borba Gato (av. Santo Amaro, 5.460) - 24h
- Loja Moema (av. Ibirapuera, 3.068) - 24h
- Loja Alphaville (al. Madeira, 152) - 24h
- Loja Shopping Villa Lobos (av.das Nações Unidas, 4.777)
- Loja Tatuapé (rua Serra de Japi, s/nº) - 24h
- Loja Real Parque (av. Major Sylvio de M. Padilha, 13.000) - 24h
- Loja Ricardo Jafet (rua Prof. Serafim Orlandi, 299) - 24h

Rio de Janeiro

- Loja Paróquia (av. Nossa Sra. de Copacabana, 493)
- Loja Barra da Tijuca (av. das Américas, 2.000)

Estas são as informações que tenho até agora. Fiquem antenados que mais notícias poderão surgir. Abraço!

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Svbway to Sally: Uma explosão musical


Estes dias eu estava andando pela Sta Efigênia, vasculhando as banquinhas de cd’s com MP3 quando me deparo com uma discografia no mínimo estranha. A mulher que me vendeu o cd-r nem sabia do que se tratava e acho que aquele cd-r estava lá há muito tempo. Deparei-me com a discografia do Subway to Sally. Deixe-me explicar por que é tão estranho achar esta banda aqui, numa banquinha que vende cd´s com MP3. Primeiramente esta banda é alemã. Ok, até aí não é muito estranho, eu admito. Mas tirando o primeiro álbum da banda, que eles chamaram de 1994, todos os outros álbuns são cantados na língua alemã. Sim, esta é uma banda que faz algo parecido com o Rammstein quando o assunto é cantar em alemão. Agora, o estilo é totalmente diferente. Houve um tempo em que alguns críticos chegaram a comparar ambas as bandas, o que eu acho um absurdo já que a banda toca uma música totalmente voltada ao rock folclórico. A melodia é acompanhada por gaitas de fole, bandolins, flautas, violinos e outros instrumentos para criar esta atmosfera medieval folclórica há tempos esquecida. As letras do Subway to Sally são bem estranhas também. Falam de coisas bem esquisitas e que precisam de muita imaginação como espíritos da natureza irritados, rituais mágicos, árvores que se vingam de humanos e assim por diante. Quando o álbum“Herzblut” foi lançado em 2001 houve a grande explosão do Subway to Sally. A banda finalmente havia atingido o ápice em sua carreira musical. Samplers na medida certa, os instrumentos folclóricos super bem encaixados, fazem deste álbum um verdadeiro clássico. Surgem aí aos poucos as comparações com o Rammstein, mas ainda está meio distante já que há muitos elementos folclóricos junto com o peso das guitarras. O que ajudou bastante também com esta comparação foi a mudança radical no visual. O mais estranho é que a banda depois nunca mais realmente voltou a ser o que foi. Logo depois lançaram “Engelskrieger” em 2003, e tivemos aquilo que todos suspeitavam, a banda retirou toda sua influência folclórica. Com muitos elementos eletrônicos mais voltados para o gótico dançante, no estilo Crematory, surgem os sintetizadores e a coisa realmente fica pesada. O violino é a única coisa que permanece e transforma a música alegre do Subway to Sally em algo mais pop. Sucessos mais comerciais começaram a surgir como "Falscher Heiland" e "Unsterblich". A banda tornou-se uma das mais complexas para se entender musicalmente da cena germânica. Com vendas enormes de discos hoje em dia e vista como um ícone do rock pesado lá fora, o Subway to Sally recebe uma proposta irrecusável da Nuclear Blast, o maior selo do estilo na Europa. Ano passado, o sexteto lança “Nord Nord Ost”. Um dos álbuns mais aguardados na cena do rock pesado na Europa. Comparado com "Engelskrieger" a banda volta um pouco com sua influência folclórica, mas pelo jeito a banda nunca mais será a mesma já que tomaram uma direção completamente diferente. Bom, para que vocês conheçam um pouco da banda recomendo que ouçam o álbum ao vivo deles chamado “Schrei!” (Grite! em alemão). Não sou de recomendar álbuns ao vivo, já que não gosto deles, mas queria muito que vocês entendessem o espírito da banda antes de se transformarem radicalmente. É simplesmente fantástico! Músicas como “Böses Erwachen”, “Grabrede”, “Unterm Galge”, "Ohne Liebe" cativam e despertam sua vontade de ouvir mais da banda. Enfim, está aí um dica para aqueles que querem ouvir algo novo! Para aqueles que se irritam ao ouvir uma língua e não compreender abolutamente nada, tentem ouvir o primeiro álbum deles, o já destacado “Álbum 1994”. Este tem diversas músicas cantadas em inglês. Atualmente a banda está se programando para uma série de shows com todas suas músicas em versões acústicas, o que deverá ser algo muito bonito. Não esqueçam de visitar o site oficial da banda: www.subwaytosally.de. Um abraço!

terça-feira, janeiro 10, 2006

George Romero: Land of the Dead


Quando em 1978 um diretor muito louco estreou com seu filme Dawn of the Dead, aqui chamado de A Madrugada dos Mortos, muita polêmica foi criada em vota deste que seria visto por muitos como um verdadeiro clássico no gênero terror. Zumbis nunca foram tão importantes como naquela época, já que muitos outros filmes neste estilo apareceram depois. A refilmagem para o clássico A Madrugada dos Mortos foi também um grande sucesso e chegou nas prateleiras das locadoras no ano passado. Claro, Romero também criou este gênero fazendo filmes como Night of the Living Dead e Day of the Dead. Com uma vontade de ver seus zumbis atacando novamente, George Romero decide gravar um novo filme chamado Land of the Dead ou Terra dos Mortos. Este filme inclusive acabou de chegar nas locadoras para a felicidade de muitos fãs de Dawn of the Dead. Terra dos Mortos não é muito diferente do filme anterior. O Mundo inteiro foi infestado por zumbis e apenas uma cidade permaneceu intacta - esta dominada por um tirano, mega-empresário, que só pensa em si mesmo. Para buscar mantimentos, mercenários são pagos para ir em cidades vizinhas no meio de inúmeros zumbis. Os zumbis acabam tomando conciência que estão sendo enganadaos e um zumbi chamado Big Daddy acaba reunindo um monte de zumbis para invadir a cidade que restou cercada por uma artilharia no mínimo impenetrável. Mas pense um pouco, o que eles tem a perder... Eles já estão mortos! O filme toma proporções grotescas logo depois e é claro, para pessoas com estômago fraco, recomendo não comer pipoca durante a exibição do filme. Uma das cenas que mais me impressionou foi os zumbis saindo do rio que cerca aquela cidade. Milhares deles. Uma verdadeira loucura. Asia Argento e Dennis Hopper estão neste filme, o que é no mínimo um chamariz para dar uma conferida neste filme que beira ao gore de vez em quando. Momentos como zumbis se alimentando, mordendo, morrendo e sendo estraçalhados por metralhadoras ultra hiper potentes é algo que você verá sempre ao decorrer do filme. É uma pena no entanto que o fim decepcione tanto. Eu achei que o filme fosse um pouco mais, como se diz, um extermínio total ?!?! Um filme legal, para assistir junto com a galera e comentar todos os momentos mais grotescos logo depois. Confiram e depois comentem, se tiverem estômago. Amanhã vocês terão algo sobre uma nova descoberta minha : Subway to Sally, o rock folclórico germânico. Um abraço!

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Rob Zombie: Rejeitados pelo Diabo


Sim! Rob Zombie está de volta. Mas o engraçado no entanto é que o nosso grande ícone do metal pesado não voltou com um álbum novo, mas sim com um filme novo. Após o interessante "House of 1000 Corpses" surge com os mesmos personagens o filme "The Devil's Rejects" - um filme bem brutal e extremamente grotesco. Dirigido e escrito por Rob Zombie, eu esperava uma trilha sonora no mínimo pesada, mas o que ouço como trilha sonora é Lynyrd Skynyrd o tempo todo. Tudo bem, não é uma escolha ruim, mas não sei se a banda gostaria de ser vinculada com assassinos de um culto satânico em pleno deserto do Texas. Se você acha que tem estômago e acha que viu tudo depois de Massacre da Serra Elétrica, você é bem vindo para entrar no Mundo de Rob Zombie e seus pistoleiros. O que acho mais interessante é que tudo neste filme parece ser malvado. Nem aqueles que são bons, permanecem bons. Tudo ali é destruído, pervertido e massacrado sem piedade alguma. Os personagens que são mantidos em cativeiro pelos irmãos em fúria, sofrem até a última gota, mesmo não reagindo ás loucuras dos Firefly. No clímax do filme você acha que finalmente aquela família irá sofrer muito mais que sua vítimas com a vingança louca do xerife John Wydell, que teve seu irmão brutalmente morto pela mãe daquela família, surge a pessoa que você menos espera e mata o "herói" do filme da menira mais simples possível. Para aqueles que não sabem a filha do Rob Zombie (Sheri Moon Zombie) atua neste filme como a pistoleira louca Baby, sedenta por sangue e muito sexo. Na minha opinião eu acho que aquela personagem deveria ter sido ocupada por uma garota que tivesse mais experiência com filmes loucos e pervertidos. Ok, ok ela tem cara de anjinho e ninguém suspeita que ela pode ser tão má, mas pôxa, eu prefiro muito mais aquelas que quebram tudo de vez, sem pestanejar - se é para fazer algo relacionado com Diabo, acho que deveria fazer direito. Enfim, o filme representa tudo de negativo em nossa sociedade e um pouco mais. "Massacre da Serra Elétrica" vira conto de ninar com este filme com todas as coisas grotescas que são feitas neste filme. Pessoas são mortas sem perdão, mulheres são dilasceradas emocionalmente como também físicamente sem dó alguma. O filme é bom? Sim, é um filme bom. Já que traz todos os elementos para um fime bom de terror. Apenas não espere ter bons sonhos após este bombardeio de cenas grotescas e violentas neste filme. AH! Este filme foi o único a ter uma versão nacional. Para quem tiver curiosidade de assistir ao "House of 1000 Corpses" vocês serão obrigados a baixá-lo na internet. Um bom começo de semana a todos e amanhã teremos algo relacionado com Zumbis. Aguardem!

quarta-feira, janeiro 04, 2006

The Darkness : Eles retornaram do Inferno!


"One Way Ticket To Hell and Back" - este é o nome do novo e segundo álbum dos inglêses do The Darkness. Comparando-o com "Permission to Land" você não percebe muitas mudanças no estilo de cantar (as comparações com Queen ainda permanecem) ou na maneira poser atual de Ser (já que nenhum poser anda mais com glitter ou com laquê no cabelo). O que muda um pouco são as músicas que deixaram de abordar temas muito festivos carregados de bebida, drogas e rock n roll. Após a entrada do novo baixista Richie Edwards - já que o antigo, Frank Poulain, acabou saindo por razões pessoais - e brigas entre os dois irmãos Justin e Dan Hawkins este parece ser o álbum mais complicado lançado pela banda. Sem contar que todos os integrantes ainda foram parar num clínica de reabilitação por abusar demais da cocaína. Com um disco mais sombrio, a banda porém consegue transmitir um pouco da alegria que pulsava em seu primeiro e altamente elogiado trabalho. Engraçado que aqui no Brasil o The Darkness não pegou como deveria. Apenas uma revista brasileira colocou a banda em sua capa, a Valhalla Metal Magazine e ainda recebeu alta críticas dizendo que o veículo havia se vendido ao mainstream. O engraçado no entanto é que com este novo álbum a banda consegue ser ainda melhor que com o primeiro álbum. Mais maduros e pelo jeito sóbrios, conseguiram fazer um álbum simplesmente fantástico! Em alguns instantes até adicionam cultura japonêsa em sua música como na faixa "Hazel Eyes", o que acho bem original e diferente. Conheço apenas uma banda que faz algo muito parecido é o Tak Matsumoto Group com Eric Martin (ex-Mr.Big) no vocal. Agora uma música fantástica deste álbum é uma chamada "Bald" - um riff lindo, um puta vocal, e um refrão simplesmente empolgante. Aquela música que você não consegue parar de agitar no trânsito. Sabe aquela pegada cadenciada em apenas uma nota que depois explode num riff contagiante? Então, é isso. Sem contar o riff que é genial. Estou impressionado com a bem no estilo AC/DC "Girlfriend", que altamente inovadora mostra a possibilidade de que possa existir um AC/DC com uma filarmônica no fundo. Eu recomendo este álbum não apenas por ser um ótimo álbum de rock, como também é um grande lavador de almas e deixa você alegre em qualquer situação. Um disco simplesmente fantástico!

terça-feira, janeiro 03, 2006

Papel Vegetall: Um ano novo com esperança

Olá gente! Bem vindos ao Universo do Rock em 2006! Não há como não dizer que teremos muitas surpresas quando o assunto é rock n roll e shows! Teremos apresentações de Rolling Stones, Madonna, U2, Jamiroquai e muitas outras bandas "pop" este ano. No campo rock n roll começaremos bem este ano com a apresentação dos loucos do Misfits, que apenas tem um integrante da formação original, o baixista Jerry Only que também é o vocalista agora. Na cena mais punk, poderemos aguardar a vinda do renomado Millencolin, da Suécia. Na parte mais extrema da coisa teremos a apresentação do Atrocity e do Leave's Eyes juntos!!! Outra grande apresentação ainda não confirmada no Brasil é a turnê do The Gathering. Com duas datas confirmadas na Argentina, fico frustrado que nenhum promotor ainda não tenha se interessado para que estes holandêses se apresentem por aqui. Mas enfim, estou louco para ver o show destes viajantes de tamanco. Enfim, vou terminar este momento de notícias com uma poesia do jornal Papel Vegetall, do meu amigo Rodrigo Rezende, que eu simplesmente achei fantástica:

"Depois de um tempo que passa,
objetividade vira oferta.
Aos sonhos, a menor procura
(ficam menos concentrados).
Aos vinhos, as taças;
ao futuro, a esperança."

Um Feliz Ano Novo para todos e que venham os shows!