sexta-feira, março 31, 2006

25/03 - Extreme Metal Fest c/ Candlemass & Averse Sefira

O desconhecido Diabolical Possession é a primeira banda a tocar na escalação de oito neste Extreme Metal Fest na casa de shows Led Slay. Após umas quatro músicas a banda se despede do público dando lugar para o Gammoth, banda vida de Leme para este evento. A banda que segue um estilo mais voltado ao death metal fez um show interessante, mas para um público que não estava lá muito agitado. A terceira banda a subir foi o Bywar que possui integrantes de São Paulo e Sorocaba. Uma das grandes promessas do thrash metal nacional fez um ótimo show com músicas intensas e rápidas. Com um público um pouco maior percebe-se que a banda está crescendo cada vez mais. Após despedir-se dos fãs que agitavam ao som da banda era a vez do insano Ophiolatry. Vinda de Pindamonhangaba, a banda de black metal faz tudo para chamar a atenção. Agora cobrindo o rosto a banda fica ainda mais estranha. Com uma música bem extrema a banda faz um black metal de qualidade. Mesmo assim, a bateria estava dando problemas e parece que o público não curtiu muito. A banda seguinte, o Clenched Fist, faz uma apresentação fenomenal! Com um metal tradicional no estilo Metal Church, Running Wild e Grave Digger a banda simplesmente revive a noite. O vocalista Vagner Fidelis tem um timbre meio parecido com o Messiah e agita muito o pessoal que esperava ansioso pela atração da noite. O Ungodly, banda oriunda da Bahia, sobe no palco logo depois. A banda faz um show muito bom mostrando o por que está ficando mais popular no Brasil. O baixista Joel Moncorvo faz uma performance totalmente única, mostrando que você pode tocar black metal dedilhando o baixo, algo que se vê raramente hoje em dia. A banda que subiu logo depois foi o Averse Sefira, banda vinda do Texas, Estados Unidos. Possuindo um contrato agora com um selo nacional, a Evil Horde Records e lançando através dele o bom Tetragrammatical Astygmata a banda faz um show curto, como todas as outras bandas nacionais que tocaram. Somente cinco músicas foram tocadas o que deixou os fãs bastante frustrados. A banda seguinte é a que todos estavam esperando, o Candlemass. Com quatro cruzes montadas no palco que acendiam e apagavam com tons de vermelho e branco já enlouquecia o público que lotava a Led Slay. O público enlouqueceu de vez quando a banda começou a subir no palco ao som da música de introdução. Leif Edling; Mats ”Mappe” Björkman; Lars "Lasse“ Johansson e Jan "Janne“ Lindh já estavam no palco e só faltava o grande frontman, Messiah Marcolin, que ao subir agitou e muito o público com Mirror Mirror, a primeira música que o grupo sueco vindo de Estocolmo tocou. Extremamente humilde Messiah tentava se comunicar o tempo todo com o público. Agradecendo diversas vezes pela oportunidade, o vocalista ficou muito feliz com a receptividade do público brasileiro. O interessante é que a atenção é toda voltada em Messiah já que o restante da banda não se preocupa muito em fazer uma performance no palco. A banda não demorou em emendar os outros sucessos. Tocaram Bewitched, um dos grandes clássicos da banda. Com seu som calcado em Black Sabbath a banda continua lançando os clássicos como Solitude e Black Dwarf, esta última já sendo do último álbum chamado Candlemass, lançado no ano passado. O grupo ainda tocou Copernicus, Dark Are The Veils of Death; The Day and the Night; Well of Souls e Samarithan. A banda neste ponto sai do palco, mas volta para o bis tocando as ótimas Crystal Ball e At The Gallows End. Um show fantástico com um som muito bom para o local. A banda realmente merece ser classificada como uma das melhores do Mundo com sua ótima performance ao vivo! Espero que eles retornem em breve!

Show do Jamiroquai no Credicard Hall 24/03

É difícil escrever sobre este show. Há muita informação, muita música, muitas pessoas. Com os ingressos esgotados já na segunda semana de venda, o show prometia e muito para aquela noite. Um show ainda patrocinado pelo Planeta Terra fez daquilo um evento ainda maior. Luzes laranja iluminavam a casa dando uma impressão de que o local estava na cor terra. Com um público bonito, o Credicard Hall foi preenchido até sua lotação máxima. Muitos já agitavam com as músicas que um DJ colocava, uma espécie de drum n’ bass que ficava tocando o tempo todo. Já eram umas 22:30 quando as luzes apagaram e a banda subiu no palco tocando a faixa Canned Heat do álbum Synkronized lançado em 1999. O público foi a loucura. Agitando muito, os músicos pareciam já entrar no clima quente que o público passava. Com a entrada de Jay Kay a coisa ficou ainda melhor. Após muito agito a banda já emenda com Space Cowboy, um dos grandes hits da noite. A banda parecia muito entrosada já que o estilo funk é muito difícil de assimilar quando se junta a cozinha baixo, percussão e bateria. É simplesmente fenomenal como a banda capricha na performance. A banda não demora em continuar o agitado set tocando Cosmic Girl, cantado em uníssono pelo público. O interessante desta música é que ela foi refeita em 2001 e ela realmente soava um pouco mais rock n’ roll do que no álbum, uma excelente idéia! A banda que consistia com Derrick McKenzie na bateria, Sola Akingbola na percussão, Rob Harris na guitarra, Matt Johnson nos teclados, Paul Turner no baixo e Lorraine McIntosh, Hazel Fernandez e Sam Smith nos backing vocals foi um show a parte ao decorrer do show. A banda continuou com Revolution 1993 e Little L que foram muito bem recebidas pelo públcio. O tradicional chapéu de Jay Kay brilhava ao refletir as luzes dos holofotes que aqui fica meio difícil de ser explicado corretamente. Tirando o macacão peruano (!), Jay continua seu show anunciando Seven Days in Sunny June, uma música do mais novo álbum da banda chamado Dynamite. O interessante é que as pessoas conheciam a música de cor, o que demonstra a grande fidelidade do público pela banda. High times, a faixa tocada logo a seguir foi um dos grandes momentos do show já que se percebe como a cozinha percussão, bateria e baixo funcionam bem nesta banda. A banda continuou com mais um hit de seu álbum novo, Dynamite seguida pêra música Use the Force, que possui um groove fenomenal ao vivo e simplesmente contagiante. Músicas diferentes também foram tocadas como a interessante Black Capricorn Day que segundo Jay Kay foi dedicada aqueles que são de Capricórnio. O que destaca bastante são também as backing vocals que muito simpáticas e sorridentes fazem uma coreografia diferente a cada música. O que impressiona também é a facilidade com que Paul Turner, o baixista, consegue tocar as músicas com seu fretless bass. Sucessos como Love Foolosophy, Time Won’t Wait, (Don’t) Give Hate a Chance e Alright ainda foram tocados deixando o público extasiado e até um pouco mais cansado no final. A banda sai do palco mas volta depois de um minuto tocando Deeper Underground, uma das faixas qe mais groove possui nos álbuns do Jamiroquai. Com um público que parecia ter recuperado as forças agita pela última vez. Jay Kay despede-se do público com um grande salto terminando a música em alto estilo. Um ótimo show que impressionou bastante pela sua qualidade musical e a competência dos músicos.

terça-feira, março 07, 2006

Resenha do show Ashtar & The Gathering no Via Funchal

Com uma iniciativa bastante ousada da empresa Paradigma, os holandeses pisam pela primeira vez em território brasileiro. Para complementar esta apresentação inédita, a banda carioca Ashtar foi convidada para aquecer o público paulistano. Bastante conhecida lá fora pelas turnês já feitas pela Inglaterra, Suíça, Holanda e outros países afora, o Ashtar recebeu a difícil tarefa de satisfazer o também exigente público aqui no Brasil divulgando o EP Soaring, lançado em Novembro do ano passado. A banda carioca subiu no palco eram umas 21:00 aproximadamente. A Intro seguida pela música Urantia despertou a minha atenção. A música era complexa e parecia sair do fundo do coração dos músicos. Era que nem estar hipnotizado. A banda seguiu tocando “Soaring”, “Oblivious Scars” seguida por uma música folclórica chamada de “Musical Priest”. O momento que me surpreende é a banda tocando uma cover para a banda Dead Can Dance com a música “Lotus Eaters”. A banda continuou com sua inspiração celta mandando mais uma música desta cultura - “Gravel Walk”. Outro surpreendente momento foi quando a banda fez praticamente um tributo a banda inglesa Anathema, tocando as faixas “Shroud of False” emendada logo pela fantástica “Fragile Dreams” do álbum Alternative 4, que ficaram muito boas e muito bem ritmadas. Os cariocas finalizaram seu repertório tocando ainda “In Lament Cries the Night” e “Day Dreaming Past”. O Ashtar demonstrou possuir bons músicos e está caminhando na direção certa com o seu inovador celtic progressive rock. O The Gathering não demorou a subir no palco e quando a banda finalmente sobe para fazer o seu show, o público entra em delírio já que o grupo começa logo com um de seus grandes sucessos, a faixa “Liberty Bell” do álbum How to Mesure a Planet?. O enorme carisma da vocalista Anneke von Giersbergen encantava a todos presentes no local. Era algo hipnotizante. O tratamento continuava com a “Even Spirits Are Afraid” do álbum Souvenirs. A banda emendou logo uma faixa de seu álbum novo Home, a ser lançado ainda em Abril, chamada “In Between”. A banda continuou seu extenso set-list tocando “In Motion #2”, “Analog Park” e “Saturmine” ambas do álbum If Then Else, “Probably Built in the Fifties” do album How to Measure a Planet?. Um momento bem interessante foi quando Anneke tentou agitar o público cantarolando Aquarela do Brasil, achando que o público iria cantar junto. O público não sabia a letra, mas recebeu a homenagem com muitos aplausos. Muito bem afinados e sempre precisos a banda continuava seu set-list tocando “Broken Glass” do álbum Souvenirs e duas do álbum Mandylion “In Motion #1” e “Eléanor”. Impressionava o grande talento dos irmãos Rutten ao vivo. Mais uma música do álbum Home foi interpretada pelos holandeses chamada “A Noise Severe” - uma música que não foge daquilo que fizeram em Souvenirs. Parece-me, no entanto que o álbum, quando ouvimos as duas faixas tocadas ao vivo, soará um pouco mais pesado. A banda continou tocando “Souvenirs” do álbum Souvenirs e “Travel” do álbum How to Measure a Planet?. Aliás, Frank Boeijen é simplesmente fenomenal quando o assunto é teclado. Nunca vi tanta precisão com músicas tão complicadas. A banda acaba deixando o palco, mas o público sabia muito bem que havia um pouco mais reservado para o final. A banda acaba voltando para tocar On Most Surface do álbum Nighttime Birds onde a Marjolein Kooijman deixou seu baixo de lado e pegou a guitarra de Anneke para acompanhar a banda. Foi um momento bem interessante, já que não se vê muitas músicas sendo tocadas sem um baixo. A banda ainda tocou “Strange Machines” do álbum Mandylion e a inusitada e longa “Black Light District” do EP Black Light District que parecia mais uma revival do que o Sonic Youth fez aqui no Brasil no ano passado. O The Gathering afinal se despediu do Brasil com um show simplesmente fantástico confirmando sua boa reputação de fazer shows inesquecíveis, simples, mas bem feitos. Espero apenas que não seja esta a última apresentação deles por aqui.

sexta-feira, março 03, 2006

Ancestral Malediction & Deicide no Hangar 110

Vindos do interior de São Paulo, Tremembé para ser mais específico, o Ancestral Malediction, que lançou seu segundo álbum Huge Blackness pelo selo nacional Mutilation Records no ano passado, se atrasou bastante para começar o show. Provavelmente por causa do trânsito bastante agitado de São Paulo em plena quinta-feira. A banda começou seu show na correria ás 21:00. Formado por Eduardo Claro (baixo/vocal), Ronaldo William (bateria/vocal) Emerson Ferreira (guitarra) a banda demonstrou um brutal death metal competente com ênfase no ultimo álbum lançado. Destroying the Fanatic’s Empire e Chaotic Dominium foram algumas músicas tocadas no show como também uma cover de Sarcófago, The Black Vomit (inclusive presente no álbum Huge Blackness) que fez o público abrir um grande mosh. Com dois álbuns em sua discografia (o primeiro se chama Demonic Holocaut) a banda parece ter adquirido uma maturidade musical e fez uma bela apresentação mesmo com o atraso.

O Deicide, formado em 1987 por Glen Benton, foi sempre uma banda que viveu (e ainda vive) de suas grandes polêmicas. Em sua primeira turnê, em 1992, a banda sofreu criticas por fazer sacrifícios de animais em cima do palco. Em Estocolmo, na Suécia, o show foi cancelado após quatro músicas quando uma bomba foi descoberta dentro do local onde acontecia o show. O baixista ajudava dizendo que ao atingir a idade de 33 (idade de Jesus Cristo) se mataria num palco na frente de todo mundo, promessa que nunca foi cumprida. Sem contar as inúmeras gafes, onde a última foi Glen Benton se apresentando bêbado, tocando tudo errado e sem saber as letras de suas próprias músicas.

Após uma meia-hora de intervalo, a banda vinda da Flórida, EUA, sobe ao palco sendo ela ovacionada desesperadamente pelo público. Há tempo que não via fãs tão loucos como neste show. Moshs eram criados de forma bem violenta, com pontapés e socos. Após três músicas, os fãs não se cansavam e Glen, bastante feliz, fala no microfone que estava extremamente feliz por finalmente estar no Brasil. A banda começou com marteladas como When Heaven Burns do álbum Scars of the Crucifix, Serpents of the Light do album Serpents of the Light e muitas músicas de sua grande obra de arte Once Upon a Cross, onde tocaram They are the Children of the Underworld, When Satan Rules His World, Trick or Betrayed e Behind the Light Thou Shall Rise. Tocaram músicas de seus primeiros álbuns como as fantásticas Dead But Dreaming e Repent do Die do álbum Legion e Sacrificial Suicide e Dead by Dawn do álbum Deicide, o primeiro da banda. Músicas que também ninguém esperava foram tocadas como Let It be Done do álbum de 2001, o In Torment, In Hell. A banda parou por quinze minutos para tomar um ar, e logo voltou para tocar as últimas duas músicas que já foram citadas acima. O fim do show foi meio que diferente, já que o único que ficou no palco foi o baterista. O restante dos músicos simplesmente sumiram. Mas enfim, um som alto e forte no Hangar 110, que não desapontou nenhum dos fãs que foi ao show no meio da semana. Os riffs certeiros e a fantástica performance do baterista, foram coisas que realmente fizeram toda esta espera valer a pena. Um ótimo show, o que se espera de uma das melhores e mais polêmica banda de death metal da atualidade.

quinta-feira, março 02, 2006

Chobits : Um universo não tão distante



Chobits mostra uma realidade que, apesar de parecer fantástica, está mais próxima do que se imagina. No Universo futurístico do mangá, a moda é ter o seu próprio Persocom, um computador pessoal superavançado e com múltiplas funções. Essas máquinas podem ser usadas como um simples computador, que faz contas e acessa a internet, mas que também podem ser “educadas” para administrar a economia doméstica do dono. Os Persocons ainda possuem um detalhe particular: eles não se parecem com computadores comuns e a linha mais avançada dessas máquinas foi feita à semelhança do seu criador, o homem. A perfeição das formas é tamanha que, não fossem por suas peculiares orelhas, eles passariam por seres humanos normais. É nesse cenário high-tech que encontramos o jovem Hideki, um estudante de cursinho que está sempre duro e não tem como realizar seu maior sonho de consumo: ter um persocom – ou , melhor, UMA Persocom. Hideki percebe que sua sorte não é tão ruim assim quando encontra uma linda persocom jogada no lixo. Sem pensar duas vezes, ele a leva para sua casa. Aparentemente, está tudo em ordem com ela. Além disso, Chi, como Hideki a batiza, é bonita, meiga, simpática, carinhosa e se apega rapidamente ao seu novo dono. Porém há um grande mistério: Hideki não consegue encontrar em nenhum catálogo o modelo e a marca da sua Persocom. Intrigado, o garotão procura um especialista que lhe revela que Chi poderia ser um Chobit, um lendário e avançadíssimo Persocom com um programa de inteligência artificial que o faz agir por conta própria, sem a necessidade de ser pré-programado. Mas descobrir que Chi é um Chobit é só o começo da aventura. Enquanto Hideki vai descobrindo mais sobre a simpática Persocom, o relacionamento entre eles fica cada vez mais quente – e divertido. Mergulhe de cabeça no fantástico universo de Chobits e desvende ao lado de Hideki todos os mistérios de Chi.