terça-feira, janeiro 24, 2006

Rammstein : A fórmula germânica para conquistar o Mundo


Quando uma pessoa que não conhece a língua alemã ouve Rammstein, logo percebe que é uma banda pesada possui um peso forte e rápido em muitos momentos. A voz grave do vocalista pode ser interpretada como algo monótono, militar mais extremamente cativante. Muitas pessoas ouvem a banda sem saber que há pessoas utilizando músicas da banda em academias, por incrível que pareça. Percebam que de Underground a banda não tem mais nada. Percebam a jogada de marketing. Você tem uma banda que para muitas ainda está no anonimato no Brasil, mas ao mesmo tempo a banda é escutada o tempo todo, em todos os lugares. Como pode? Sim, as academias são um ótimo meio de divulgação como também os eventos de animes. Tive a oportunidade de ir ao Anime Dreams este fim de semana, e além de muitas pessoas vestidas de heróis eu via headbangers. Muitos vestindo camisetas do Sonata Ártica, Angra, outros do Stratovarius e alguns do Rammstein. Pode? Muitos também se encantam pela banda assistindo aos clipes, que de vez em quando aparecem na MTV. Há clipes que na minha opinião são simplesmente fenomenais e muito originais. Vejam a união das formigas para destruir dois predadores naturais de sua espécie em “Links 2, 3, 4” e a idéia fenomenal de querer apenas aparecer em “Ich Will”, onde a banda invade um banco com armas e uma bomba, mas não querem levar dinheiro algum. Fantástico. Mas muitos me perguntam da filosofia desta banda. Por que ela é tão forte? São as letras? A música cativante? O ritmo? A letra da banda é bem banal e normalmente trata de assuntos banais, mas pouco explorados pelas bandas comuns que por aí aparecem. O Rammstein é uma banda de sucesso por realmente querer fazer o contrário. Eles não se preocupam muito com o que outros dizem sobre sua música. Não se preocupam com a mídia, estão nem aí com revistas, muito menos com a televisão. Para conseguir uma entrevista com eles você tem que ser não só paciente como provar com A + B que seu veículo é especial e diferenciado. Por que as pessoas insistem em divulgá-los então? Por que eles possuem uma legião gigantesca de fãs. Com shows lotados pelo Mundo todo, a banda viaja por todos os quatro cantos do Mundo divulgando sua língua materna. Recentemente a banda lançou um novo álbum chamado Rosenrot. A mídia no começo divulgou uma suposta história de “Schneeweisschen und Rosenrot” que inspirou na criação deste álbum. Alguém sabe do que se trata esta história? É uma história bem triste na verdade, mas que não tem nada haver com nada dentro do álbum do Rammstein, muito menos nas letras. Eles não são tão profundos assim. A história é sobre duas irmãs, no caso Schneeweisschen e Rosenrot, que recebem um Urso em casa por que este é incomodado o tempo todo por um Anão chato e mal. No final este Urso vira um príncipe. Algo a ver com o álbum deles? Bom, para quem não conhece ou nunca ouviu falar do Rammstein, assista ao filme Triplo X com o louco do Vin Diesel, o primeiro e melhor dos dois lançados. A banda que toca no começo, cheia de pirotecnia, são eles. Para quem já conhece a banda vou indicar algumas bandas que fazem nada parecido só que são ótimas: J.B.O. (banda que faz sátiras de tudo e de todas as bandas do Mundo, inclusive o Sepultura), Die Ärtzte (banda de punk muito boa), o fenomenal Subway to Sally e para finalizar com chave de ouro o finado Atari Teenage Riot, onde o ex-membro Alec Empire tem remixado a música “Mann Gegen Mann” do próprio Rammstein. Abraço e até a próxima!

ao som de : Danzig - Twist of Cain

Um comentário:

Camila Fernandes disse...

Eu estava me perguntando de que forma você, Marcos, teria chegado ao meu espaço, o Demo. Mas vendo aqui o comentário da nossa amiga dos espelhos, creio que entendo.

E agora, pra não perder a educação: tudo certo?

Obrigada pela visita. O comentário me surpreendeu e de certa forma me confirmou. Aos 16 anos, quando escrevi aquele poema, talvez eu me identificasse com Álvares de Azevedo. Mas nove anos depois, considero a visão dele muito aquém das minhas esperanças na vida. Sai, pessimismo! Rs!

E rock... rock é sempre. Já fui mais de rock, hoje sou mais de variar, mas nunca deixar de rock.

Grande beijo.