quinta-feira, outubro 15, 2015

Blind Guardian e Público realizam um dos shows do ano no Tom Brasil

Alemães retornaram ao Brasil divulgando seu mais novo álbum Beyond the Red MIrror

Hansi Kürsch


Os alemães do Blind Guardian voltaram á São Paulo e trouxeram em sua bagagem nada mais nada menos que seu último e décimo álbum de estúdio chamado Beyond the Red Mirror. Um álbum conceitual que traz a seqüência para o álbum mais bem sucedido da banda, o Imaginations From the Other Side (1995). A expectativa dos fãs era imensa até as luzes se apagarem no Tom Brasil (ex-HSBC Hall) e a banda pisar no palco para iniciar seu show com a poderosa The Ninth Wave, música retirada do álbum novo. Com um Hansi Kürsch comunicativo e que se movimentava muito no palco, a banda logo emenda o primeiro clássico da noite com Banish from Sanctuary do álbum Follow the Blind (1989) – impressionante como a adição de Barend Curbois (baixo) e Michael Schüren (teclados) engrandeceu o poder musical da banda, já que a versão de estúdio da música não chega nem perto de tantos detalhes.
Michael Schüren
Acredito que a opção de Hansi Kürsch de ter se concentrado somente em sua voz, a opção mais correta para a banda. O que achei estranho, no entanto, é não colocarem Curbois ao lado dos guitarristas André Olbrich e Marcus Siepen e sim, colocaram o baixista ao lado da bateria, ao lado do novo dono das baquetas Frederik Ehmke.
Barend Curbois

Após um breve boa noite, Hansi pergunta aos fãs se eles preferem o setlist longo ou o curto, obviamente com o público respondendo em uníssono que o setlist longo era a opção. Hansi, satisfeito, continuou o setlist da noite com a poderosa Nightfall do encantador álbum Nightfall in Middle Earth (1998) que cá entre nós, é uma das maiores obras musicais da história do Power Metal – o público naquele instante cantava junto cada trecho da música. A banda continuou o show com Fly do álbum A Twist in the Myth (2006) e introduziu Tanelorn (Into the Void) do grandioso At the Edge of Time (2010) contando a história da cidade de Tanelorn ou Cidade Eterna, que no multiverso de Michael Moorcock se encontra em todos os multiversos ao mesmo tempo, podendo ela sumir e aparecer quando quiser. Com um som incrível a banda percorreu a música com o público na palma da mão. Com a apresentação de Prophecies, do álbum novo Beyond the Red MIrror, a música foi recebida como clássico que contou com solos incríveis de Marcus e André. Com a incrível The Last Candle do álbum Tales from the Twilight World (1998), o Blind Guardian se mostra até mais pesado com Ehmke nas baquetas.
André Olbrich
Logo depois Hansi introduzia Miracle Machine do álbum novo Beyond the Red Mirror e anunciava que esta era inédita para a turnê da América do Sul e especial para o público de São Paulo. Mas uma das mais ovacionadas da noite foi o grande clássico Lord of the Rings do álbum Tales from the Twilight World (1990) com o carismático vocalista introduzindo ela como sendo a história de um Hobbit e seu anel misterioso e Mordor – levando o público ao delírio – destaque para a grande interpretação acústica de Siepen e Olbrich. Kürsch e sua incrível interpretação vocal engrandeceu ainda mais o clima juntamente com os teclados de Schüren – um dos pontos altos da noite. Com Time Stands Still (at the Iron Hill) do álbum Nightfall in Middle-Earth (1998) a banda mostra seu grande poder explosivo com uma das músicas mais poderosas de sua carreira – tudo interpretado com precisão pelo sexteto. Mas antes de deixarem o palco para o bis, os alemães seguiram o set com duas das melhores músicas do incrível Imaginations From the Other Side (1995) a clássica I’m Alive e a que leva o nome do álbum Imaginations From the Other Side para o deleite dos fãs – o melhor, o show ainda não havia terminado.
Marcus Siepen
Apesar do intervalo, a banda retorna para o palco para continuar o setlist com Wheel of Time do álbum At the Edge of Time (2010), Twilight of the Gods do álbum novo Beyond the Red Mirror e a clássica Valhalla do álbum Follow the Blind (1989) que mais uma vez contou com a participação incrível do público no refrão. Impressionante como o público presente em nenhum momento parou de cantar ou participar das músicas, um show a parte. A banda sai do palco novamente com gritos por parte do público para tocarem Majesty, do álbum Battalions of Fear (1988) – e é o que a banda faz ao voltar para o palco pela segunda vez. Ao anunciar a seguinte, The Script For My Requiem, do álbum Imaginations From the Other Side (1995) um arrepio era seguido por pura emoção, afinal, é uma das músicas mais queridas por parte dos fãs. Mas nada foi tão intenso como o momento em que a banda anuncia The Bard´s Song – In the Forest do álbum Somewhere far Beyond (1992). Com um violão cada, André e Marcus levaram o público a cantar o clássico quase sozinho – certamente o ponto alto da noite.
Frederik Ehmke
Há tempos não via um momento tão intenso de troca de energia entre banda/público. Os alemães emendaram o momento mágico com Mirror Mirror do incrível Nightfall in Middle-Earth (1998) e encerraram o show com a cover para o clássico do The Regents, Barbara Ann, que originalmente foi lançada no álbum Follow the Blind e até hoje é uma das músicas covers, mais pedidas pelos fãs. Um show feito por uma banda com mais de 30 anos de experiência, que sabe e conhece muito bem o público que tem e sempre os trata com muito carinho e respeito. Esta troca de energias só poderia resultar num dos momentos mais mágicos entre banda/público do ano! Incrível!

Crédito Fotos Edi Fortini

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