Alemães retornaram ao Brasil divulgando seu mais novo álbum Beyond the Red MIrror
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Hansi Kürsch |
Os alemães
do Blind Guardian voltaram á São Paulo e trouxeram em sua bagagem nada mais
nada menos que seu último e décimo álbum de estúdio chamado Beyond the Red
Mirror. Um álbum conceitual que traz a seqüência para o álbum mais bem sucedido
da banda, o Imaginations From the Other Side (1995). A expectativa dos fãs era
imensa até as luzes se apagarem no Tom Brasil (ex-HSBC Hall) e a banda pisar no
palco para iniciar seu show com a poderosa The Ninth Wave, música retirada do
álbum novo. Com um Hansi Kürsch comunicativo e que se movimentava muito no
palco, a banda logo emenda o primeiro clássico da noite com Banish from
Sanctuary do álbum Follow the Blind (1989) – impressionante como a adição de
Barend Curbois (baixo) e Michael Schüren (teclados) engrandeceu o poder musical
da banda, já que a versão de estúdio da música não chega nem perto de tantos
detalhes.
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Michael Schüren |
Acredito que a opção de Hansi Kürsch de ter se concentrado somente em
sua voz, a opção mais correta para a banda. O que achei estranho, no entanto, é
não colocarem Curbois ao lado dos guitarristas André Olbrich e Marcus Siepen e
sim, colocaram o baixista ao lado da bateria, ao lado do novo dono das baquetas
Frederik Ehmke.
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Barend Curbois |
Após um breve boa noite, Hansi pergunta aos fãs se eles preferem
o setlist longo ou o curto, obviamente com o público respondendo em uníssono
que o setlist longo era a opção. Hansi, satisfeito, continuou o setlist da
noite com a poderosa Nightfall do encantador álbum Nightfall in Middle Earth
(1998) que cá entre nós, é uma das maiores obras musicais da história do Power
Metal – o público naquele instante cantava junto cada trecho da música. A banda
continuou o show com Fly do álbum A Twist in the Myth (2006) e introduziu
Tanelorn (Into the Void) do grandioso At the Edge of Time (2010) contando a
história da cidade de Tanelorn ou Cidade Eterna, que no multiverso de Michael
Moorcock se encontra em todos os multiversos ao mesmo tempo, podendo ela sumir
e aparecer quando quiser. Com um som incrível a banda percorreu a música com o
público na palma da mão. Com a apresentação de Prophecies, do álbum novo Beyond
the Red MIrror, a música foi recebida como clássico que contou com solos
incríveis de Marcus e André. Com a incrível The Last Candle do álbum Tales from
the Twilight World (1998), o Blind Guardian se mostra até mais pesado com Ehmke
nas baquetas.
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André Olbrich |
Logo depois Hansi introduzia Miracle Machine do álbum novo Beyond
the Red Mirror e anunciava que esta era inédita para a turnê da América do Sul
e especial para o público de São Paulo. Mas uma das mais ovacionadas da noite
foi o grande clássico Lord of the Rings do álbum Tales from the Twilight World
(1990) com o carismático vocalista introduzindo ela como sendo a história de um
Hobbit e seu anel misterioso e Mordor – levando o público ao delírio – destaque
para a grande interpretação acústica de Siepen e Olbrich. Kürsch e sua incrível
interpretação vocal engrandeceu ainda mais o clima juntamente com os teclados
de Schüren – um dos pontos altos da noite. Com Time Stands Still (at the Iron
Hill) do álbum Nightfall in Middle-Earth (1998) a banda mostra seu grande poder
explosivo com uma das músicas mais poderosas de sua carreira – tudo
interpretado com precisão pelo sexteto. Mas antes de deixarem o palco para o
bis, os alemães seguiram o set com duas das melhores músicas do incrível
Imaginations From the Other Side (1995) a clássica I’m Alive e a que leva o
nome do álbum Imaginations From the Other Side para o deleite dos fãs – o
melhor, o show ainda não havia terminado.
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Marcus Siepen |
Apesar do intervalo, a banda retorna
para o palco para continuar o setlist com Wheel of Time do álbum At the Edge of
Time (2010), Twilight of the Gods do álbum novo Beyond the Red Mirror e a
clássica Valhalla do álbum Follow the Blind (1989) que mais uma vez contou com
a participação incrível do público no refrão. Impressionante como o público
presente em nenhum momento parou de cantar ou participar das músicas, um show a
parte. A banda sai do palco novamente com gritos por parte do público para
tocarem Majesty, do álbum Battalions of Fear (1988) – e é o que a banda faz ao
voltar para o palco pela segunda vez. Ao anunciar a seguinte, The Script For My
Requiem, do álbum Imaginations From the Other Side (1995) um arrepio era
seguido por pura emoção, afinal, é uma das músicas mais queridas por parte dos
fãs. Mas nada foi tão intenso como o momento em que a banda anuncia The Bard´s
Song – In the Forest do álbum Somewhere far Beyond (1992). Com um violão cada,
André e Marcus levaram o público a cantar o clássico quase sozinho – certamente
o ponto alto da noite.
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Frederik Ehmke |
Há tempos não via um momento tão intenso de troca de
energia entre banda/público. Os alemães emendaram o momento mágico com Mirror
Mirror do incrível Nightfall in Middle-Earth (1998) e encerraram o show com a
cover para o clássico do The Regents, Barbara Ann, que originalmente foi
lançada no álbum Follow the Blind e até hoje é uma das músicas covers, mais
pedidas pelos fãs. Um show feito por uma banda com mais de 30 anos de
experiência, que sabe e conhece muito bem o público que tem e sempre os trata
com muito carinho e respeito. Esta troca de energias só poderia resultar num
dos momentos mais mágicos entre banda/público do ano! Incrível!
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