Ian Anderson trouxe Jethro Tull repaginado para Ópera Rock no Teatro Bradesco
O mentor da banda de rock progressivo Jethro Tull, Ian Anderson, retorna ao Brasil,
para promover seu mais novo desafio, uma Ópera Rock chamada Jethro Tull. Ian
Anderson quis com este novo tento celebrar a vida e tempos de um agrônomo e inventor
inglês fictício chamado Jethro Tull e foi ilustrada com as músicas mais
conhecidas de Anderson e do repertório da banda Jethro Tull. A banda que
acompanhou Ian desta vez no luxuoso Teatro Bradesco, dentro do Shopping Bourbon
em São Paulo, foi David Goodier (baixo), John O’Hara (teclados), Florian Opahle
(guitarra) e Scott Hammond (bateria), contando com cantores virtuais que
apareciam para cantar trechos de músicas em alguns momentos no telão. Para
ilustrar toda esta história, Ian Anderson se utilizou de filmagens feitas em
fazendas, cidades européias e laboratórios – sem contar com interessantes
momentos em que a realidade se encontrava com a música com recortes de
noticiários de TV. A banda logo inicia seu show com um grande clássico, a
poderosa Heavy Horses, retirada do álbum com mesmo nome de 1978. Com a nova
roupagem, Anderson quis atualizar sua música utilizando cantores incríveis que
retratavam camponeses no telão de fundo. Já na primeira música, percebia-se que
o evento era totalmente diferente do que a maioria havia imaginado. Logo o
público era surpreendido com Wind-Up e o
estrondoso clássico Aqualung ambas do poderoso clássico álbum Aqualung (1971)
que fez a maioria dos fãs se emocionarem muito com a nova versão – mais curta
que a original, retratando no telão a sociedade em qual o personagem se
encontra. Com Ian trocando momentos de voz com o cantor no telão, a música
fluía como magia.
Sua flauta transversal não a havia perdido. Mas o
interessante da noite ainda não havia começado, pois Anderson havia guardado
pérolas como With You There to Help Me do álbum Benefit (1970), Back to the
Family do álbum Stand Up (1969) e Farm on the Freeway do álbum Crest of a Knave
(1987), todas reformuladas para a surpresa dos fãs e contando com
interpretações incríveis de seus competentes músicos, com destaque para Florian
Ophale, que com maestria executava seus solos com muita competência. O
flautista seguiu seu set com Prosperous Pasture, Fruits of Frankenfield e a
clássica Songs from the Wood, do álbum com mesmo nome de 1977. Em Fruits of Frankenfield,
referência ao Frankenstein da Mary Shelley, onde Ian fala de
clonagem e engenharia genética. Houve
também mudança na letra de Songs form the Wood, ("Let me bring you
songs from the wood / to make you feel much better than you could know")
virou "Let me bring you songs from the wood / poppies red and roses filled
with summer rain".A banda deixa o palco para um intervalo de quinze
minutos com um Ian Anderson deixando a mensagem no telão. A banda retorna
pontualmente e retoma o show com And the World Feeds Me, logo emendando mais um
clássico com Living in the Past, levando os fãs à loucura. A banda segue seu
set com Jack-In-The-Green do álbum Songs from the Wood e The Witch’s Promise do
álbum Living in the Past, que trazia Ian Anderson mais jovem no telão tocando
sua flauta transversal no fundo do palco. Weathercock, traz Ian com sua
charmosa ukelele e interpreta uma das músicas mais emblemáticas do álbum Heavy
Horses. Uma nova música veio logo depois, com Stick, Twist, Bust com destaque
para a interpretação do tecladista John O’Hara.
Cheap Day Return veio logo
depois para representar mais uma vez o clássico Aqualung junto a A New Day
Yesterday do álbum Stand Up (1969) que marca a banda deixando o palco para
entrar novamente logo depois par ao bis a nova The Turnstile Gate e a clássica
Locomotive Breath do álbum Aqualung – mais uma vez com Ian Anderson
demonstrando toda a sua competência com a flauta transversal. A banda deixa o
palco para retornar para um segundo bis com Requiem and Fugue que na verdade
são duas músicas combinadas de Ministrel in the Gallery (1975) e Fugue de Johann
Sebastian Bach. Assim a banda encerrou seu grande show. Um grande espetáculo
que provou mais uma vez que os grandes clássicos podem ser sim re-adaptados e
mesmo assim ainda continuam sendo grandes e eternos.
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