O público parece não se cansar dos alemães que lota o Carioca Club e canta em coro num calor infernal
Como pudemos conferir no Monsters of Rock, realizado em São
Paulo ano passado, a banda alemã Accept é definitivamente um dos melhores shows
de Heavy Metal para se assistir atualmente. O calor, no entanto da casa
escolhida para o show, foi no mínimo infernal e passava facilmente dos 40 graus
centígrados.
Com duas mudanças, comparando a formação com a do ano
passado, tivemos na bateria Christopher Williams e na guitarra Uwe Lulis, onde
este último é cartinha marcada para os headbangers de plantão, tendo em seu
currículo passagens pelo Digger (1987), Grave Digger (1987 – 2000) e Rebellion
(2000 – 2010).
Com um repertório que quase continha somente de clássicos,
Accept fez a festa dos fãs mais tradicionais da banda englobando também
sucessos de seus álbuns mais recentes, como os grandiosos Blood of Nations
(2010), Stalingrad (2012) e Blind Rage (2014) ovacionados pelo público.
Wolf Hoffmann, guitarrista e Peter Baltes, baixista, ambos
líderes do Accept, esbanjavam simpatia e empolgavam a cada cantoria iniciada
pelo público, que foi perfeito em cada minuto das duas horas de duração do
show. Interessante foi a grande variedade de riffs que poderiam ser ouvidos a
cada faixa que Wolf interpretava junto a Uwe, como a grandiosa Restless and
Wild. Christopher, o baterista escolhido para o show, também executou as
músicas com perfeição, mostrando entrosamento e dedicação no ensaio das
músicas.
Mas o que mais impressionou óbviamente, é a interpretação de
Mark Tornillo para as músicas uma vez interpretadas por Udo Dirkschneider.
Impressionante como o vocalista consegue manter a qualidade de seus vocais com
duas horas de show – algo muito difícil de fazer tendo em vista que as músicas
como Stampede, Shadow Soldiers, Bulletproof e Princess of the Dawn requerem
muito das cordas vocais.
Percebe-se hoje, que a banda poderia ser tão grande quanto o
Iron Maiden ou até Megadeth se tivesse se mantido firme na cena e não tivesse
simplesmente se apoiado tanto em Udo, que mais estava interessado em lançar os
álbuns de sua carreira solo. Uma das frases célebres dadas por Udo em uma
entrevista á Lords of Metal foi que se eles tivessem que criar um álbum juntos
eles destruiriam mais do criariam. Com a interpretação das músicas do álbum
Blood of Nations (2009), que marcou seu fatídico retorno ao mercado, prova que
Udo estava errado. Accept hoje é uma banda mais do que madura e que
continua lançando álbuns incríveis e fazendo shows impecáveis, como este no
Carioca Club – levando headbangers de todas as idades á loucura com os riffs
impecáveis de Wolf e as linhas de baixo de derrubar muros de Uwe.
Espero de coração que o Accept continue trilhando este
caminho e que músicas como Teutonic Terror, Son of a Bitch e Balls to the Wall,
continuem sendo tocadas por Hoffmann e Baltes por muitos anos. Vida longa ao
Accept – Vida longa ao Heavy Metal.
Crédito Fotos: Fernando Yokota
Crédito Fotos: Fernando Yokota
SETLIST
1. Stampede
2. Stalingrad
3. Hellfire
4. London
Leatherboys
5. Living
for Tonite
6. Restless
and Wild
7. Midnight
Mover
8. Dying
Breed
9. Final
Journey
10. Shadow
Soldiers
11. Starlight
12. Bulletproof
13. No
Shelter
14. Princess
of the Dawn
15. Fall
of the Empire
16. Dark
Side of My Heart
17. Pandemic
18. Fast
as a Shark
19. Metal
Heart
20. Teutonic
Terror
21. Son
of a Bitch
22. Balls
to the Wall
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