quarta-feira, setembro 30, 2015

Nightwish e seu metal sinfônico retorna a São Paulo

Agora com Floor Jansen nos vocais, Nightwish retorna em sua melhor formação desde a saída de Tarja Turunen


A banda mais famosa da Finlândia, com mais de sete milhões de CD´s e DVD´s ao redor do Mundo conforme dados recentes da indústria fonográfica finlandesa, volta ao Brasil com sua nova vocalista, Floor Jansen, ex-After Forever e atual Revamp e o multi-instrumentista Troy Donockley e estrearam no Brasil no palco Sunset do Rock in Rio. Grandes ao redor do Mundo todo, não era novidade para os finlandeses “domar” um grande público, pois estão acostumados com eventos de até maior porte como o Wacken Open Air, Rock Hard Festival e tantos outros que ocorrem anualmente na Europa. Aproveitaram para dar um alô ao seu público fiel paulista e fizeram um alvoroço no antigo HSBC Hall, atual Tom Brasil lá na região de Santo Amaro, na cidade de São Paulo. Ás 22:00 a banda começa sua apresentação com a grandiosa introdução cinemática Roll Tide de Hans Zimmer. Com o público ainda ovacionando a entrada da banda, os finlandeses começam o setlist divulgando seu mais recente álbum Endless Forms Most Beautiful com Shudder Before the Beautiful e Yours Is na Empty Hope com uma Floor Jansen carismática e absurdamente fotogênica. Com um gogó de arrepiar, ela com facilidade faz o que quer com sua voz exuberante acompanhada pelos não menos competentes Marco Hietala (baixo), Tuomas Holopainen (teclados), Emppu Vuorinen (bateria) e Troy Donockley (flautas, gaita irlandesa). Com Ever Dream, única música lembrada do Century Child (2002) já demonstra que a garota não tem problema algum em atingir notas que apenas Tarja Turunen, ex-vocalista da banda, conseguia alcançar. Os finlandeses continuaram percorrendo sua discografia com músicas do Dark Passion Play (2007) com The Islander, que contou com Marco Hietala e sua excelente voz tocando solo, agora com um baixo de dois braços, o início desta bela canção. É inegável o talento de Marco no baixo, pois também lidera sua própria banda, o Tarot. Mas o ponto alto do show não havia chego. O álbum Imaginaerum (2001) que possui músicas lindas como a grandiosa Storytime foi lembrada logo após os lobos uivarem com 7 Days to the Wolves, que só de me lembrar me faz arrepiar todo com a pomposidade dos teclados de Tuomas e peso da guitarra de Emppu. O peso e a soberania sinfonia não parou por aí e continuou com a grandiosa I Want My Tears Back do já mencionado Imaginaerum que desta vez contou com a majestosa gaita irlandesa, que Donockley tocava com muito orgulho e competência. Era o momento que todos os fãs esperavam – a execução do clássico que reina soberano – “Wishmaster” do álbum com o mesmo nome de 2000. A platéia se exaltou de tal forma, que Floor, mesmo com o som ensurdecedor dos alto-falantes, teve que se virar também com as vozes do público, que cantava junto sem cerimônia. Os clássicos do Oceanborn também foram lembrados com o pano de fundo do palco homenageando a bela capa em um dos diversos ápices do show com Stargazers e Sleeping Sun – esta última uma das baladas mais lindas que já ouvi em minha vida e com uma performance de senhorita Jansen de tirar o fôlego. A banda encerrou seu show com a épica The Greatest Show On Earth, de seu novo álbum Endless Forms Most Beautiful, a absurdamente empolgante Ghost Love Score e única do álbum Once (2004) no set da noite. Um dos momentos mais lindos da noite e que demonstrou que Floor Jansen não só apenas tem competência suficiente de ser a cantora do Nightwish, como também é uma das melhores cantoras da atualidade. A cereja do bolo ficou para Last Ride of the Day do álbum Imaginaerum. É impressionante como um cara como Tuomas, que vem de uma cidade tão pequena da Finlândia, pode ter composto canções com tanto impacto e feito tanto impacto em mim e tantas outras pessoas como estas que lotavam o Tom Brasil. Simplesmente um dos melhores compositores de nosso pequeno planeta. Obrigado Tuomas e Nightwish por nos brindar com estas composições e claro, sempre sejam muito bem vindos com sua orquestra de magia e bom gosto musical. Quem não foi, perdeu. [MF] 

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