Faith No More fez show no Espaço das Américas, em São Paulo, divulgando seu mais novo trabalho "Sol Invictus"
Após aquele
fatídico show no SWU em 2011 em Paulínia, nunca imaginei que veria Faith No More novamente. Mas a
banda se animou com aquela turnê de retorno e ainda fez mais do que imaginava,
lançaram um álbum novo chamado Sol Invictus. Elevado a um patamar como um dos
álbuns deste ano pela grande mídia especializada, o álbum traz ainda mais mescla de estilos ao que já era um emaranhado de influências musicais. Para complementar a ótima fase ainda brindaram os fãs como uma turnê ao redor do Mundo que
veio à América do Sul para o fatídico Rock In Rio. Como não havia local o
suficiente para todas os artistas se apresentaram simultaneamente no Rio e em
São Paulo, apenas algumas vieram para a cidade da garoa – isto inclui o grande
Faith No More, que se apresentou para um Espaço das Américas lotado. Um bom
começo para o primeiro show da turnê latina da banda. Com diversos ramalhetes
de flores no palco e todos vestidos de branco, Faith No More começa seu show
com uma breve intro de Midnight Cowboy de John Berry para emendar com o
primeiro palavrão da noite, ‘Motherfucker’ – música do álbum “Sol Invictus”.
Com o tecladista Roddy Bottum puxando a fila nos vocais, Mike Patton entra por
último no palco com o seu megafone vermelho. Billy Gould,Mike Bordin e Jon
Hudson cantam acompanhando a Roddy no começo. O show realmente começa a pegar
fogo com a grandiosa ‘Land of Sunshine’ do clássico “Angel Dust”.
Impressionante a grande interação da banda com o público. Não era somente Mike
Patton agitando, mas o guitarra Jon Hudson, era um dos empolgados agitando
muito com o seu instrumento próximo dos fãs na grade da pista VIP da casa.
Caffeine como no álbum Angel Dust era a pedrada seguinte. A performance vocal
de Mike Patton, estava simplesmente impecável. Por falar em performance, o
“performer” Mike Patton, foi bem leve com as suas explosões de emoção durante o
show inteiro. Vimos no entanto, o restante da banda muito confortável com o
público. Com muitos “Obrigado” e outras falas em espanhol, Mike Patton esbanjou
simpatia e após a incrível ‘Everything’s Ruined’ engatou ‘Evidence’ do álbum
“King for a Day Fool For A Lifetime” em português. Mas a banda deixou para o
ápice da noite Epic – um dos grandes sucessos da banda mesclando com outra de
seu mais novo álbum “Sol Invictus”, ‘Sunny Side Up’ – impressionante como as
músicas do álbum recente combinam com os grandes clássicos. Claro que ‘Midlife
Crisis’ não poderia ficar de lado, sendo uma das mais cantadas pelo público.
Mike Patton retratou bem o momento com um ‘Sacanagem’...levando a platéia ás
risadas. Com a intro ‘About that Bass’ de Megan Trainor, a banda continua com
‘Chinese Arithmetic’ e logo depois emenda com a grandiosa ‘The Gentle Art of
Making Enemies’. ‘Easy’, cover do Lionel Ritchie/Commodores também foi
aguardada e cantada em uníssono pela platéia presente. ‘Separation Anxiety’ e ‘Matador’,
ambas do bom álbum “Sol Invictus” não foram tão bem recebidas como a grandiosa ‘Ashes
to Ashes’ do fantástico “Album of the Year” – álbum que na minha modesta
opinião poderia ter sido mais explorado neste bom setlist. ‘Superhero’, também
do álbum novo, foi entoado pelos fãs com status de hit. A banda encerrou seu
show com ‘The Crab Song’, ‘From Out of Nowhere’ e a morna ‘I Started a Joke’,
cover do Bee Gees. Saí do show com a impressão de que poderiam ter tocado
tantas outras músicas no lugar desta – mas enfim – isto faz do Faith No More o
que é hoje – uma banda dos anos 90 que ainda está na ativa, compondo grandes
músicas e fazendo grandes shows. Uma palavra para descrever a noite: Épico!
[MF]
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